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sexta-feira, 25 de março de 2022

PERSONAGENS, FATOS E TENDÊNCIAS QUE MARCARAM O ANO DE 1981


Um dos eventos mais comentados durante o ano de 1981 foi o casamento do príncipe Charles, da Grã-Bretanha, com a namorada Diana Spencer, conhecida na época como Lady Di.

 

Outro acontecimento que deu muito o que falar foi a tentativa de assassinato do papa João Paulo II, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O pontífice foi alvejado por um militante fascista turco chamado Mehmet Ali Agca.

 

O terceiro acontecimento mais falado foi o atentado contra o então presidente norte-americano Ronald Reagan, em Washington. Embora atingido no pulmão, o recém-empossado presidente (fazia pouco mais de três meses que ele tinha assumido o cargo), sobreviveu aos tiros.

 

O quarto foi o atentado terrorista que matou a tiros o presidente egípcio Anwar Sadat, durante uma parada militar na cidade do Cairo. Sadat foi alvo do grupo Jihad Islâmica, que se opunha ao recém-assinado acordo de paz entre Egito e Israel.

 

No Brasil, falou-se bastante do atentado do Riocentro, no Rio de Janeiro. Era para a bomba explodir durante um show em comemoração ao Dia do Trabalho, que reunia milhares de pessoas no local. Ela explodiu dentro do carro onde estavam dois integrantes da extrema direita, que era totalmente contra a Lei de Anistia e abertura política iniciados no governo do ex-presidente Ernesto Geisel.

 

Outro evento comentado à exaustão entre os brasileiros foi o incêndio no edifício Grande Avenida, na avenida Paulista, em São Paulo. O fogo consumiu todos os andares da construção, matando 17 pessoas e ferindo outras 54. A tragédia só não foi maior porque ocorreu num feriado prolongado e havia poucas pessoas no local.

 

As modelos Monique Evans, Xuxa Meneghel, Roberta Close e Luiza Brunet eram as mais famosas e badaladas da época. Luiza Brunet chegou a ser diversas vezes capa da revista semanal Manchete. Devemos lembrar que durante toda a década de 80, ela foi a principal garota propaganda da marca de jeans Dijon.

 

Das personalidades mais citadas nesse ano, vale lembrar do campeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, da cantora Rita Lee, da modelo e atriz Brooke Shields (que participou de dois filmes de grande sucesso naquele início de década: A Lagoa Azul e Amor Sem Fim), do ator Tony Ramos, do cantor Almir Rogério e do também cantor Guilherme Arantes.

 

Entre as novelas exibidas em 1981 podemos citar Baila Comigo, Jogo da Vida, Terras do Sem-Fim, Brilhante, O Amor é Nosso e Ciranda de Pedra – 1ª versão. Com Tony Ramos interpretando gêmeos separados no berço, Baila Comigo foi a produção de maior audiência.

 

A TV Bandeirantes levou ao ar uma das novelas de maior audiência da sua história: Os Imigrantes. Com mais de 300 capítulos, ela foi uma das produções mais longas da teledramaturgia brasileira. Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa, que anos depois fez Pantanal para a Rede Manchete e Terra Nostra para a Globo. Em seguida, a Band (como a emissora é chamada atualmente) lançou Rosa Baiana e Os Adolescentes.

 

Um dos maiores sucessos da televisão mundial no início dos anos 80 foi o seriado norte-americano Dallas. Exportado para dezenas de países, ele tinha o ator Larry Hagman como vilão da trama (um lembrete: foi Hagman quem interpretou o Major Nelson na série de humor Jeannie é um Gênio). Dallas exibido nas noites de domingo pela Rede Globo.

 

O maior acontecimento da história da TV ocorrido nesse ano: a inauguração da rede norte-americana MTV, especializada em videoclipes. O primeiro clipe a entrar no ar foi Video Killed the Radio Star, do grupo britânico The Buggles. Com a boa acolhida, a MTV foi exportada para mais de 100 país. A filial brasileira foi inaugurada em 1990.

 

A música de abertura da novela Baila Comigo, exibida no horário das 21h pela Rede Globo, foi uma versão instrumental da canção de mesmo nome de Rita Lee. Uma das cantoras de maior sucesso entre a segunda metade dos anos 70 e primeira dos 80 foi justamente Rita, com Lança-Perfume, Banho de Espuma, Baila Comigo, Desculpe o Auê e outras músicas.

 

Outro cantor que estourou nesse período foi Guilherme Arantes, principalmente após a participação no festival de música MPB Shell. Com o sucesso do MPB-80, a Globo resolveu lançar uma nova versão do festival, dessa vez sob o patrocínio da multinacional do setor de petróleo Shell. A grande vencedora foi a música Purpurina, interpretada por Lucinha Lins. Foi uma das maiores vaias da histórias dos festivais, visto que o público preferia Planeta Água, de Guilherme Arantes. 

 

Uma das músicas estrangeiras mais tocadas nas rádios foi Endless Love, interpretada pelos cantores norte-americanos Diana Ross e Lionel Richie. Outra música de grande sucesso foi Bette Davis Eyes, de Kim Carnes. Mas ouvi-se também Perdidos na Selva (de um grupo pop chamado Gang 90 e as Absurdetes, que também participou do MPB-Shell), Clarear (do grupo Roupa Nova, que estouraria com outros hits), Pequenino Cão (Simone) e Fuscão Preto (Almir Rogério).

 

O sucesso de Fuscão Preto transformou o cantor brega Almir Rogério num dos mais conhecidos da música brasileira do começo daquela década. Fuscão Preto chegou a ser adaptada para os cinemas com a então-modelo Xuxa Meneghel num dos papéis principais.

 

Houveram muitos outros modismos além do Fuscão Preto do Almir Rogério: os patins de quatro rodas, os fliperamas, o brinquedo Genius, o robozinho de brinquedo Ar-Tur, a bicleta Monark BMX   e o cubo mágico. Inventado por um húngaro, o cubo mágico virou uma febre mundial entre crianças e adolescentes.

 

Os filmes mais assistidos foram Amor Sem Fim (Endless Love, em inglês), Carruagens de Fogo e Os Caçadores da Arca Perdida. Entre os filmes nacionais, as maiores bilheterias pertenciam a Os Saltimbancos Trapalhões e Os Trapalhões na Guerra dos Planetas. Além de campeão de bilheteria, a produção Pixote - A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, foi um dos filmes brasileiros mais premiados da década.

 

Os livros mais vendidos: O Analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo; Não Verás País Nenhum, de Inácio de Loyola Brandão; A Ira dos Anjos, de Sidney Sheldon; O Crepúsculo do Macho, de Fernando Gabeira; Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar; e Dança Macabra, de Stephen King.

 

Fontes: Wikipédia, Memória Globo, Nosso Tempo, Veja.

 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

35 FATOS HISTÓRICOS QUE PROVAVELMENTE NÃO TE ENSINARAM NAS AULAS DE HISTÓRIA


Você sabia que os pais do faraó Tutâncamon era irmãos? Sabia que a Muralha da China levou 18 séculos para ser concluída? E que Dom Pedro I não estava legal no dia em que proclamou a independência? Veja essas e outras curiosidades que provavelmente não te ensinaram nas aulas de história.

 

Acredita-se que a cidade mais antiga do mundo seja Jericó, na Palestina. Ela é ocupada desde 9.500 ou 9.000 antes de cristo. Diversas civilizações passaram por lá: gregos, romanos, hebreus, muçulmanos…

 

Os casamentos consanguíneos eram comuns nas famílias reais do antigo Egito. O incesto era normal, assim como os problemas genéticos causados por ele. O faraó Tutancâmon, por exemplo, nasceu da união do faraó Akhenaton com sua própria irmã. Além de uma lábio quase leporino, ele sofria de necrose em um dos pés (foram encontradas muitas bengalas em sua tumba).

 

Ao contrário da crença popular, esqueletos encontrados mostram que os construtores das pirâmides eram realmente egípcios que tinham a confiança do faraó no projeto. Anotações feitas nas pirâmides mostram que eles tinham orgulho desse trabalho e que se dividiam em grupos.

 

O Código de Hamurabi, um conjunto de leis criado na Mesopotâmia pelo rei Hamurabi, continha leis sobre a fabricação de cerveja, além de deveres e direitos dos frequentadores de tabernas.

 

A Muralha da China possui 8.850 quilômetros de comprimento e atravessa nove províncias chinesas. Foi a obra mais demorada da história humana. O último trecho foi erguido em 1568, ou seja, mais de 18 séculos após o início da construção.

 

Não se sabe ao certo quantas pessoas trabalharam na construção da Muralha da China, uma vez que ela durou gerações. Algumas estimativas, no entanto, apontam em torno de 2 milhões de pessoas. Uma observação: é provável que 80% delas tenham morrido na obra.

 

A Fenícia não era um Estado unificado, mas um conjunto de cidades-Estados independentes, com governos próprios. O sistema político também variava de cidade para cidade. As mais conhecidas eram Sidon, Biblos e Tiro. Os fenícios fundaram mais de 300 cidades em torno do mar Mediterrâneo, sendo Cartago a mais famosa.

 

Platão não é um nome, mas um apelido. O verdadeiro nome do filósofo, dramaturgo e escritor grego nascido por volta de 427 antes de Cristo era Arístocles. Na verdade, a palavra “platão” significa “robusto”. Acredita-se que ele tenha sido assim chamado por causa dos seus ombros largos e figura robusta.

 

Aristóteles não era grego, mas macedônio. Foi discípulo de Platão, com quem conviveu durante 20 anos. Em 343 antes de Cristo, foi convidado pelo rei Filipe da Macedônia para ser o tutor de seu filho Alexandre, que mais tarde se tornaria O Grande.

 

Os 300 de Esparta, uma espécie de tropa de elite comandada pelo grego Leônidas, não combateram os persas sozinhos. Foram acompanhados por mais de 7 mil soldados vindos de Esparta e outros cidades gregas, como Corinto e Tebas.

 

O império conquistado pelo macedônio Alexandre, o Grande, só perdia em extensão para o romano, sendo o segundo maior da antiguidade. Começava no norte da Grécia e terminava no que hoje é o norte da Índia. Abrangia territórios atualmente pertencentes a países como Turquia, Líbano, Síria, Iraque, Irã, Paquistão e Afeganistão.

 

Alexandre fundou cerca de 20 cidades que levavam seu nome, sendo a mais conhecida a egípcia Alexandria. Foi nela que viveu a rainha Cleópatra, descendente de um de seus generais. Também foi em Alexandria que surgiram o famoso farol e a imponente biblioteca.

 

Supõe-se que a grande biblioteca de Alexandria tenha surgido com apenas 200 papiros. Em seu apogeu (século 2 antes de Cristo), ela chegou a abrigar 700 mil. Um detalhe: eram todos escrito à mão. Outro detalhe: por lei, quem visitasse a cidade era obrigado a doar uma obra para a biblioteca.

 

Cleópatra, a rainha do Egito, não era apenas a mulher mais rica do Mediterrâneo da sua época (em valores atuais, sua fortuna bateria nos US$ 100 bilhões), mas uma das mais inteligentes. Era versada em política, estratégias militares, astrologia, serviços sacerdotais e, como se não fosse suficiente, falava nove idiomas.

 

De acordo com um grupo de estudiosos alemães, Cleópatra não teria morrido ao ser picada por uma serpente. Ela provavelmente ocorreu poucas horas depois de ingerir um coquetel de venenos, que incluía ópio, acônito e cicuta (a mesma que matou o filósofo Sócrates).

 

Problemas mentais pareciam muito comuns entre os imperadores romanos (Calígula e Heliogábalo são dois exemplos). Os historiadores estão há muito intrigados com isso. Mas pesquisas recentes apontaram uma provável causa: o chumbo. Esse elemento teria afetado a saúde não apenas de imperadores, mas de muitos ricos e poderosos. Eles bebiam água em utensílios e jarras de chumbo, levada até suas vilas por tubulações de chumbo. A quantidade de chumbo na água encanada romana era 100 vezes maior do que na água das nascentes.

 

O imperador Nero não incendiou Roma. Segundo alguns historiadores, ele estava fora da cidade quando a tragédia começou. Assim que soube do que estava ocorrendo, teria voltado às pressas para a cidade. Além disso, Nero foi um dos mais afetados pelo fogo. Perdeu propriedades e teve grande prejuízo financeiro. A imagem de um Nero piromaníaco teria sido provavelmente criada por seus detratores.

 

Nero nunca enviou cristãos para serem devorados no Coliseu. Esse é outro mito sobre o imperador que parece não se sustentar. A explicação: o Coliseu foi construído depois da sua morte. Tudo indica que tenha recebido esse nome em razão da estátua de Nero que existia no local, o Colossus Neronis.

 

A peste negra, epidemia que assolou a Europa no final da Idade Média, foi tão devastadora que 1/3 da população europeia foi dizimada em apenas quatro anos (mais propriamente entre 1347 e 1351).

 

A Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra, durou exatos 116 anos. Aliás, ela é conhecida pelos historiadores como a guerra mais longa da história.

 

O “veneziano” Marco Polo não era veneziano. O viajante mais famoso do mundo nasceu na ilha de Korchula, que pertence à Croácia. É que na época do seu nascimento, a região era dominada por Veneza.

 

Ao contrário do que pensam muitos desinformados, o navegador Cristóvão Colombo não era espanhol. Ele nasceu na cidade italiana de Gênova e se chamava originalmente Cristoforo Colombo.

 

Napoleão Bonaparte nasceu na localidade de Ajaccio, na Córsega. Até um ano antes do seu nascimento, essa ilha era controlada pelos italianos. De família italiana, seu nome original era Napoleone di Buonaparte.

 

O corpo de Napoleão passou por uma autópsia algum tempo depois da sua morte. Os legistas confirmaram a suspeita de que o “ex-imperador” tenha morrido de câncer de estômago. Mas... o pênis desapareceu depois do procedimento! Um suposto pênis foi encontrado e leiloado cerca de 150 anos depois por uma casa de leilões de Londres.

 

A esquadra que trouxe a família real portuguesa para o Brasil era composta de oito naus, três fragatas, dois brigues, uma escuna de guerra, uma charrua de mantimentos e mais 20 navios. A todo, ela transportou 1,5 mil pessoas.

 

O nome completo de D. Pedro I era Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

 

Esqueça aquela imagem de D. Pedro I proclamando a Independência montado num cavalo puro-sangue. Ele viajava num burrico quando parou às margens do córrego Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Um detalhe: estava sofrendo de uma diarreia terrível nesse dia.

 

Muitos escravos brasileiros compravam sua liberdade trabalhando como vendedores. Em 1750, uma carta de alforria chegava a custar 150 mil réis, preço superior ao de uma residência simples, que custava 120 mil.

 

José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, propôs a abolição da escravidão no longínquo ano de 1823. A ideia era abolir o tráfico e, em seguida, promover a libertação gradual dos escravos. E é claro que os grandes latifundiários da época não gostaram nem um pouco disso.

 

Se não fosse o Marechal Deodoro da Fonseca, que preferiu um modelo em muitos aspectos semelhante com a antiga bandeira da época do Império, a bandeira brasileira seria parecida com a dos Estados Unidos, só que com listras verde e amarelas.

 

A batalha mais longa que ocorreu numa guerra foi a de Verdun, durante a Primeira Guerra Mundial, quando as tropas da França e da Alemanha estiveram frente a frente. Acredite se quiser, ela durou de 25 de fevereiro a 18 de dezembro de 1916 (quase 10 meses).

 

A mais sangrenta batalha da história foi a de Stalingrado, travada entre 1942 e 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Entre mortos, feridos e desaparecidos, ela fez cerca de 2 milhões de vítimas.

 

O Dia D é também conhecido como Operação Overlord, seu nome de código. Ela envolveu 3 milhões de soldados, 5.339 embarcações, 15 mil tanques e 11 mil aviões.

 

A Segunda Guerra Mundial deixou um saldo de 60 milhões de mortos, sendo 6 milhões de judeus.

 

A Guerra da Coreia matou mais de 3 milhões de pessoas. Coreia do Norte e Coreia do Sul só propuseram um acordo de paz em 2018, o que nos leva a concluir que essa guerra ainda está por terminar.

 

Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Aventuras na História, História Viva, Enciclopédia Brasileira, Fatos Desconhecidos.

 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

22 FATOS, PESSOAS E MODISMOS QUE MARCARAM O ANO DE 1980


O principal evento do ano de 1980 foi a olimpíada de Moscou, na então União Soviética. Milhões de pessoas se emocionaram com a bela e bem organizada abertura. Só que um fato deu muito o que falar durante os jogos: a ausência dos Estados Unidos. Os norte-americanos boicotaram os Jogos Olímpicos em protesto contra a invasão do Afeganistão pela União Soviética. O que eles não imaginariam é que quatro anos depois, os soviéticos revidariam boicotando a olimpíada de Los Angeles.

 

O Brasil era uma nação essencialmente católica. Para muitos brasileiros da época, o maior evento do ano foi a visita do papa João Paulo II ao país. Milhares de pessoas participaram das missas realizadas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador cantando “A benção João de Deus/Nosso povo te abraça/Se tu vens em missão de paz/Sê bem-vindo e abençoa esse povo que te ama”.

 

Para os fãs de música – especialmente do rock dos anos 60 –, nenhum evento mexeu mais com o mundo do que o assassinato de John Lennon. O ex-Beatle foi morto a tiros de revólver na porta do edifício onde morava em Nova York.

 

Já para a ciência nenhum evento foi mais impactante do que a erupção do monte Santa Helena, no estado de Washington, Estados Unidos. A força da erupção foi tamanha que parte da montanha simplesmente desabou, destruindo quase tudo ao seu redor.

 

Dois fatos ocorridos entre o final dos anos 70 e início dos 80 chamaram pouco a atenção da imprensa da época, mas foram cruciais para o desenrolar de uma série de acontecimentos futuros: a fundação do sindicato Solidariedade na Polônia e do Partido dos Trabalhadores no Brasil.

 

Os Estados Unidos tentam resgatar um grupo de cidadãos norte-americanos em poder de sequestradores no Irã. A operação fracassa e gera uma séria crise entre ambos os países, que haviam cortado relações durante a Revolução Islâmica do final dos anos 70.

 

Em grave crise financeira, a TV Tupi – canal 4 em São Paulo – fechou definitivamente as portas. Foi uma grande perda para a televisão brasileira, uma vez que a Tupi foi a primeira emissora a entrar no ar no país. Pouco tempo, o canal 4 seria ocupado pela TVS (atual SBT), uma emissora do Grupo Sílvio Santos.

 

Uma das novidades de 1980 foi o surgimento do canal de TV norte-americano CNN – Cable News Network. A CNN foi o primeiro canal do mundo com conteúdo exclusivamente jornalístico. Ela passou a transmitir notícias 24 horas por dia, algo então impensável para a maioria das pessoas. Suas imagens rodaram o mundo, especialmente durante a Guerra do Golfo, quando o Iraque do então presidente Saddam Husseim invadiu o vizinho Kwait.

 

Milhares de pessoas lotaram o estádio do Maracanã para assistir uma apresentação do cantor norte-americano Frank Sinatra. Mas o maior vendedor de discos daquele ano foi a cantora brasileira Rita Lee. Ex-integrante do grupo Mutantes, Rita lotou casas de espetáculos com o show Lança Perfume. Suas músicas foram tema de abertura de novelas e programas de televisão. Mania de Você, Lança Perfume, Cor de Rosa Choque e Chega mais alguns dos sucesso de Rita daquele período.

 

Da músicas mais tocadas nas rádios, vale destacar Balancê, de Gal Costa; Another Brick in the Wall, do Pink Floyd; Momentos, de Joanna; Meu Bem Querer, de Djavan; Frevo Mulher, de Amelinha; Foi Deus Quem Fez Você, também de Amelinha; Porto Solidão, de Jessé; Geni e o Zepelim, de Chico Buarque; Noturno, de Fagner; e Moskou, do grupo Gengis Khan.

 

Por falar em música, não podíamos esquecer do festival MPB-80. Exibido pela Rede Globo com o intuito de reavivar os festivais da música dos anos 60, o MPB-80 fez um sucesso tremendo. Nem a Globo esperava tamanha repercussão. A música vencedora foi Agonia, de Oswaldo Montenegro. O público, no entanto, caiu de paixão por outras duas concorrentes: Foi Deus Quem Fez Você, de Amelinha, e Porto Solidão, interpretada por Jessé.

 

Enquanto a concorrente Tupi virava escombros, a Globo vivia o apogeu. Muitas das suas mais lendárias produções foram lançadas em 1980. Foram os casos do programa matinal TV Mulher, do musical A Arca de Noé e do seriado O Bem-Amado. O TV Mulher era um programa totalmente dedicado ao público feminino, especialmente donas de casa. Tinha a música Cor de Rosa Choque, de Rita Lee como tema de abertura. A apresentação ficou a cargo de Marília Gabriela e Ney Gonçalves Dias. A TV Mulher apresentava quadros sobre moda, com Clodovil Hernandez, beleza, com Ala Zserman, sexo, com Marta Suplicy e horóscopo, com Leiloca (cantora do grupos As Frenéticas).

 

Também chamado na emissora de Vinícius para Crianças, o musical A Arca de Noé reuniu diversos cantores da MPB para interpretar poemas de Vinícius de Moraes, morto em julho daquele ano. O musical virou disco um disco de grande vendagem e inspirou outros projetos semelhantes.

 

Com os atores Paulo Gracindo e Lima Duarte como protagonistas, a série o Bem-Amado foi inspirada na novela de mesmo nome, exibida anos antes pela própria Globo. Contava as trapalhadas do prefeito Odorico Paraguassu, da cidade fictícia de Sucupira (a maior obsessão de Odorico era inaugurar o cemitério da cidade). Assim como a TV Mulher e os festivais da música, O Bem-Amado foi exibido por vários anos.

 

O Brasil inteiro queria saber quem matou Miguel Fragonard, personagem de Raul Cortez na novela de maior audiência da virada 1979-1980: Água Viva (música de abertura: Menino do Rio, de Baby Consuelo). Sua substituta foi Coração Alado (que tinha como música de abertura Noturno, de Fagner). Outras novelas exibidas naquele ano: Olhai os Lírios do Campo, Chega mais, As Três Marias, O Todo Poderoso, A Deusa Vencida (as duas últimas exibidas pela TV Bandeirantes).

 

O campeão de bilheteria de 1980 foi o filme A Lagoa Azul, com a atriz britânica Brooke Shields. O segundo lugar foi para o polêmico O Império dos Sentidos, um filme com alto teor pornográfico. Além deles, os brasileiros assistiram Fama, Em Alguns Lugar do Passado (com o astro Christopher Reeves, intérprete de Superman), Touro Indomável, Xanadu, Gente como a Gente, Disque M para Matar e Sexta-feira 13.

 

Entre os filmes brasileiros, vale destacar Bye Bye Brasil, de Cacá Diegues. Vale também lembrar de A Idade da Terra, de Glauber Rocha. Filmes com os comediantes do programa dominical Os Trapalhões levam milhares de crianças aos cinemas. Foi o caso de Os Mosqueteiros Trapalhões.

 

Beneficiado com a Lei da Anistia, o ativista político Fernando Gabeira causou furor nas praias (veja adiante) e livrarias brasileiras. Dois livros de sua autoria estiveram entre os mais vendidos naquele ano: O Que é Isso, Companheiro? e O Crepúsculo do Macho. Os lançamentos de maior aceitação nas bancas de jornais foram as coleções em fascículos Nosso Século e Vida Íntima, ambas da Abril Cultural.

 

Mil novecentos e oitenta foi o ano dos modismos. Foram tantas as modas, os modismos e as manias que é impossível citar uma por uma. Uma delas foi o windsurf (pranchas com velas que apareceram até na abertura da novela Água Viva) e a outra, os patins com quatro rodinhas. Até Rita Lee apareceu patinando no vídeo clipe da música Lança Perfume. Olivia Newton-John também dançou sobre quatro rodinhas no musical Xanadu.

 

Os modismos mais polêmicos foram a tanga e o topless. De repente, alguns homens apareceram nas praias usando minúsculos peças no lugar do calção – um deles foi o ativista Fernando Gabeira. O escândalo foi enorme. As mulheres dispensaram os sutiãs e apareceram nas areias cariocas sem a parte de cima. Outro escândalo de grandes proporções. Até a Igreja Católica protestou. Várias mulheres sofreram agressões físicas. As tangas e os topless desapareceram das praias num piscar de olhos.

 

Entre as meninas, o que pegou mesmo foram as sandálias plásticas Melissa. Cinzas, rosas, roxas ou incolores, a Melissa era uma sandália transparente fabricada pela Grendene. Ela chegou a virar peça de colecionadoras. Com a aceitação do mercado, a Grendene lançou diversas linhas de produtos com a marca Melissa.

