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domingo, 18 de outubro de 2020

14 CURIOSIDADES SORE A VIDA E AS IDEIAS DO FILÓSOFO SÊNECA


Veja a seguir uma lista interessante de curiosidades sobre a vida e a filosofia do filósofo romano Sêneca. Senador, advogado e escritor, Sêneca tornou-se conhecido pela obra com forte influência do estoicismo. Confira.

 

O nome completo do filósofo romano Sêneca era Lucius Annaeus Seneca (em português, Lúcio Aneu Sêneca).

 

Sêneca nasceu na província romana da Hispania no ano 4 e morreu na cidade de Roma em 65 depois de Cristo.

 

Além de filósofo, Sêneca era escritor, advogado e senador. 

 

Sêneca sofria de asma crônica e tinha ideias suicidas com uma certa frequência.

 

Sêneca foi obrigado a sair de Roma em mais de uma ocasião. Numa dela, foi acusado por Messalina, esposa do imperador Cláudio, de adultério com Júlia Livila, sobrinha do imperador. Como consequência, foi exilado na Córsega.

 

Em virtude de um discurso considerado brilhante, provocou inveja ao imperador Calígula, que forçou o seu exílio. Calígula só não o matou porque achou que Sêneca estava velho e logo morreria de causas naturais.

 

A obra de Sêneca é considerada uma das mais expressivas do pensamento estoico. Fundada em Atenas no século III antes de Cristo por Zenão de Cítio, o estoicismo era uma doutrina que pregava a imperturbabilidade frente às paixões, o autocontrole como uma forma de superar os pensamentos e sentimentos negativos, a valorização do ensinamento da ética, a virtude como um caminho para a felicidade e a ideia de que devemos aceitar o que não pode ser mudado.

 

Além de Zenão e Sêneca, os principais filósofos estoicos foram Cleantes de Assos, Crisipo de Sólis, Posidônio, Epicteto e Marco Aurélio.

 

Acusado de planejar o assassinato de Nero, Sêneca foi condenado a cometer suicídio. No ano de 65 depois de Cristo, cortou os pulsos na presença de amigos, no que foi seguido pela esposa, Pompeia Paulina.

 

Sobra a filosofia, Sêneca afirmava que ela “molda e constrói a alma, organiza a vida, orienta nossa conduta, nos mostra o que devemos fazer e o que devemos deixar de fazer... Inúmeras coisas que acontecem a cada hora clamam por conselhos; e tais conselhos devem ser buscado na filosofia”.

 

Sêneca era da opinião de que não devíamos nos atormentar com o passado nem nos preocupar com o futuro, pois “o que já aconteceu não nos afeta e o futuro ainda não nos toca... devemos contar cada dia como uma vida separada”.

 

As diferenciações sociais, além de práticas como a escravidão, eram combatidas pelo filósofo. Para Sêneca, o que realmente pode proporcionar nobreza e valor a uma pessoa é a virtude, uma qualidade que está ao alcance de qualquer um. Ele acreditava que todos os homens eram iguais, sendo a nobreza somente uma construção individual.

 

Sêneca via a raiva como o resultado de um julgamento sobre uma situação (“Eu fui ferido por alguém e é natural que me vingue”). Esse julgamento se torna habitual e tratado como um fato, não um mero juízo criado pela mente. Para ele, uma das melhores coisas que podemos fazer quando estamos com raiva é dar um tempo “para que a paixão inicial engendrada possa diminuir a névoa que envolve a mente e se dissipar”.

 

Ele via os fracassos como inevitáveis e o que importava era lidar de maneira sóbria com eles. O sucesso consistia em manter a paciência diante dos problemas que não estão sob controle e manter o foco naqueles que podemos controlar.

 

Fontes: Wikipédia, EBiografias, UOL Educação, Galielu, Filosofia para a Vida/Jule Evans.

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

15 CURIOSIDADES E CITAÇÕES DO MESTRE ORIENTAL CONFÚCIO


Os ensinamentos de Confúcio influenciaram fortemente a moderna sociedade chinesa. Mas quem foi exatamente Confúcio? Quais são os seus principais ensinamentos? Descubra nas próximas linhas alguns dados curiosos e princípios do “venerável” mestre chinês.

 

Confúcio (552 a 479 antes de Cristo) é a latinização do nome do filósofo e teórico político chinês Kung-Fu Tse.

 

Confúcio nasceu na pequena cidade de Tsou, estado de Lu, atual província chinesa de Shandong.

 

Conta-se que o pai de Confúcio tinha 70 anos quando se casou com sua mãe, uma jovem de apenas 15 anos. Ambos tiveram 11 filhos, sendo Confúcio o caçula.

 

O pai de Confúcio morreu quando o “Venerável Mestre Kung” tinha apenas três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar para ajudar a família.

 

Dizia-se que Confúcio era alto, com barriga proeminente e usava uma longa barba. Vestia-se de modo simples e elegante. Entre os seus passatempos prediletos estavam a pesca e, principalmente, a caça com arco e flecha.

 

Confúcio teve apenas um filho, mas segundo um jornal chinês, os seus descendentes passam atualmente de três milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. Foram descobertos descendentes em Hong Kong, Coreia do Sul, Taiwan, Estados Unidos, Canadá e em vários outros países.

 

Conta-se que aos vinte e poucos anos, Confúcio se encontrou com Lao-Tsé, que foi um tanto ríspido com o discípulo. Foram essas as palavras de Lao-Tsé: “Afaste a sua arrogância, seus desejos excessivos e suas intenções libertinas. Nada disso é de proveito para sua pessoa. É só isso que tenho a lhe dizer e nada mais”.

 

Um dos maiores sonhos de Confúcio era conseguir um cargo público que ajudasse a transformar em realidade a sua doutrina filosófica e política. Sonho que nunca foi concretizado.

 

Confúcio foi o primeiro professor chinês a aceitar alunos plebeus. Ele não fazia nenhuma distinção de classe entre seus alunos.

 

Os Analectos (Lun Yu, “Palavras Coletadas”, no idioma chinês) de Confúcio são tão lidos na China quanto a Bíblia no Ocidente. O interessante é que, assim como Buda, Jesus e outros líderes mundiais, Confúcio nada escreveu. Os Analectos foram compilados por seus discípulos após sua morte.

 

Os Analectos são formados por dezenas de livros que, assim como a Bíblia, foram escritos e reescritos ao longo do tempo. A versão atual é de mais ou menos 200 depois de Cristo.

 

Um lembrete interessante: boa parte, senão a maioria das frases dos famosos pasteizinhos da sorte chineses foram retiradas dos Analectos de Confúcio.

 

Os principais pontos da filosofia de Confúcio são: Li (ritual), De (virtude), Zeng (conduta), Dao (caminho) e Ren (benevolência). O maior de todos os princípios que norteiam a filosofia confucionista talvez seja o Ren – palavra que também pode ser traduzida como “humanismo”.

 

A filosofia de Confúcio leva muitíssimo em conta diversos princípios, entre os quais os listados abaixo:

- Além de serem sábios e virtuosos, os aspirantes ao serviço público devem se preocupar com o bem comum;

- para a sociedade funcionar direito, todos devem cumprir suas responsabilidades com os demais;

- os governantes devem ser relacionar com os súditos como um pai se relaciona com o filho, e os súditos devem ser relacionar com os governantes como um filho se relaciona com o pai;

- os governantes devem saber equilibrar benevolência e lealdade, sabedoria e humidade, refinamento e simplicidade, prudência e generosidade; coragem e respeito;

- o refinamento pessoal exige um equilíbrio entre os desejos próprios e o bem da sociedade;

- toda a sociedade deve ser dedicar a causas comuns como a coesão social e o bem-estar geral.

 

CITAÇÕES DE CONFÚCIO:

 

"Ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia."

 

"Estudar é polir a pedra preciosa; cultivando o espírito, purificamo-lo."

 

"Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina."

 

"A humildade é a única base sólida de todas as virtudes."

 

"O mestre disse: Quem se modera, raramente se perde."

 

"De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos."

 

“Ao examinarmos os erros de um homem, conheceremos o seu caráter.”

 

"Aprender sem pensar é esforço vão; pensar sem nada aprender é nocivo."

 

"Pensar sem aprender torna-nos caprichosos, e aprender sem pensar é um desastre."

 

"O operário que quer fazer o seu trabalho bem deve começar por afiar os seus instrumentos."

 

"Que o governante seja um governante, e o súdito, um súdito. Que o pai seja um pai, e o filho, um filho."

 

"O homem superior atribui a culpa a si próprio; o homem comum aos outros."

 

"Um homem de humanidade é aquele que, querendo se estabelecer, estabelece os outros, e querendo adquirir sabedoria, ajuda os outros a adquirir sabedoria."

terça-feira, 29 de setembro de 2020

8 FATOS E CURIOSIDADES SOBRE O PENSADOR CHINÊS LAO-TSÉ


Veja nos tópicos a seguir algumas rápidas curiosidades sobre Lao-tsé e a doutrina taoísta. Ainda que existam dúvidas sobre a existência do mestre, a sua obra é muito popular na China. Entendê-la significa compreender boa parte do pensamento chinês. Confira.

 

Também conhecido como Lao Tzu ou Lao Zi, o chinês Lao-tsé é conhecido como o fundador do taoísmo.

 

Inúmeras lendas cercam a vida de Lao-tsé. Uma delas conta que ele nasceu com aparência de um velho, daí a origem de seu nome (Lao Zi significa “criança velha”, ou “jovem mestre”). Muitos, no entanto, consideram tal lenda uma metáfora sobre a antiguidade do taoísmo.

 

Outra lenda defende que a mãe de Lao-tsé o concebeu após engolir uma pérola. O mais incrível é que, ainda segundo ela, a sua gestação teria durado 81 anos.

 

Acredita-se que Lao-tsé tenha sido astrólogo da corte ou provavelmente funcionário dos\ arquivo imperial. Existem ainda indícios de que tenham sido contemporâneo de Confúcio.

 

Alguns estudiosos argumentam que a própria figura de Lao-tsé é uma lenda. Além de insistirem que Lao-tsé nunca existiu como indivíduo, eles consideram a sua obra somente um compilado de antigos mestres taoístas. O Tao Te Ching teria sido escrito entre os séculos 4 e 3 antes de Cristo.

 

O taoísmo é uma filosofia de vida e religiosa chinesa, segundo a qual o ser humano deve viver em harmonia com o Tao. Entendido como “caminho”, ou “princípio”, o Tao é um conceito para a grande harmonia cósmica, uma energia divina que liga todas as coisas existentes.

 

Considerado uma obra-prima da literatura chinesa, o livro Tao Te Ching é o mais importante do taoísmo. É também conhecido como Livro do Caminho e da Virtude. Escrito por Lao-tsé, trata-se de uma coletânea de provérbios que sintetiza os ensinamentos e expõe as virtudes que conduzem ao Tao.

 

Consta que Lao-tsé teria escrito o Tao Te Ching a pedido de um guarda de fronteira, que o encontrou quando o mestre deixava a província onde vivia.

 

Fontes: Wikipédia, Brasil Escola, Infoescola, Superinteressante.


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

16 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E AS IDEIAS DO FILÓSOFO FRIEDRICH NIETZSCHE



Percorra as linhas abaixo e descubra as curiosidades sobre o pensador alemão Friedrich Nietzsche e suas principais ideias. Você sabia, por exemplo, que Nietzsche nasceu numa família de pastores protestantes? Sabia também que era grande amigo do compositor Richard Wagner? Confira.

 

Nietzsche foi registrado como Friedrich Wilhelm Nietzsche. Os dois primeiros nomes foram escolhidos em homenagem ao rei da Prússia, Frederico Guilherme.

 

Nietzsche nasceu na cidade alemã de Röcken, região do atual estado da Saxônia-Anhalt, em 1844. Faleceu na cidade-distrito de Weimar, em 1900.

 

Órfão de pai, o futuro filósofo foi criado pela mãe, avó e tias.

