sábado, 25 de julho de 2020

15 FATOS SURPREENDENTES E CURIOSOS SOBRE LAMPIÃO E MARIA BONITA

Lampião e Maria Bonita

Descubra alguns fatos surpreendentes e curiosidades sobre Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e sua companheira, Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita. Você sabia, por exemplo, que ele possuía uma grande rede de informantes no sertão? Veja nos tópicos a seguir.

 

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião nasceu na localidade de Vila Bela (atual Serra Talhada, estado de Pernambuco), em 1898. Era filho do fazendeiro José Ferreira da Silva e sua esposa, Maria Lopes.

 

Abandonou os estudo aos 12 anos para ser vaqueiro. Tornou-se conhecido por ser "amansador de cavalos e burros bravios" e pela familiaridade com os caminhos da região.

 

Disputas de terras entre José Ferreira da Silva e seu vizinho José Saturnino terminaram algumas vezes em tiroteios. Foi quando um coronel local agiu em defesa de Saturnino, revoltando Virgulino e mais dois irmãos, que decidiram ingressar no cangaço.

 

Durante os 20 anos seguintes, Virgulino passou a percorrer o sertão nordestino como cangaceiro. Ele e seus companheiros usavam trajes de couro – incluindo um casaco grosso – como proteção contra os arbustos espinhentos típicos da caatinga. Todos os pertences eram carregados no corpo.

 

Como não existia contrabando na época, a maioria das armas utilizadas pelos cangaceiros era adquirida através de roubos. A mais usada era o rifle Winchester, de fabricação norte-americana.

 

Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930. Era natural do atual município baiano de Paulo Afonso, onde vivia na chácara dos pais. Teve um casamento fracassado com um sapateiro chamado Zé Nenê antes de se unir a Lampião. Foi a primeira mulher na história a se juntar a um grupo de cangaceiros.

 

Virgulino recebeu o apelido de Lampião provavelmente em virtude da habilidade de atirar rápido. Essa capacidade fazia com que os tiros iluminassem a noite, lembrando em muito um lampião. Os integrantes do seu bando costumavam se referir a ele apenas como Capitão.

 

Os fazendeiros e pequenos proprietários que davam refúgio ao bando de Lampião eram chamados de coiteiros. Por sua vez, os policiais que perseguiam os cangaceiros eram conhecidos como macacos.

 

Um dos trunfos de Lampião era a sua imensa rede de coiteiros. O bando chegou a ter cerca de 100 cangaceiros, cujos domínios se espalharam pelos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Certa vez, talvez em tom de zombaria, Lampião escreveu uma carta ao então governador de Pernambuco propondo a divisão do estado em dois.

 

Os cangaceiros não costumavam atacar grandes cidades. A primeira vez foi em 1927, quando resolveram invadir a norte-riograndense Mossoró. Antes, Lampião exigiu a quantia de 400 contos de réis para que o ataque não acontecesse. Foi no entanto, rechaçado por um grupo com 300 homens armados. Com alguns companheiros mortos e feridos, Lampião acabou se retirando. Dizem que foi assim que todos viram que o grupo não era invencível. Até hoje Mossoró fala com orgulho do dia em que rechaçou Lampião.

 

Lampião teve um encontro com Padre Cícero, de quem era devoto, em 1926, que solicitou ajuda no combate à Coluna Prestes (um movimento político-militar de influência socialista que percorria o interior do Brasil na época).

 

Lampião e seu bando foram emboscado em 28 de julho de 1938, num local conhecido como Grota de Angico, no estado de Sergipe. A tropa responsável partiu da cidade vizinha de Piranhas, já no estado de Alagoas. Eram 45 homens e diversos tipos de armamentos, inclusive três metralhadoras.

 

O bando foi surpreendido nas primeiras horas da manhã, quando começava a se levantar. Foram mais de 20 minutos de tiroteio, que resultaram na morte de 11 cangaceiros. Os sobreviventes foram todos presos. Os mortos, incluindo Lampião e Maria Bonita, foram decapitados e as cabeças exibidas em público como prova de que o grupo finalmente tinha sido eliminado.

 

Cultivou-se durante muito tempo uma imagem idealizada do grupo de Lampião, que foi levada por terra graças a uma série de biografias lançada recentemente. Sabe-se agora que o grupo era extremamente cruel com suas vítimas. Ele desfigurava o rosto de mulheres com ferro de marcar gado, matava traidores com uma faca de 70 centímetros enterrada na altura da clavícula, desenhava feridas profundas em forma de cruz no rosto de homens, realizavam diversos tipos de mutilações...

 

Outra imagem levada por terra é a do Lampião Robin-Hood, que roubava dos ricos para dar aos mais pobres. Pesquisas realizadas por sociólogos, historiadores e outros estudiosos revelaram um cangaceiro aliado dos grandes proprietários de terra, um homem que matava por encomenda, fazia reféns em troca de dinheiro e exigiam resgates para não invadirem cidades.

 

Fontes: Wikipédia, Guia do Estudante, Aventuras na História, Enciclopédia Brasileira, Sua Pesquisa.

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário