Você sabia que Euclides da Cunha trabalhou com o Barão do Rio Branco? Sabia que ele planejava escrever um livro sobre a Amazônia, que jamais foi concluído? Veja a seguir curiosidades sobre a vida, a morte e a obra desse importante escritor, autor do clássico Os Sertões.
O nome completo do militar, engenheiro, jornalista e escritor brasileiro Euclides da Cunha era Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha.
Euclides da Cunha nasceu na cidade de Cantagalo em 1866, no centro-norte do estado do Rio de Janeiro. Como era órfão, passou a infância entre a casa da irmã mais velha e das tias Rosinda e Laura.
Como mudava de cidade com frequência, estudou em várias escolas, entre elas o Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant, que o influenciou com os ideais republicanos.
Em 1886, entrou na Escola Militar da Praia Vermelha, de onde foi expulso dois anos depois por desacatar o Ministro da Guerra. Com a Proclamação da República, retorna ao serviço militar, sendo promovido a tenente.
Começou a escrever com frequência para jornais como A Gazeta de Notícias e A Província de São Paulo (atual O Estado de São Paulo) antes de desligar do serviço militar.
Colaborou com o jornal A Província de São Paulo usando pseudônimos como A. C., José Ávila e Proudhon.
Em virtude de dois artigos sobre a Guerra de Canudos publicado em A Província de São Paulo, recebeu o convite para ser correspondente no local. Permaneceu no sertão durante dois meses, onde realizou trabalhos de pesquisa e escreveu reportagens que serviram de embriões para o livro Os Sertões.
Publicado pela Livraria Laemmert, do Rio de Janeiro, a primeira edição de Os Sertões continha diversos erros tipográficos, que Euclides fez questão de corrigir com canivete e bico-de-pena. Detalhe: ele corrigiu exemplar por exemplar do livro.
A primeira tiragem de 2 mil exemplares de Os Sertões continha 633 páginas.
Além de membro do Instituto Histórico e Geográfico, Euclides foi escolhido para ocupar a cadeira nº 7, cujo patrono era Castro Alves, da Academia Brasileira de Letras.
Os Sertões foi escrito durante uma passagem por São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, onde participou da construção de uma ponte. Nesse período, Euclides morou numa cabana de zinco que ainda existe, transformada em atração para os turistas.
Euclides trabalhou no gabinete de José Maria da Silva Paranhos Jr., o Barão do Rio Branco, diplomata e importante figura na demarcação das fronteiras do Brasil.
Euclides morreu assassinado por um jovem tenente chamado Dilermando, que se tornara amante de sua esposa, durante uma troca de tiros. O drama que levou à morte do escritor foi retratado na minissérie para a televisão Desejo.
Euclides da Cunha Filho, tentou vingar a morte do pai. Ele, no entanto, também foi morto numa troca de tiros com Dilermando.
Em 1905, Euclides viajou para a Amazônia com a intenção de escrever um livro sobre a região. Passou meses na floresta pesquisando a geografia e a população local, mas voltou para o Rio de Janeiro com malária. Em virtude do assassinato do escritor, o livro O Paraíso Perdido jamais chegou a ser concluído.
Em 1941, o Exército brasileiro tentou publicar uma obra sobre Canudos que superasse Os Sertões, mas ela nunca foi publicada.
Euclides da Cunha foi homenageado com nomes de ruas, praças e distrito na pequena cidade de Cantagalo. O distrito recebeu o nome de Euclidelândia. Aliás...
Você sabia que parte da região da região de Canudos, no interior da Bahia, recebeu o nome de Euclides da Cunha?
Fontes: Wikipédia, Brasil Escola, Nosso Século, O Estado de S. Paulo.
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