Você sabia
que a língua falada no Irã possui parentesco com as línguas europeias? Sabia
que os iranianos são descendentes dos antigos persas? Descubra a seguir algumas
informações interessantes e curiosidades sobre esse país cuja capital é Teerã.
Irã significa
“Terras dos Arianos”. Os arianos eram tribos de origem indo-europeia – ou seja,
povos europeus e asiáticos com línguas até certo ponto semelhantes – que
habitaram a região do atual Irã no terceiro milênio antes de Cristo e, de lá,
se espalharam por Oriente Médio e Ásia.
A língua falada no Irã é o farsi, uma língua do ramo
indo-europeu. O farsi também é falado em boa parte do Afeganistão,
Uzbesquistão, Turcomenistão e outros países da Ásia Central.
Uma
curiosidade muito interessante: até hoje os iranianos usam a palavra ariano
para se referirem a si mesmos como povo.
Até 1935, o
Irã era conhecido no Ocidente como Pérsia.
O nome
oficial do país atualmente é República Islâmica do Irã.
Os vestígios
mais antigos de ocupação humana no atual território do Irã datam de mais ou
menos 3.200 antes de Cristo. O primeiro registro sobre os povos de língua persa
é de origem assíria e data de 834 antes da nossa era.
O antigo
Império Persa nasceu da unificação de dois povos: os medos e os persas. Sob o
comando de Ciro, o Grande e seus sucessores (Cambises, Dario, Xerxes…), o
Império se expandiu do rio Indo aos atuais territórios da Palestina e Egito.
O Império
Persa atingiu sua expansão máxima durante o reinado de Dario, quando chegou às
portas da Grécia. Se não tivesse sido contido pelos gregos, esse Império teria
uma extensão ainda maior. O atual Irã representa apenas 1/3 do que foi esse
antigo império.
O Império
caiu nas mãos do líder macedônio Alexandre, o Grande. Foi Alexandre quem,
segundo contam, durante uma bebedeira, ordenou que o palácio imperial persa
fosse incendiado. O incêndio se alastrou e atingiu grande parte da antiga cidade
de Persépolis.
As ruínas de
Persépolis foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco no ano de 1979.
A maior parte
do território persa foi conquistada pelos árabes entre os anos 643 e 650,
provando mudanças profundas na religiosidade do povo. Os persas conhecem o Islã
que, aos poucos, é assimilado por sua cultura.
Depois dos
árabes, o Império – ou, na verdade, o que restou dele – é invadido pelos turcos
otomanos. Mais tarde, são os mongóis que tomam a Pérsia. O atual Irã passa a
fazer parte de um dos maiores impérios de que se tem notícia: o mongol. Só para
se ter uma vaga ideia do quanto era vasto, ele englobava territórios que iam da
atual Coreia do Sul, na Ásia, à Polônia, na Europa.
O último país
a invadir o atual Irã (ou pelo menos parte dele) foi a Grã-Bretanha, no começo
do século XX. A ocupação durou até 1919, quando os britânicos foram derrotados
pelo xá Reza Phalevi.
O filho de
Reza Phalevi assume o poder e se alia ao Ocidente. Seu governo dura até 1979,
com a chamada Revolução Islâmica e reconhecimento do aiatolá Ruhollah Khomeini
como líder supremo do país.
Durante os
primeiros meses da Revolução Islâmica, a embaixada dos Estados Unidos
(considerado o principal aliado do antigo regime do xá) é ocupada por simpatizantes
de Khomeini durante 444 dias. Um total de 53 funcionários são mantidos como
reféns.
Com a
Revolução Islâmica, a sharia (código de leis islâmicas) é instituída no país.
O zoroastrismo é a religião mais antiga do país. Apesar de
representarem uma minoria (uma gota d´água no oceano islâmico), os
zoroastristas mantém a tradição religiosa iniciada pelo profeta persa Zaratustra.
Com mais de 7
milhões de habitantes, Teerã, a capital iraniana, não é apenas a maior cidade,
é o maior polo comercial e industrial do país.
Um dos
automóveis que mais circulam nas ruas de Teerã atualmente é o Peugeot 206 –
que, aliás, é conhecidíssimo dos brasileiros.
As mulheres
iranianas são obrigadas a cobrir os cabelos. Há, no entanto, uma diferença
entre as de idade avançada e as jovens. Enquanto as mulheres mais velhas (e
mais religiosas) não deixam um fio à mostra, as mais jovens exibem a franja –
normalmente caindo sobre a testa. As iranianas jovens gostam muito de se
maquiar.
As iranianas
tem maior liberdade em comparação com as mulheres de outros países islâmicos
(Arábia Saudita, Iêmen e Afeganistão, por exemplo). Elas podem sair de casa
sozinhas, dirigir, estudar e usar maquiagem.
Festas no
estilo ocidental são proibidas (principalmente se houver bebida alcoólica!). A
música norte-americana também não é bem-vinda. Ainda assim, os jovens dão um
jeitinho de baixar e escutar músicas ou clipes de Red Hot Chilli Peppers,
Eminem, Metallica…
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