 

Foi apelidado na infância de “Pequeno Pastor” devido à profissão de seu pai, tio e avô, que eram pastores protestantes.

 

Com apenas 24 anos, foi nomeado professor de filologia clássica da Universidade da Baviera, tornando-se a pessoa mais jovem a alcançar essa posição. Uma observação: filólogos são estudiosos da literatura clássica grega.

 

Costumava frequentar a casa de campo do compositor Richard Wagner, de quem era muito amigo.

 

Publicado em 1871, seu primeiro livro foi O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música.

 

Entre as obras mais importantes do filósofo estão Assim Falou Zaratustra, Além do Bem e do Mal, A Genealogia da Moral e O Crepúsculo dos Ídolos.

 

Assim Falou Zaratustra foi em parte inspirado no místico persa Zaratustra, também conhecido pelo seu nome grego Zoroastro. Suspeita-se que Zoroastro tenha sido o fundador da primeira religião monoteísta de que se tem notícia: o zoroastrismo, ou masdeísmo.

 

Nietzsche jamais alcançou fama em vida. Tanto é verdade que teve de pagar pela publicação da última parte de Assim Falou Zaratustra.

 

Passou os últimos dias aos cuidados da irmã. Tinha sido vítima de um distúrbio mental, provavelmente provocado pela sífilis (doença um tanto comum no século XIX). Foi também acometido ao longo da vida por frequentes enxaquecas e progressiva deterioração da visão.

 

A paixão não correspondida pela escritora Lou Salomé, bem como as ideias do filósofo, inspiraram o escritor e psicanalista Irvim Yalom a escrever o best-seller Quando Nietzsche Chorou. O sucesso desse livro foi tão grande que acabou sendo adaptado para o teatro.

 

As ideias centrais de Nietzsche são a: 01) a morte de Deus (talvez a mais famosa da obra do autor); 02) o homem deve ser superado; 03) e o mundo real é algo a ser valorizado.

 

Enquanto o cristianismo afirma que tudo neste mundo deve ser superado para que possamos alcançar o mundo perfeito do pós-morte, Nietzsche diz que isso nos afasta da vida. A moral cristã seria, no entender dele, uma forma de negar o mundo tal qual ele se apresenta.

 

No entender de Nietzsche, a religião manipula as pessoas, impondo-lhe resignação e renúncia. Ao tentar transcender o mundo real na busca por um hipotético reino celestial, o homem nega a própria vida. Para ele, esse mundo real é que seria mais importante.

 

Ao nos darmos conta de que existe um único mundo, verificamos como é errado transferir todos os valores para além dele. Temos que reconsiderar nossos valores, além de refletir melhor sobre o que é ser humano. É aí que surge o conceito de super-homem, alguém com força e independência para encarar o mundo e a vida do jeito que eles são.

 

Não devemos apenas aceitar o mundo/a vida, mas dar significado a ele/ela. Somos nós mesmos que damos significado à vida.

 

Imagem acima: Friedrich Nietzsche retratado pelo pintor norueguês Edvard Munch.

 

Fontes: Wikipédia, UOL Educação, Enciclopédia do Estudante Vol. 12 – História da Filosofia, O Livro da Filosofia.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

15 CURIOSIDADES SOBRE O FILÓSOFO FRANCÊS MICHEL DE MONTAIGNE

busto de Michel de Montaigne

 

Michel de Montaigne foi um político, jurista, escritor e filósofo francês. Viveu numa época de intensa agitação social e guerras religiosas. Foi de certa forma o criador dos ensaios pessoais. Mas o que você sabe a respeito de Montaigne? Veja nas próximas linhas algumas curiosidades sobre a sua vida, além de frases de sua autoria.

 

Michel de Montaigne nasceu na região francesa da Nova Aquitânia, em 1533, e faleceu no mesmo local, em 1592.

 

Seu nome completo era Michel Eyquem de Montaigne.

 

Ele nasceu e morreu no Castelo de Montaigne, um castelo de propriedade de sua família, na Nova Aquitânia, que existe até hoje.

