Considerado um dos principais filósofos iluministas, Voltaire foi também um escritor talentoso. As suas sátiras chamaram a atenção da intelectualidade, além dos ricos e poderosos, de sua época. Chegou a fazer amizade com reis e rainhas de boa parte da Europa. Confira nas próximas linhas uma lista de curiosidades sobre a vida, a obra e as excentricidades de Voltaire.
Voltaire é o pseudônimo do escritor e filósofo francês François-Marie Arouet.
François-Marie Arouet nasceu em Paris em 1694, e morreu na mesma cidade em 1778.
Aos 23 anos, foi preso na Bastilha em virtude de uma sátira em versos ao duque Philipe D´Orleans, que na época comandava o governo francês em nome de Luís XV. Poucos anos depois, voltou a ser preso por ofensas ao príncipe Rohan Chabot.
Voltaire saiu da prisão um mês depois das ofensas a Chabot, mas foi direto para o exílio na Inglaterra. Nos dois anos que passou lá, aprendeu inglês, descobriu a obra de Shakespeare, interessou-se por pesquisa científica e aprendeu bastante sobre a tolerância religiosa na sociedade britânica. Detalhe: além de membros da realeza, conheceu intelectuais como Alexander Pope e Jonathan Swift.
Manteve amizade com Frederico II da Prússia, com quem acabaria se desentendendo por suas críticas às poesias do rei.
Enquanto estava na França como embaixador de seu país, o norte-americano Benjamin Franklin fez questão de conhecer Voltaire. Dizem que ambos se deram tão bem que Franklin teria convidado Voltaire a ingressar na maçonaria.
Colaborou na elaboração da Enciclopédia juntamente com D’Alembert, Montesquieu, Rousseau e Diderot, entre outros. Quando pronta, a Enciclopédia tinha 36 volumes.
Conta-se que amava café, chegando a beber até 40 xícaras num único dia. Dizem ainda que pagava taxas altíssimas para importar grãos de café selecionados só para poder degustá-los.
Voltaire era também craque em finanças, além de apostador inveterado. Chegou a ganhar diversas vezes na loteria aproveitando falhas nas regras da primeira loteria instituída na França.
Apesar de criticar ferrenhamente a Igreja Católica e tratar a superstição com um certo sarcasmo, Voltaire não era ateu. Acreditava em Deus, achando inclusive que a sua existência podia ser rigorosamente demonstrada. É dele a frase que diz “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”.
Voltaire não só “desceu a lenha” na igreja católica como dirigiu as suas críticas para outros grupos religiosos, entre os quais muçulmanos e judeus. Estes últimos foram por ele descritos como “um povo ignorante e bárbaro”.
Voltaire escreveu artigos, poemas, peças de teatro, livros e muitas, muitas, muitas cartas. Acredite se quiser, mas foram cerca de 20 mil cartas (deve ser por isso que bebia tanto café: para se manter alerta o dia todo).
Quando estava à beira da morte, foi visitado por diversos padres católico que, além de ouvir uma confissão, esperavam sua reconciliação com a Igreja Católica. Mas Voltaire foi fiel a seus princípios até o final, recusando a retratar-se.
Voltaire deixou dezenas de obras, sendo as mais famosas Tratado Sobre a Tolerância, Cândido ou O Otimismo, A Princesa da Babilônia e Cartas Filosóficas.
Voltaire está sepultado no Panteão de Paris, onde também repousam os corpos de alguns dos maiores nomes da história da França: René Descartes, Victor Hugo, Émile Zola, Denis Diderot, Marie Curie, Louis Braille e André Malraux.
A frase “Eu desaprovo o que diz, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la” nunca foi dita por Voltaire. Elas foram incluídas numa biografia recente do filósofo, escrita por Evelyn Beatrice Hall.
Fontes: Wikipédia, Guia do Estudante, Mega Curioso.
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