sexta-feira, 24 de julho de 2020

21 CURIOSIDADES SOBRE DANTE ALIGHIERI E SUA OBRA A DIVIDA COMÉDIA

Imagem do inferno de Dante

Dante Alighieri foi um poeta e escritor nascido onde hoje é a Itália. Tornou-se mundialmente famoso pela obra A Divina Comédia, lançada de início como A Comédia. Dante é reconhecido como o pai da língua italiana. Descubra nas próximas linhas algumas curiosidades sobre a sua vida, sua obra e sua maior inspiração: Beatriz.

 

O poeta e escritor italiano Dante Alighieri nasceu na cidade de Florença provavelmente entre 20 de maio e 20 de junho de 1265. Uma observação: Florença, assim como toda a península itálica, era nessa época um Estado independente.

 

Um dos fatos mais marcantes da vida de Dante ocorreu por acaso, quando ele tinha apenas nove anos: o encontro com Beatriz, sua eterna musa, nas ruas de Florença. Mas, como era comum na época, o jovem Dante já estava prometido por seu pai a uma outra mulher.

 

Ninguém sabe quem era Beatriz. Supõe-se que tenha sido Beatriz Portinari, jovem que se casou com um aristocrata florentino.

 

Apesar de ainda ser uma criança para os padrões atuais, Dante casou-se aos 14 anos de idade com a jovem Gemma Donatti, com quem teria três filhos.

 

Ao saber da morte de Beatriz, Dante escreveu vários poemas angustiados em sua obra Vida Nova. E no último capítulo, deixa a seguinte promessa: não escrever mais nada sobre Beatriz, a menos que seja sobre algo que nunca foi dito sobre uma mulher. Foi assim que A Divina Comédia começou a surgir.

 

Dante é considerado o fundador da moderna língua italiana. Tal reconhecimento se deve ao fato de que ao rejeitar o latim – a língua erudita da época – e escrever em italiano vulgar, deu o pontapé inicial para a difusão da língua.

 

A Divina Comédia não tem nada de engraçado. Ela recebeu esse nome porque na época em que foi escrita, considerava-se as histórias com finais felizes como comédia e as com finais tristes, como tragédias.

 

O título original da obra era A Comédia. O “Divina” foi acrescentada cerca de 200 anos depois da primeira edição.

 

A Divina Comédia é dividida em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.

 

Em sua descrição do inferno, Dante coloca o diabo na camada mais profunda do lugar. Entre os seus habitantes estão centauros, minotauros e até o cão de três cabeças conhecido na mitologia como Cérbero. O inferno também seria a morada de grandes traidores, como Brutus e Judas. Aos que lá chegam, Dante descreve um portão onde está escrito “abandone toda a esperança aquele que por aqui entrar”

 

O adjetivo “dantesco” serve para descrever um lugar tenebroso e com sofrimentos horríveis.

 

O número três é de suma importância para a Divina Comédia. Parece que tudo gira em torno deles: três partes (Inferno, Purgatório e Paraíso), divididas em tercetos e assim por diante.

 

Durante a passagem pelo Inferno e Purgatório, Dante é guiado pelo poeta romano Virgílio. Tido como um dos maiores expoentes da literatura latina, Virgílio é autor da obra Eneida, onde narra a história de Enéas, refugiado de Tróia.

 

Ao longo do tempo, A Divina Comédia foi ilustrada por Michelangelo, Gustave Doré, William Blake, Sandro Botticelli e Salvador Dali.

 

A famosa escultura O Pensador, do francês Auguste Rodin, foi originalmente batizada de Dante Pensando nas Portas do Inferno. Por sinal, Rodin fez uma escultura chamada justamente de As Portas do Inferno.

 

Também inspirada no poeta italiano, a banda de thrash metal brasileira Sepultura gravou um álbum chamado Dante XXI, lançado em 2006.

 

Outro grupo de rock que se inspirou em Dante foi a norte-americana Iced Earth. Lançado em 1995, seu terceiro álbum, Burnt Offerings possui uma faixa de 16 minutos intitulada Dante’s Inferno. Feita a partir de uma ilustração de Gustave Doré, a capa mostra o diabo em um dos círculos do inferno.

 

Acusado de improbidade administrativa, foi condenado a pagar uma multa de cinco mil florins e proibido de exercer cargos públicos. Como se não fosse o bastante, teria que viver confinado por dois anos. E uma vez que  não pagou a multa e tampouco se justificou, recebeu a pena maior: a morte. Foi assim que começou o exílio de Dante em cidades como Siena, Verona, Bolonha e Ravena.

 

Dante passou os últimos anos de sua vida no exílio em Ravena, onde concluiu A Divina Comédia. Seu gênio passou a ser reconhecido somente um século depois da sua morte e sua consagração como o maior poeta da Itália no século XIX.

 

O túmulo do poeta encontra-se na Basílica de São Francisco na cidade de Ravena. Arrependida por obrigá-lo ao exílio, Florença possui apenas um túmulo simbólico.

 

Um dos museus mais visitados de Florença é o Casa de Dante, uma construção onde os visitantes podem conhecer vestimentas, objetos e réplicas de edifícios da época do poeta. As referências sobre a obra A Divina Comédia estão praticamente em todos os lugares.

 

Imagem acima: ilustração de Gustave Doré com efígie de Dante no detalhe.

 

Fontes: Wikipédia, Guia do Estudante, Brasil Escola, BBC Brasil.

 

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