 

Montaigne era descendente de judeus portugueses por parte de mãe.

 

Passou uma fatia de sua infância sob os cuidados de um tutor que lhe falava somente em latim. Desse modo, podemos com toda a certeza dizer que a língua materna de Montaigne foi o latim.

 

Casou-se aos 32 anos, em 1565, com Françoise de La Chassagne, uma moça 11 anos mais jovem. Ambos tiveram seis filhos, dos quais apenas um sobreviveu.

 

Era tio de Joana de Lestonnac, fundadora da Ordem de Maria e mais tarde reconhecida pela Igreja Católica como Santa Joana de Lestonnac. A “Ordem” possui presença em quase 30 países atualmente, inclusive no Brasil.

 

Era grande amigo do filósofo Étienne de La Boétie, autor do texto Discurso da Servidão Voluntária, falecido aos 32 anos de idade. Em “Ensaio Sobre a Amizade”, um dos seus mais conhecidos escritos, Montaigne fez questão de homenagear La Boétie.

 

Os dois primeiros volumes dos Ensaios levaram nove anos para ficarem prontos. A obra completa foi lançada em três volumes.

 

Montaigne não era um moralista, não possuía nenhum sistema político e tampouco era um doutrinador. Interessava-se sobretudo pela compreensão do ser humano e, principalmente, de si mesmo. Suas maiores inspirações foram os grandes autores da antiguidade.

 

Michel adorava passar o tempo na biblioteca de uma das torres do castelo onde vivia. Foi nessa biblioteca que conheceu melhor as ideias de Sócrates, Epicuro, Sêneca e outros autores.

 

Alfabetizado em latim, Montaigne leu As Metamorfoses, de Virgílio, com apenas oito anos de idade.

 

Ele gostava bastante de citações e dizeres dos grandes autores clássicos, além de versículos da Bíblia. Costumava pintar citações em ripas de madeira pregadas horizontalmente na base de uma de suas prateleiras.

 

Tinha uma curiosidade imensa sobre os costumes dos povos do recém-descoberto continente americano. Um dos livros que leu com interesse foi Viagem à Terra do Brasil, de Jean de Léry, que o inspirou a escrever uma crítica ao etnocentrismo e preconceito.

 

Citações atribuídas a Montaigne:

 

“Quem teme o sofrimento sofre já aquilo que teme.”

 

“A mais honrosa das ocupações é servir o público e ser útil ao maior número de pessoas.”

 

“O silêncio, tal como a modéstia, ajuda muito numa conversação.”

 

“Saber de cor não é saber: é conservar aquilo que se guarda na memória.”

 

“A velhice faz mais rugas no espírito do que na cara.”

 

“Chorarmos por daqui a cem anos não estarmos vivos é loucura semelhante à de chorarmos por não termos vivido há cem anos”.

 

“Quando me contrariam, despertam-me a atenção, não a cólera: aproximo-me de quem me contradiz e instrui.”

 

“A palavra é metade de quem a pronuncia, metade de quem a ouve.”

 

Fontes: Wikipédia, As Consolações da Filosofia (Alain de Botton), UOL Educação, Citador.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

12 CURIOSIDADES E INFORMAÇÕES SOBRE SÓCRATES E SEU LEGADO CULTURAL

Estátua de Sócrates
 

Apesar de ser considerado o fundador da filosofia ocidental, Sócrates nada escreveu. Quase tudo o que se sabe sobre ele deve-se a seu discípulo Platão. Confira nas linhas a seguir algumas curtas curiosidades sobre a sua pessoa, bem como sobre o seu legado intelectual.

 

Sócrates era filho de um pedreiro e uma parteira. Nasceu na cidade-Estado de Atenas no ano 469 antes de Cristo.

 

Sabe-se pouquíssimo sobre sua vida, Mas é quase certo que tenha seguido a profissão do pai e lutado na Guerra do Peloponeso – conflito entre as cidades de Atenas e Esparta. Casou-se com uma mulher chamada Xantipa, com quem teve três filhos.

