Cleópatra foi
uma rainha nascida em 69 antes de Cristo, na cidade egípcia de Alexandria.
Pertencia à dinastia helênica que governou o antigo Egito entre os anos 305 a
30 antes de Cristo. Essa dinastia teve início com Ptolomeu, general que
controlou o Egito após a morte de Alexandre, o Grande. Percorra as linhas a
seguir e descubra algumas curiosidades muito interessantes sobre a sua
história.
O nome Cleópatra
significa “Glória do Pai”.
De início,
Cleópatra governou o Egito com seu pai irmão Ptolomeu XIII, com quem teria se
casado seguindo a tradição local. Detalhe: ela tinha 18 anos de idade e ele,
apenas 10. Mais tarde, a rainha se casaria com o também irmão Ptolomeu XIV
Cleópatra não
era apenas a mulher mais rica do Mediterrâneo da sua época (em valores atuais,
sua fortuna bateria nos US$ 100 bilhões), mas uma das mais inteligentes. Era
versada em política, estratégias militares, astrologia, serviços sacerdotais e
falava nove idiomas. Como se não bastasse, possuía um grande senso de humor.
Esqueça a
Cleópatra interpretada por Elizabeth Taylor nos cinemas. A verdadeira rainha do
Egito estava longe, muito longe de ser uma mulher bonita. Ela possuía queixo e
nariz proeminentes, provavelmente uma característica da sua família.
Consta que a
rainha teria se apresentado a Júlio César, que havia acabado de sair vitorioso
numa luta armada contra o também romano Pompeu, da forma mais inusitada
possível: escondida numa sacola de papiros (de acordo com alguns biógrafos,
teria sido enrolada num tapete).
A aliança
político-militar com Júlio César rendeu diversos frutos a Cleópatra. Um deles
seria Cesário, filho que recebeu esse nome em homenagem ao ditador romano.
Com o
assassinato de Júlio César, a rainha se uniria a outro romano: Marco Antônio.
Com ele, teria mais três filhos. Interessante é que ela em momento algum foi a
rainha devassa que muitos imaginam. Os casamentos com seus irmãos tiveram
apenas finalidades políticas e tudo indica que os únicos homens de sua vida
foram apenas César e Marco Antônio.
A paixão entre
Marco Antônio e Cleópatra é tema de uma das mais conhecidas peças de William
Shakespeare: Antônio e Cleópatra. Por sinal, a rainha já deu nome a filmes,
séries de TV, livros, histórias em quadrinhos (quem não leu o gibi Asterix e
Cleópatra?), clube de strip-tease, marca de cigarro e até asteróide.
Antônio e
Cleópatra gostavam tanto de promover festas e banquetes – em outras palavras,
promover a boa vida – que se auto-intitulavam Sociedade dos Inimitáveis
Viventes. Nem diante do avanço de Otaviano, que logo se tornaria o segundo
“César” da história, eles abandonaram o estilo de vida. Passaram a se chamar
Amantes da Boa Morte.
O palácio de
Cleópatra possuía teto decorado com lápis-lazúlis e ágatas. Tapetes persas eram
quase onipresentes. E o que é ainda mais incrível: tinha nada menos que 100
quartos. Infelizmente, ele desapareceu com um grande terremoto no século 5.
Segundo uma das
suas biógrafas – uma arqueóloga britânica especialista em cultura do Egito -,
Cleópatra teria sido negra. Além da origem helênica da parte de pai, a rainha
teria ascendência africana. Sua mãe era de uma família do norte da África.
Cleópatra era
uma rainha vaidosa. Sempre usava maquiagem, gostava de tomar massagens com
diversos tipos de óleo e costumava banhar-se com leite de jumenta. Como muitos
egípcios, depilava o corpo e raspava a cabeça para evitar piolhos. Para
esconder a calvície, usava perucas.
De acordo com um
grupo de estudiosos alemães Cleópatra não teria morrido ao ser picada por uma
serpente. Sua morte provavelmente ocorreu poucas horas depois de ingerir um
coquetel de venenos, que incluía ópio, acônito e cicuta (a mesma que matou o
filósofo Sócrates).
A imagem da
Cleópatra devassa, que levava seus amantes à perdição, é uma invenção dos
romanos. Com a morte da rainha, eles fizeram o possível para manchá-la.
Imagem acima:
Antônio e Cleópatra, pintura de Lawrence Alma-Tadema.
Fontes: Wikipédia, Aventuras na História, Isto É, História
Viva.
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