 

Os meninos curtiram especialmente a bicicleta BMX, da Monark. Os brinquedos Genius e Ar-Tur (um robozinho ativado via controle remoto) também fizeram bastante sucesso entre eles. Os mais velhos gostaram especialmente dos fascículos sobre sexo Vida Íntima.

 

Não podemos esquecer do álbum de figurinhas A Turma do Paulistinha, um mega-sucesso no estado de São Paulo. Lançado pela Secretaria da Fazendo do estado, o álbum não precisava ser comprado. Bastava juntar um determinado valor em notas fiscais para trocá-las pelo álbum ou pelas figurinhas. E o que é melhor: os colecionadores podiam ganhar prêmios, que iam de jogos de tabuleiro a automóveis.

 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

16 FATOS, EVENTOS CULTURAIS E PERSONALIDADES QUE MARCARAM O ANO DE 1979


 

Quem viveu o ano de 1979 acompanhou com curiosidade – e uma certa apreensão – as notícias sobre a queda da estação espacial Skylab. Não se sabia o ponto exato em que ela cairia na Terra, a única certeza é que podia ser nos locais mais improváveis (um aglomerado urbano, talvez). A Skylab caiu num ponto remoto do oceano Pacífico.

 

Uma das notícias de maior destaque no noticiário internacional foi a revolução que derrubou o xá iraniano Reza Pahlevi. Comandada pelo aiatolá Khomeini, a chamada Revolução Islâmica instaurou um regime teocrático nesse país de população islâmica xiita. Desde então, o Irã têm sido comandado pelo clero muçulmano.

 

Outra notícia veiculada pelos meios de comunicação foi a invasão do Afeganistão pela União Soviética. Com o objetivo de manter o regime de inspiração marxista que se instalou no país, os soviéticos deram início a um conflito que se arrastaria por cerca de uma década. Os rebeldes islâmicos foram armados e treinados pelos Estados Unidos.

 

No Brasil, eram as greves de metalúrgicos do ABC que mais chamavam a atenção nos jornais televisivos, radiofônicos e impressos. Comandadas pelo sindicalista Luís Inácio da Silva, o Lula, elas desempenhariam um papel importante na fundação do Partido dos Trabalhadores e na ideologia de governo dos anos 2000.

 

Quem viveu o ano de 1979 testemunhou diversas mudanças sociais, como a criação da Lei da Anistia, que permitia que exilados políticos pudessem voltar ao país. A emancipação da mulher e o divórcio transformaram-se em realidades palpáveis. Viu também como a inflação e a dívida externa ficaram fora de controle. O milagre econômico do início dos anos 70 parecia cada vez mais distante. Viu ainda a abertura política que seis anos depois daria fim ao regime militar.

 

As personalidades mais faladas daquele ano foram o clérigo iraniano Ruhollah Khomeini, que derrubou o xá do Irá; o ativista Fernando Gabeira, um dos beneficiados pela Lei da Anistia; a atriz Regina Duarte, a protagonista divorciada do seriado Malu Mulher; o cantor Sidney Magal, por ter conquistado os programas de auditório com música como Sandra Rosa Madalena; e a cantora Gal Costa, que estava no auge da carreira.

 

Os anos 70 foram bastante significativos para a música brasileira e internacional. O tsunami de criatividade deu origem a disco music, ao punk e outros estilos. Músicos de MPB como Chico Buarque, Jorge Ben, Gal Costa, Clara Nunes, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Paulinho da Vila, Simone e Elis Regina lançaram álbuns até hoje considerados clássicos. Nas rádios e programas musicais na TV, a música brega de Odair José, Waldick Soriano, Benito di Paula e Wando, entre outros, conquistava cada vez mais espaço.

 

Era o auge da onda disco. Nas residências, festas de formatura e discotecas, a pessoas dançavam ao som de Bee Gees, Village People, Gloria Gaynor, Chic e Anita Ward. Um dos grupos de maior sucesso entre 1978 e 1979 foi o norte-americano Village People. Ícone da subcultura gay da época, o Village People emplacou várias músicas nos primeiros lugares das paradas. Curiosamente, a disco já estaria totalmente fora de moda no curto período de dois anos.

 

A moda das discotecas permitiu o surgimento de um grupo brasileiro formado apenas por mulheres: As Frenéticas. Em 1979, elas fizeram bastante sucesso com a música-tema da novela Feijão Maravilha. O cantor Fábio Jr. estourou com Pai, tema da novela Pai Herói. Nelson Gonçalves cantou o tema de Cabocla. Outras novelas exibidas na época: Os Gigantes, Marrom Glacê, Aritana (uma das últimas novelas de sucesso da Tupi) e Cara a Cara (uma produção da TV Bandeirantes).

 

A Rede Globo resolveu investir pesado nas séries de TV, que eram exibidas sempre nos finais de noite. Uma delas foi Carga Pesada, com Antônio Fagundes e Stênio Garcia; outra foi Plantão de Polícia, com Hugo Carvana. Mas foi Malu Mulher, com Regina Duarte, que fez maior sucesso. Ao contar a rotina e os desafios de uma mulher divorciada e que precisava criar sozinha a filha, Malu deu muito o que falar. Ele ainda foi exportado para diversos países.

 

Diversos clássicos do cinema foram lançados em 1979, entre eles Apocalypse Now. Dirigido por Francis Ford Coppola, ele é ainda hoje considerado um dos melhores filmes da história do cinema mundial. Ele foi lançado quase ao mesmo tempo que Tess, Kramer x Kramer, All That Jazz e O Campeão. O diretor Franco Zefirelli fez milhões de pessoas chorarem com as cenas finais de O Campeão (uma observação: se você assistir dez vezes, irá chorar dez vezes).

 

Um dos escritores mais lidos naquele final de anos 70 foi J. M. Simmel, autor de Eu Confesso Tudo e Amanhã é Outro Dia. Harold Robbins lançou Os Sonhos Morrem Primeiro e Morris West publicou A Estrada Sinuosa. O brasileiro Luís Fernando Veríssimo conquistou leitores de norte a sul com as aventuras do detetive Ed Mort. Mas foi o recém-anistiado Fernando Gabeira quem mais deu o que falar com O Que é Isso, Companheiro?, um livro que anos mais tarde seria adaptado para o cinema.

 

As pessoas tinham conta em bancos que não existem mais, entre eles o Nacional, o Delfim, o Real, o Continental, o Bamerindus e o Comind. Faziam compras no Jumbo-Eletro e Ao Barateiro. Liam jornais sensacionalistas como o paulistano Notícias Populares. Assistiam Os Pankecas, Aritana e Clube do Mickey na TV Tupi.

 

Os brasileiros que viveram 1979 usavam roupas íntimas da Poesi, camisas da US Top e jeans da Staroup. Muitos homens de negócios de São Paulo compravam ternos na Casa José Silva. As crianças usavam calçados Ortopé.

 

As crianças se divertiam com um jogo eletrônico chamado Telejogo (um antepassado do atual Playstation), com as bicicletas do tipo BMX da Monark e com as miniaturas da Revell. Colecionavam figurinhas da Turma da Mônica e coleção Super Heróis do chiclete Ping Pong.

 

O telefone ainda era um luxo para a maioria dos brasileiros. Além de caras, as pessoas tinham que esperar até dois anos para que as suas linhas fossem instaladas. Comprar planos como os da Telesp (da cidade de São Paulo) e da CTBC (que atuava na região do ABC) exigia um bocado de paciência.

 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

55 ACONTECIMENTOS INTERESSANTES E CURIOSOS QUE MARCARAM A DÉCADA DE 1960


 

A formação da primeira equipe da Rede Globo ocorreu em 1963. Cerca de dois anos depois, em 26 de abril de 1965 era finalmente inaugurada a Rede Globo de Televisão. O primeiro programa a ir ao ar foi um infantil chamado Uni Duni Tê.

 

Paixão de outono, a primeira novela da recém-nascida emissora, foi ao ar em 14 de setembro de 1965. De autoria de Glória Magadan, ela teve apenas 50 capítulos. Uma observação: na época, Magadan era diretora do núcleo de dramaturgia da Globo.

 

O gênero telenovela surgiu no Brasil em 1951. A primeira telenovela foi Sua Vida Me Pertence, exibida pela extinta TV Tupi. No entanto, a primeira a ser exibida diariamente no Brasil foi  2-5499 Ocupado, na antiga TV Excelsior, em 1963. Foi em 2-5499 Ocupado que os atores Glória Menezes e Tarcísio Meira começaram a formar aquele que foi um dos pares românticos mais conhecidos da dramaturgia.

 

A primeira telenovela com um hora de duração foi Os Miseráveis, produção da Bandeirantes de 1967. Antes disso, as novelas tinham, no máximo, meia hora.

 

A primeira novela de grande repercussão (diga-se, uma verdadeira mania nacional) foi O Direito de Nascer, baseada em uma radionovela de origem cubana. O Direito de Nascer foi exibida pela Tupi entre 1964 e 1965.

 

Um dos seriados de maior sucesso da grade da Tupi foi o brasileiro O Vigilante Rodoviário. Levado ao ar em 1962 e protagonizado pelo ator Carlos Miranda, a série conquistou o público adolescente e infantil. O sucesso foi tamanho que virou até história em quadrinhos. Anos mais tarde, O Vigilante Rodoviário seria retransmitido pela Rede Globo.

 

Criada pelo norte-americano Gene Roddenberry, a série Star Trek (“Jornada nas Estrelas” no Brasil e “O Caminho das Estrelas” em Portugal) estreou nos Estados Unidos em 8 de setembro de 1966.

 

Em 1964, Gene Roddenberry tentou vender a ideia da série para os estúdios MGM, que a rejeitou por achá-la ousada demais.

 

Star Trek - The Original Series teve somente três temporadas, mas fez tanto sucesso e angariou tamanha quantidade de fãs no decorrer dos anos que motivou a criação de mais cinco franquias. São elas: Star Trek - The Animated Series; Star Trek - The Next Generation; Star Trek - Deep Space Nine; Star Trek - Voyager e Star Trek - Enterprise.

 

Você sabia que Michele Nichols e William Shatner protagonizaram em 1968 o primeiro beijo inter-racial num programa de televisão norte-americano?

 

Quem inicialmente foi convidado para o papel de Spock foi o ator Martin Landau, mas este recusou e foi substituído por Leonard Nimoy. Anos depois, Nimoy substituiu Landau na série Missão Impossível.

 

A saudação do povo vulcano foi criada pelo próprio Leonard Nimoy, inspirado numa saudação judaica.

 

O único ator a aparecer em todos os episódios da série original foi Leonard Nimoy.

 

Outras séries de TV de grande sucesso no Brasil dos anos 60 foram: James West, A Feiticeira, Bonanza, Jeannie é um Gênio, Doutor Kildare, A Família Adams, Perdidos no Espaço, Rin Tin Tin, Batman, National Kid, Os Monstros e Agente 86.

 

O primeiro registro fonográfico de Raul Seixas foi um disco de 78 RPM gravado em 1964. Continha as faixas Nanny e Coração Partido - versão brasileira de uma canção de Elvis Presley. O compacto nunca chegou a ser lançado. 

 

Entre dezembro de 1960 e agosto de 1963, os Beatles fizeram 294 apresentações no Cavern Club.

 

A primeira aparição dos Beatles na TV norte-americana foi no programa de Jack Paar, em março de 1964, onde o grupo exibiu uma versão de "She Loves You".

 

Durante os cinco primeiros minutos da primeira apresentação dos Beatles no programa de TV norte-americano “Ed Sullivan Show”, em 1964, não foi registrado nenhum assalto ou homicídio cometido por jovens nos Estados Unidos.

 

O disco With The Beatles (Entre os Beatles), de 1963, foi lançado nos Estados Unidos como Meet The Beatles (Conheça os Beatles).

 

A Hard Day’s Night, disco dos Beatles de 1964, foi lançado no Brasil como o título em português Os Reis do Iê, iê, iê.

 

O Álbum Revolver, de 1966, foi lançado nos Estados Unidos com três músicas a menos. São elas: I’m Only Sleeping, And Your Bird Can Sing e Yesterday and Today. A explicação está no fato de que as gravadoras responsáveis pelos lançamentos faziam suas próprias seleções, dependendo do país em que o disco era lançado.

 

O LP Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band foi o primeiro disco no mundo com capa dupla, encarte com fotos e letras das músicas.

 

Sgt. Pepper’s foi a mais longa gravação do grupo de Paul, John, Ringo e George. Para concluí-lo eles levaram 700 horas ou 29 dias da vida dos quatro rapazes de Liverpool.

