Getúlio Vargas assumiu a presidência da República após a Revolução de 1930, permanecendo até 1945. Voltou ao cargo no começo dos anos 50, mas cometeu suicídio poucos anos depois. Descubra alguns fatos e curiosidades que chamam a atenção na sua extensa biografia.
Getúlio Dornelles Vargas nasceu na cidade de São Borja, na região oeste do estado do Rio Grande do Sul. Detalhe: São Borja é a cidade do também ex-presidente João Goulart.
Como boa parte das famílias portuguesas que colonizaram o Rio Grande do Sul, a família Vargas é origem açoriana.
Getúlio prestou o serviço militar, servindo em diversas cidade. A patente mais alta que alcançou foi a de sargento.
Ele era formado em direito. Bacharelou-se em 1907 e trabalhou primeiramente como promotor público em Porto Alegre.
Era simpatizante de uma corrente ideológica chamada castilhismo, criada pelo também gaúcho Júlio de Castilhos. O castilhismo pregava a pureza moral dos líderes políticos, o interesse do indivíduo no bem-estar da coletividade e a criação de um Estado forte. Os castilhistas acreditavam na indústria como trampolim da modernização política do Brasil.
Getúlio tinha apenas 1,60 metros e fazia questão de ser fotografado de modo que parecesse mais alto.
Era um incorrigível apreciador de charutos, chegando a fumar oito por dia.
Não era ambidestro, mas costumava fazer muitas coisas com a mão esquerda (erguer copos, segurar chicotes etc).
Getúlio não era uma pessoa muito religiosa. Pelo contrário. Considerava o cristianismo “contra a natureza humana”, e afirmava ser ele “inimigo da civilização”.
Mesmo depois de casado, Getúlio costumava frequentar uma casa de diversões masculinas de Porto Alegre chamada Clube dos Caçadores – ou Centro dos Caçadores. Além de cassino, o clube oferecia mulheres de diversas nacionalidades para o “entretenimento” dos frequentadores.
Participou da cerimônia de coroação da rainha Elizabeth II, que recebeu de presente um colar e um par de brincos de brilhantes.
O governo de Getúlio entregou a militante política judia Olga Benário ao regime nazista. Foi também responsável pela perseguição de diversos intelectuais, entre eles Monteiro Lobato e Graciliano Ramos.
Getúlio Vargas exerceu a presidência da República em dois períodos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
O revólver usado por Getúlio para se suicidar foi um Colt calibre 32. A arma continua em poder da família, passando de geração em geração.
As últimas palavras de Getúlio foram, em carta suicída: “…e saio da vida para entrar na história”.
A morte súbita de Getúlio provocou grande comoção nacional. O velório foi realizado no Rio de Janeiro, então capital federal, e o enterro, em São Borja. A população formou uma longa fila para se despedir do presidente. Houve choro, convulsões, desmaios e tumultos. Calcula-se em mais de 100 mil o número de pessoas que acompanhou o velório.
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