 

Sócrates vivia de maneira humilde. Costumava caminhar descalço pelas ruas de Atenas. Suas vestes davam muitas vezes a impressão de que era um mendigo.

 

Sócrates aparece como personagem nos livros do também filósofo Platão, como Apologia de Sócrates, Fédon e O Banquete.

 

Ele defendia o diálogo como método de educação e considerava de suma importância o contato direto com o interlocutor. Era seguido em grande parte pelos jovens, muitos pertencentes às mais ricas famílias de Atenas.

 

Sócrates jamais procurava respostas definitivas durante os debates dos quais participava, queria apenas investigar quais pilares sustentavam nossos conceitos. Para ele, a primeira tarefa da filosofia era compreender aquilo que somos.

 

Em relação à virtude, Sócrates acreditava que era o mais inestimável dos bens, e que nenhum ser humano podia ser realmente mal. Para ele, o mal resultava da falta de sabedoria e conhecimento.

 

O conhecimento do qual Sócrates falava não era propriamente do mundo, mas de si mesmo. Seria sobretudo “autoconhecimento”. A busca por esse saber era o caminho para a perfeição. Ajuda a definir a pessoa que realmente somos, bem como os passos que devemos seguir.

 

Sócrates utilizava com frequência a ironia e a maiêutica. A ironia consistia em levar o interlocutor a mostrar como era ignorante sobre suas próprias premissa, e a maiêutica, a despertar o conhecimento adormecido na mente. Ele não tentava convencer ninguém, mas levar as pessoas a cavar fundo até encontrar o mais precioso tesouro: a verdade.

 

Sócrates foi aos 70 anos de idade acusado de três delitos: não respeitar os deuses, introduzir novos deuses e corromper a juventude. Apesar da votação contra ele não ser numerosa, o veredicto foi pena de morte.

 

De acordo como Platão, o velho filósofo preferiu permanecer em Atenas a fugir, uma vez que as leis da cidade eram mais importantes do que a própria vida.

 

Fontes: Wikipédia, UOL Educação, Mundo Estranho, O Livro da Filosofia (Ed. Globo, Enciclopédia do Estudante Estadão – Filosofia)

terça-feira, 4 de agosto de 2020

18 CURIOSIDADES SOBRE TALES DE MILETO E OUTROS PENSADORES ANTIGOS

Escola de Atenas, Rafael

Além de professor, o grego Tales de Mileto era político e excelente homem de negócios. Acredita-se que tenha viajado por boa parte do Mediterrâneo oriental, inclusive pelo Egito, onde teria aprendido geometria prática. Veja mais curiosidades a seu respeito.

 

Um dos grandes feitos de Tales foi ter previsto um eclipse solar, em maio de 585 antes de Cristo. O problema é que ninguém até hoje sabe como ele teria conseguido isso. Os indícios levam a crer que descobriu um ciclo de 18 anos nos movimentos do Sol e Lua, mais tarde desenvolvido por Hiparco.

 

Tales sugeriu que o mundo era feito inteiramente de água. Anaxímenes acreditava que era feito de ar. Já Aristóteles, por sua vez, afirmava que “a fomentação de todas as coisas é umedecida e até o calor é originado do molhado”. Empédocles foi um pouco além: dizia que o mundo é produto de quatro raízes: fogo, ar, água e terra.

 

Pitágoras liderou uma comunidade onde ensinava matemática e misticismo. Ele dizia que “todas as coisas são numeros” e acreditava firmemente que o universo era regido pelas relações matemáticas.

 

É provável que tanto Tales quanto Pitágoras tenham aprendido os fundamentos da geometria em viagem ao Egito, e este último ficado fascinado com as grandes pirâmides.

 

Eratóstenes foi o primeiro pensador a medir a circunferência da Terra (detalhe: com um erro de apenas 2%), além de introduzir os conceitos de meridiano e paralelo (o equivalente a longitude e latitude) em seus mapas.

 

Uma das lendas que cercam o filosofo Diógenes de Sinope é de que vivia na mais completa miséria e perambulava pelas ruas como indigente. Reza ainda que ele morava num barril e costumava andar com uma lamparina pelas ruas em plena luz do dia à procura de homens verdadeiros – ou seja, pessoas inteiramente virtuosas.

