O rio Tietê é um dos mais poluídos do país, principalmente nos trechos que atravessam as grandes cidades. Mas você sabia que, quando desagua no rio Paraguai, é um rio limpo e totalmente navegável? Percorra as linhas abaixo e descubra algumas curiosidades surpreendentes sobre a seu respeito.
O rio Tietê nasce na cidade de Salesópolis, na Serra do Mar, e corta todo o estado de São Paulo. Ao contrário de outros rios brasileiros (Amazonas, São Francisco, Doce e outros), ele corre para o interior.
As suas nascentes ficam a 1.027 metros acima do nível, no mar no Parque Nascentes do Rio Tietê, uma área de Mata Atlântica próxima à cidade de São Paulo. Elas brotam em três diferentes pontos e seguem o mesmo caminho, por onde recebem água de outros córregos e se unem num único rio.
Acredite se quiser, mas o Tietê possui água límpida e cristalina nos primeiros quilômetros. A poluição começa na cidade de Birita-Mirim, onde recebe agrotóxicos e fertilizantes vindos das plantações nas suas margens.
O rio começa a morrer no município de Mogi das Cruzes, onde recebe cerca de 60 toneladas de esgoto por dia. São dejetos sem nenhum tipo de tratamento, que também tornam as suas águas mais escuras.
A morte (não definitiva, como veremos a seguir) ocorre em Guarulhos, quando dali em diante as águas já turvas recebem outras 680 toneladas diárias de esgoto. Com exceção de algumas bactérias, nenhum peixe ou planta consegue sobreviver nesse trecho.
O Tietê que chega na cidade de São Paulo é um rio morto, de águas escuras e fluxo quase parado. A ele juntam-se as águas de afluentes totalmente poluídos, como o Aricanduva e o Tamanduateí. Esse último recebe dejetos domésticos e industriais de municípios do ABC e de bairros paulistanos como Vila Prudente, Mooca e Ipiranga.
O rio Pinheiros nasce do encontro do rio Grande com o Guarapiranga, desaguando no Tietê. Atravessa praticamente toda a Zona Oeste de São Paulo, além de partes da Zona Sul. É ladeado por uma das principais vias da cidade, a marginal Pinheiros.
O Tietê e o Pinheiros se encontram nas imediações do bairro do Jaguaré e divisa com a cidade de Osasco. Seguem como um único rio por Pirapora do Bom Jesus, onde as águas são agitadas por cachoeiras e formam imensas colunas de espuma. O responsável pela espuma é a quantidade de detergente. Por vezes, essa espuma chega a invadir Pirapora do Bom Jesus. Curiosamente, é lá que ele começa a ficar mais limpo.
Ainda com alguns resquícios de poluição, ele chega em Conchas, onde encontra a água limpa de rios como o Capivari e o Sorocaba. É a partir daí que o Tietê começa realmente a ressuscitar. Surgem algas, peixes e diversos micro-organismos.
É na cidade de Barra Bonita que o Tietê volta à vida e se torna um rio de águas mais transparentes. Como não são totalmente indicadas para consumo doméstico, elas precisam ser tratadas antes de serem levadas para as residências.
O Tietê deságua no rio Paraná, na localidade de Itapura. Até chegar lá, ele recebe a água de 149 rios e córregos e passou por 62 cidades.
Foram construídas mais de uma dezena de barragens em seu percurso, sendo a maior delas a de Três Irmãos, na cidade de Pereira Barreto.
É difícil de acreditar, mas 1/3 da sujeira do Tietê é gerada pelo lixo que as as pessoas jogam nas ruas.
Um projeto de despoluição do Tietê retirou nada menos que 15 mil pneus entre 2011 e 2012 no trecho da cidade de São Paulo.
Competições de remo eram muito comuns durante as décadas de 1930 e 1940 no trecho em que ele corre pela cidade de São Paulo. Clube de regatas e natação foram construídos nas suas margens, como o Clube Espéria e o Clube de Regatas Tietê.
Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Planeta Sustentável, O Estado de S. Paulo.
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