 

Era para Let it Be (1969), o último álbum da banda, ser lançado com o nome de Get Back. A faixa I Me Mine, de Let it Be, foi a última gravação do Beatles. Detalhe: ela foi gravada sem a participação de John Lennon.

 

O psicopata Charles Manson, responsável pelo brutal assassinato da atriz Sharon Tate e outras quatro pessoas em 1969, era fanático pelos Beatles. Além de dizer quer era um enviado de Deus, Manson se considerava o quinto Beatle.

 

O sucesso do grupo de Paul e John inspirou dois produtores de TV a criar uma série de TV com um grupo parecido chamado The Monkees. O sucesso do grupo foi imediato. Em 1967, o The Monkees era o grupo mais popular dos Estados Unidos.

 

A Jovem Guarda foi um movimento comportamental e musical dos anos 60 surgido a partir do programa Jovem Guarda, exibido nas tardes de domingo pela TV Record de São Paulo.

 

Aliás, a expressão Jovem Guarda começou a ser usada em 1965 com a estreia do programa na TV Record. A origem do termo ainda é nebuloso, mas acredita-se que tenha sido tirado de um discurso de Lênin, onde ele afirmou "O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada".

 

As maiores influências dos músicos da Jovem Guarda foram o rock norte-americano dos anos 50 e 60, o rock brasileiro do início dos anos 60 (Celly e Tony Campello, principalmente) e a febre musical dos Beatles.

 

O termo “iê-iê-iê” foi usado como denominação do rock brasileiro dos anos 1960 (entenda-se Jovem Guarda). Dizia-se que Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e toda a turma da Jovem Guarda fazia “iê-iê-iê”. Esse termo surgiu de músicas como She Loves You, em que os Beatles repetiam “yeah-yeah-yeah”.

 

O programa Jovem Guarda era comandado por ninguém menos que Roberto Carlos e seus amigos Erasmo Carlos e Wanderléa. A ideia de convocar Erasmo e Wanderléa para dividir a apresentação do programa partiu de Roberto Carlos.

 

A lista de músicos que se apresentavam no programa era extensa: Golden Boys, The Fevers, Renato e seus Blue Caps, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Martinha, Vanusa, Ronnie Von, Eduardo Araújo, Os Incríveis, Rosemary, Sérgio Reis, Silvinha, Ronnie Cord, Waldirene, Leno e Lilian, Os Vips, Nilton César e Trio Esperança, entre outros.

 

Roberto Carlos foi o primeiro não-italiano a vencer o Festival de São Remo, em 1968.

 

O título de “Rei” foi dado a Roberto Carlos pelo apresentador de TV Chacrinha. A coroação ocorreu em 1966, durante um programa de Chacrinha.

 

Woodstock, o mais lendário festival de rock da história aconteceu nos anos 60. Entre as atrações do festiva estavam Jimi Hendrix, Grateful Dead, Joan Baez, Santana, Joe Cocker, Creedence Clearwater Revival, The Who, Janis Joplin e Jefferson Airplane, só para citar alguns.

 

Você sabia que grupos como Jethro Tull, Led Zeppelin, The Doors e ninguém menos que o The Beatles receberam convite mas se recusaram a participar de Woodstock?

 

Os Rolling Stones alcançam o status de superastros da música com a canção Satisfaction, 1º lugar nas paradas do Estados Unidos em 1965.

 

Os anos 1960 representaram uma época dourada para o rock britânico. Foi quando dezenas de bandas surgidas no Reino Unido invadiram as rádios, os palcos e os programas de TV dos Estados Unidos. A invasão britânica foi encabeçada pelos grupos The Beatles, Rolling Stones, The Animals, The Who, Jethro Tull, The Kinks, Yardbirds, The Pretty Things e Led Zeppelin.

 

A Era de Ouro do Rock, é assim que os anos 1960 são definidos por muitos especialistas em rock. Não sem motivos! A década de 60 foi dos Beatles, da invasão britânica, do surf rock, da música de protesto e do surgimento do heavy metal. Aliás, foi na segunda metade da década que surgiram os precursores do metal: Black Sabath, Led Zeppelin, Deep Purple e Judas Priest.

 

O movimento de contracultura característico da época foi o hippie. Surgido como consequência da Geração Beat e da indignação dos jovens com a Guerra do Vietnã, o movimento hippie nasceu nos Estados Unidos e sobreviveu no Brasil até o início dos anos 80. Os hippies eram conhecidos por suas cabeleiras longas, pelas roupas velhas, pelo lema “Paz e Amor”, pelo misticismo, pela simpatia pela anarquia e pelo uso acentuado de drogas como a maconha e o LSD.

 

Também foi nos anos 60 que ocorreu a revolta do Stonewall Inn. Iniciada em 28 de junho de 1969, a revolta foi uma série de reações da comunidade gay de Nova York contra as batidas policiais no bar Stonnewall Inn, frequentados por gays, transexuais, travestis e lésbicas. Foi a partir de Stonewalll que surgiram todos os movimentos, entidades e paradas gays modernas.

 

Ocorreram diversos festivais da canção no Brasil, o primeiro em 1965 e o último em 1985. Os festivais mais lendários foram os da TV Record, quando o Brasil conheceu músicas como Alegria, Alegria (de Caetano Veloso), A Banda (Chico Buarque), Domingo no Parque (Gilberto Gil), Ponteio (Edu Lobo), Disparada (Geraldo Vandré) e Roda Viva (Chico Buarque).

 

Por falar em música brasileira, os dois maiores programas de TV sobre música nos anos 60 foram O Fino da Bossa, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues; e Brasil 60, com apresentação de Bibi Ferreira.

 

O primeiro automóvel inteiramente fabricado no Brasil foi a Perua DKW, que começou a circular em 15 de novembro de 1957.

 

A Vemag (Veículos e Máquinas Agrícolas S.A.) foi um fabricante brasileiro que produziu sob licença os veículos da alemã DKW. Entre os modelos produzidos pela Vemag estão o cupê Fissore, o Caiçara, o Belcar e o Vemaguete.

 

Por falar em DKW, ela foi uma fabricante alemã de automóveis. Fazia parte do grupo Union, que integrava marcas como Horch, Wanderer e Audi. Comprada pela Volkswagen, a única marca que sobreviveu foi a Audi.