 

Outra lenda à respeito de Diógenes conta que certo dia, Alexandre, o Grande, disse para o velho filósofo: “Pede-me o que quiseres”. Então, ele pediu: “Devolva o meu sol”. O pedido se deu porque Alexandre estava fazendo sombra para o velho.

 

Outro filósofo que provavelmente vivia de maneira humilde era Sócrates. Dizem que costumava caminhar descalço pelas ruas de Atenas e que suas vestes surradas davam a impressão que se tratava de um mendigo.

 

Zenão de Cítio também vivia de maneira simples. Estava sempre bronzeado e, de acordo com relatos que chegaram aos nossos dias, tinha uma aparência bastante desgastada. Costumava ensinar nos pórticos de Atenas – chamados de “stoa”, de onde veio a palavra estoicismo.

 

Platão não é um nome, mas um apelido. O verdadeiro nome do filósofo, dramaturgo e escritor grego que nasceu por volta de 427 antes de Cristo era Arístocles. Em tempo: “platão” significa “amplo”. Acredita-se que tenha sido assim chamado por causa dos seus ombros largos e figura robusta.

 

Aristóteles era um macedônio nascido em uma família de médicos. Foi discípulo de Platão, com quem conviveu durante 20 anos. Em 343 antes de Cristo foi convidado pelo rei Filipe da Macedônia para ser o o educador de seu filho Alexandre, que mais tarde se tornaria O Grande.

 

Uma vez que defendia a tese de que o verdadeiro bem estava no prazer, as ideias de Epicuro foram durante muito tempo combatidas e até proibidas. Elas eram confundidas com o hedonismo. Mas o que Epicuro defendia era um prazer moderado, que não residia no banquete em si, mas na companhia das pessoas que o compartilham. Epicuro salientava o prazer do sábio, compreendido ainda como domínio das emoções e quietude da mente.

 

Demócrito – ou talvez Leucipo, pois a relação ente ambos era bastante estreita – foi o primeiro pensador a formular a existência das partículas minúsculas que todos conhecemos como átomos. Acredita-se também que tenha sido um dos primeiros a propor que o universo era infinito, com muitos mundos como o nosso.

 

Hipácia foi a primeira mulher documentada como sendo matemática. Mas tudo indica que tenha ido muito além. Ela estudou oratória, retórica, filosofia, religião, artes e astronomia. Isso numa época em que o machismo era ainda muito grande.

 

Uma das mortes mais violentas que se tem notícia na antiguidade foi a de Hipácia. Ela foi atacada em plena rua por um grupo de radicais cristãos enfurecidos, levada para uma igreja e torturada até a morte. Enquanto alguns relatos dão conta de que seu corpo teria sido esquartejado e jogado nas ruas, outros dizem que teria sido lançado numa fogueira.

 

Cláudio Ptolomeu foi um dos últimos grandes cientistas da antiguidade. Nascido no Egito e de origem grega, propôs o sistema geocêntrico: a Terra encontra-se no centro do universo e todos os planetas giram em torno dela. Esse sistema só foi de fato questionado mais de mil anos depois, quando o polonês Nicolau Copérnico formulou o heliocentrismo, em que tanto a Terra quanto os demais planetas giravam ao redor do Sol.

 

Pitágoras, Sócrates e outros filosófos da antiguidade não deixaram praticamente nada escrito. De acordo com alguns biógrafos, Epicuro escreveu mais de 300 trabalhos, mas pouquíssimos sobreviveram até os nossos dias. O que sabemos sobre esses filósofos é ainda muito pouco diante do verdadeiro legado deles.

 

Imagem acima: Escola de Atenas, do pintor renascentista Rafael. Entre os pensadores retratados estão Sócrates, Platão (no centro), Aristóteles, Pitágoras e Epicuro. A única mulher presente é Hipácia de Alexandria (vestida de branco, à esquerda).

 

Fontes: Wikipédia, UOL Educação, O Livro da Filosofia, O Livro da Ciência, Mega Curioso.

