Formada por diversas cidades-estados, entre as quais Tiro e Biblos, a Fenícia é com frequência citada nos livros didáticos de História. Mas o que você sabe a respeito dessa importante civilização? Veja a seguir algumas informações interessantes e curiosidades sobre a Fenícia.
O termo "fenício" vem do antigo grego e significa "púrpura". Não por acaso, um dos produtos de exportação dos fenícios era a púrpura de Tiro, um corante muito utilizado na antiguidade. De coloração avermelhada e intensa, ela era extraída de conchas marinhas.
A Fenícia ficava ao longo dos litorais do Líbano, Síria e parte de Israel (mais propriamente entre o mar Mediterrâneo e as montanhas libanesas).
A Fenícia não formava uma unidade política unificada, assim como a Grécia antiga. Estava organizada em cidades-Estados independentes, com governos próprios. As mais importantes foram Tiro, Sídon e Biblos.
O sistema político variava de cidade para cidade. Enquanto algumas possuíam regimes monárquicos, outras eram controladas pela classe dos comerciantes.
Os fenícios viviam numa região entre o mar e as montanhas. As condições do solo não eram ideais para o desenvolvimento da pecuária e da agricultura. Não foi sem motivos que desenvolveram o comércio marítimo.
As florestas de cedros-do-Líbano favoreciam a construção de navios, bem como o comércio de madeira. Os fenícios exportavam madeira para a Grécia, Egito, Palestina e outras regiões do Mediterrâneo.
Presente no centro da bandeira do Líbano, o cedro é a árvore símbolo desse país.
Além de corantes e madeira, os fenícios comercializavam azeite, vinho, móveis, joias, ferramentas, peles, tecidos, minérios e até escravos. Cruzaram praticamente todo o Mediterrâneo, além de partes do Atlântico com seus navios de carga (dizem que chegaram até o litoral da atual Inglaterra).
Os fenícios transportavam vinho da Grécia para o Egito, papiro do Egito para a Grécia e madeira para ambos.
Mais de 300 cidades, a maioria com menos de mil habitantes, foram fundadas pelos fenícios no norte da África e sul da Europa. Uma dessas cidades cresceu de tal forma que ameaçou até o poderio do antigo Império Romano.
Localizada em território da atual Tunísia, a cidade de Cartago chegou a disputar com os romanos o controle sobre o mar Mediterrâneo. Cartago e Roma protagonizaram uma série de três conflitos conhecida pelos historiados como Guerras Púnicas. Com a vitória de Roma, a cidade rival foi praticamente destruída.
A Fenícia sofreu um longo processo de decadência, principalmente diante do fortalecimento de algumas civilizações vizinhas como os assírios e os persas. A decadência total sobreveio com a invasão macedônica, comandada por Alexandre, o Grande.
Os fenícios eram politeístas e adoravam um enorme panteão de divindades, a maioria de culturas vizinhas. Entre os deuses por eles cultuados estavam Baal, Yam, Mot e Melcarte. Sacrifícios rituais, inclusive de crianças, eram bastante comuns.
Os fenícios criaram um alfabeto formado por 22 letras, adotado por diversos povos do Mediterrâneo. Ele deu origem ao alfabeto romano, o ancestral da forma de escrita que utilizamos hoje em dia.
Existe uma teoria da conspiração sobre os fenícios muito difundida no Brasil. Segundo ela, os fenícios teriam atravessado o oceano Atlântico e aportado na atual baía da Guanabara. Inscrições misteriosas encontradas na Pedra da Gávea atestariam, segundo essa teoria, a presença desses navegantes em território brasileiro.
Fontes: Wikipédia, História Geral - Marlene & Silva, Aventuras na História, UOL.
Gostei! Me ajudou bastante!
ResponderExcluirLegal
ResponderExcluirEnriquecedor. Muito bom, contudo senti falta de comentários sobre a presença dos fenícios no interior do Ceará (Quixadá e cercanias), uma vez que o arqueólogo e paleontólogo Mario Baratta comprovou com evidência irrefutáveis de escritos fenícios nos monólitos da região
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