 

O DKW-Vemag Belcar era inicialmente chamado de Grande DKW-Vemag, mas acabou ganhando a denominação de Belcar – uma abreviação da expressão inglesa “beautiful car”.

 

Subsidiária da marca francesa Simca, a Simca do Brasil produziu modelos como o Simca Chambord, Simca Jangada, Présidence, Alvorada e Esplanada.

 

O primeiro Simca produzido no país foi o Chambord, em 1959. O Chambord serviu de base para todos os modelos Simca brasileiros, inclusive o Esplanada – seu sucessor definitivo.

 

Comprada pela norte-americana Chrysler, a Simca durou até a segunda metade dos anos 1960. Os últimos Alvoradas e Esplanadas saíram de fábrica como marcas da Chrysler do Brasil.

 

A Karmann-Ghia surgiu a partir da união da marca italiana Ghia com a alemão Karmann. Detalhe importante; os automóveis da Karman-Ghia foram produzidos pela alemã Volkswagen.

 

A fábrica da Karmann-Ghia brasileira foi inaugurada em 1 960 na cidade de São Bernardo do Campo. Os primeiros automóveis saíram da linha de produção em 1962, sendo fabricados até a primeira metade dos anos 1970.

 

A pecinha responsável por esguichar água no para-brisa do Fusca era continuamente roubada nos anos 60 para… acredite se quiser, servir de anel! A moda do anel Brucutu (era assim que ele era chamado) foi inspirada por Roberto Carlos e pela turma da Jovem Guarda.

 

Os filmes mais vistos nos anos 60: West Side Story, A Primeira Noite de um Homem, Barbarella, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, Sem Destino (Easy Rider), My Fair Lady, Doutor Jivago, Os Pássaros, Lawrence da Arábia, Quem Tem Medo de Virginia Woolf? e Mary Poppins.

 

Uma das personalidades mais comentadas dos anos 60 foi a baiana Marta Vasconcellos, vencedora do concurso de Miss Universo de 1968.

 

Na moda, surgiram os vestidos do tipo “tubinho”  e a mini-saia (que, na verdade, nunca saiu de moda).

 

Chamado de Iguatemi, o primeiro shopping center do Brasil foi inaugurado em São Paulo em 1966.

 

Abaixo, uma curiosa relação dos produtos que já existiam ou foram lançados durante os anos 60 (com nome do produto e ano de lançamento).

Aji-no-moto, tempero (glutamato monossódico) – 1949

Antarctica, guaraná - 1921

Aspirina, comprimidos – 1912

Avon, cosméticos – 1959

Band-aid, curativo – 1947

Bic, canetas – 1956

Biotônico Fontoura, xarope “fortificante” - 1910

Bis, chocolate - 1942

Catupiry, queijo - 1911

Chevrolet, automóveis -1924

Chicabon, sorvete - 1942

Cinzano, vermoute – 1878

Coca-Cola, refrigerante – 1942

Colgate, creme dental – 1927

Copag, baralhos - 1908

Coppertone, protetor solar – 1960

Corn Flakes, cereal - 1965

Diamante Negro, chocolate - 1939

Eno, antiácido - 1928

Eskibon, sorvete - 1942

Esso, postos de combustíveis – 1912

Fanta, refrigerante – 1964

Farinha Láctea Nestlté – 1876

Ferla, aveia - 1948

Ford, automóveis – 1919

Fujifilm, filmes fotográficos – 1958

Gessy, sabonete – 1913

Glasurit, tintas - 1967

Goodyear, pneus – 1919

Granado, polvilho antisséptico - 1903

Hellmans, maionese - 1942

Hollywood, cigarros – 1931

Jimmi, molho inglês - 1945

Juquinha, balas - 1945

Karo, xarope de glucose de milho – 1933

Knorr, caldos de carne e galinha – 1961

Kolynos, creme dental – 1917

L’oréal, cosméticos - 1939

Lux, sabonete – 1932

Maggi, caldos de carne e galinha - 1961

Maizena, amido de milho – 1874

Martini, vermoute – 1950

Matte Leão, chá - 1938

Mazola, óleo de soja – 1954

Melitta, filtro de papel – 1968

Minâncora, pomada - 1913

Moça, leite condensado – 1890

Nadir Figueiredo, copos - 1912

Nescafé, café solúvel - 1953

Nescau, achocolatado – 1932

Neston, farinha de cereais – 1958

Ninho, leite em pó - 1928

Omo, sabão em pó – 1957

Ovomaltine, achocolatado – 1930

Phebo, sabonete - 1936

Phillips, leite de magnésia - 1930

Prestígio, chocolate - 1962

Quaker, aveia – 1953

Rexona, desodorante – 1967

Royal, fermento em pó – 1945

Salada, óleo de soja - 1929

Seda, produtos para o cabelo – 1968

Seleções, revista – 1942

Seven Boys, pães e bolos - 1950

Shell, postos - 1914

Singer, máquinas de costura - 1858

Toddy, achocolatado – 1933

União, açucar - 1910

Yakult, leite fermentado - 1966

Ypióca, aguardente – 1846

 

Gírias dos anos 60 (o seu “significado” está entre parênteses):

Bacana (bom, bonito)

Boa pinta (de boa aparência)

Boazuda (mulher bonita)

Bolinha (estimulante)

Cafona (brega e de mal gosto)

Calhambeque (carro velho)

Cara (indivíduo)

Carango (carro)

Certinha (mulher bonita)

Chapa (amigo)

Duca (ótimo)

Duvi-de-o-dó - Duvidar de algo.

É de lascar - Situação complicada.

É fogo! (é difícil)

É uma brasa, mora! (é espevitada, danada)

Esticada (passar por vários restaurantes e bares noturnos)

Fossa (depressão, crise existencial)

Gamar (namorar)

Gata (mulher bonita)

Grana (dinheiro)

Legal! (ótimo!)

Mancar (desrespeitar compromisso)

Minissaia (saia curta)

Paca (muito)

Pão (homem bonito)

Papo firme (conversa séria)

Papo furado (conversa boba)

Patota (turma de amigos)

Pé de chinelo (pessoa sem expressão)

Pelego (líder sindical “puxa-saco”)

Pode vir quente que estou fervendo (excitada)

Pra frente (moderno)

Quadrado (conservador)

Sebo nas canelas (apresse-se, vamos rápido)

Sifu (deu-se mal)

Tremendão (rapaz bonito)

Ziriguidum (samba no pé, molejo de mulata)