 

 

quinta-feira, 30 de julho de 2020

16 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E AS EXCENTRICIDADES DE VOLTAIRE

Voltaire

Considerado um dos principais filósofos iluministas, Voltaire foi também um escritor talentoso. As suas sátiras chamaram a atenção da intelectualidade, além dos ricos e poderosos, de sua época. Chegou a fazer amizade com reis e rainhas de boa parte da Europa. Confira nas próximas linhas uma lista de curiosidades sobre a vida, a obra e as excentricidades de Voltaire.

 

Voltaire é o pseudônimo do escritor e filósofo francês François-Marie Arouet.

 

François-Marie Arouet nasceu em Paris em 1694, e morreu na mesma cidade em 1778.

 

Aos 23 anos, foi preso na Bastilha em virtude de uma sátira em versos ao duque Philipe D´Orleans, que na época comandava o governo francês em nome de Luís XV. Poucos anos depois, voltou a ser preso por ofensas ao príncipe Rohan Chabot.

 

Voltaire saiu da prisão um mês depois das ofensas a Chabot, mas foi direto para o exílio na Inglaterra. Nos dois anos que passou lá, aprendeu inglês, descobriu a obra de Shakespeare, interessou-se por pesquisa científica e aprendeu bastante sobre a tolerância religiosa na sociedade britânica. Detalhe: além de membros da realeza, conheceu intelectuais como Alexander Pope e Jonathan Swift.

 

Manteve amizade com Frederico II da Prússia, com quem acabaria se desentendendo por suas críticas às poesias do rei.

 

Enquanto estava na França como embaixador de seu país, o norte-americano Benjamin Franklin fez questão de conhecer Voltaire. Dizem que ambos se deram tão bem que Franklin teria convidado Voltaire a ingressar na maçonaria.

 

Colaborou na elaboração da Enciclopédia juntamente com D’Alembert, Montesquieu, Rousseau e Diderot, entre outros. Quando pronta, a Enciclopédia tinha 36 volumes.

 

Conta-se que amava café, chegando a beber até 40 xícaras num único dia. Dizem ainda que pagava taxas altíssimas para importar grãos de café selecionados só para poder degustá-los.

 

Voltaire era também craque em finanças, além de apostador inveterado. Chegou a ganhar diversas vezes na loteria aproveitando falhas nas regras da primeira loteria instituída na França.

 

Apesar de criticar ferrenhamente a Igreja Católica e tratar a superstição com um certo sarcasmo, Voltaire não era ateu. Acreditava em Deus, achando inclusive que a sua existência podia ser rigorosamente demonstrada. É dele a frase que diz “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”.

 

Voltaire não só “desceu a lenha” na igreja católica como dirigiu as suas críticas para outros grupos religiosos, entre os quais muçulmanos e judeus. Estes últimos foram por ele descritos como “um povo ignorante e bárbaro”.

 

Voltaire escreveu artigos, poemas, peças de teatro, livros e muitas, muitas, muitas cartas. Acredite se quiser, mas foram cerca de 20 mil cartas (deve ser por isso que bebia tanto café: para se manter alerta o dia todo).

 

Quando estava à beira da morte, foi visitado por diversos padres católico que, além de ouvir uma confissão, esperavam sua reconciliação com a Igreja Católica. Mas Voltaire foi fiel a seus princípios até o final, recusando a retratar-se.

 

Voltaire deixou dezenas de obras, sendo as mais famosas Tratado Sobre a Tolerância, Cândido ou O Otimismo, A Princesa da Babilônia e Cartas Filosóficas.

 

Voltaire está sepultado no Panteão de Paris, onde também repousam os corpos de alguns dos maiores nomes da história da França: René Descartes, Victor Hugo, Émile Zola, Denis Diderot, Marie Curie, Louis Braille e André Malraux.

 

A frase “Eu desaprovo o que diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la” nunca foi dita por Voltaire. Elas foram incluídas numa biografia recente do filósofo, escrita por Evelyn Beatrice Hall.

 

Fontes: Wikipédia, Guia do Estudante, Mega Curioso.