O que levou os dinossauros à extinção? O que ocorreu com o planeta no momento em que o grande suspeito – um asteroide ou cometa – caiu? E teria sido essa a maior extinção da história? Veja nas linhas a seguir as respostas para essas e outras perguntas sobre a catástrofe que dizimou os dinossauros.
Os cientistas suspeitam que a forte atividade vulcânica da época tinha dizimado várias espécies de dinossauros antes que o principal suspeito – o asteroide que se chocou com a Terra – desse as caras. Ou seja, os dinos restantes estava bastante vulneráveis no momento em que a catástrofe aconteceu.
O asteroide tinha mais ou menos 15 quilômetros de diâmetro e caiu onde hoje é a península de Yucatán, no sul do México. Entrou na atmosfera a uma velocidade que ia de 64 a 72 mil quilômetros por hora. O atrito o transformou em uma gigantesca bola de fogo.
Como a maioria dos asteroides, o responsável pelo golpe fatal nos dinossauros era composto de gelo na forma de permafrost e rocha. Provavelmente continha hidrogênio e oxigênio em seu interior.
No momento da colisão, abriu-se uma cratera de 180 quilômetros, área equivalente à distância entre as cidade de São Paulo e Piracicaba. Ela criou uma energia equivalente a 1 bilhão de bombas atômicas como a que arrasou a cidade de Hiroshima.
O brilho do impacto foi imenso, provocando cegueira instantânea em animais que estavam a centenas de quilômetros de seu ponto.
A onda de calor foi tão forte que, se fosse hoje, podia ser sentida na cidade do Rio de Janeiro. Ela gerou incêndios em escala impressionante, principalmente nas regiões que atualmente chamamos de América do Norte e Central.
Tanto a massa do terreno quanto a do asteroide foi vaporizada com o choque e o calor. Ejetada para o alto, ela se solidificou e caiu em forma de rochas esféricas incandescentes. Formou-se uma espessa camada de nuvens que cobriu todo o planeta. Detalhe: a luz do Sol permaneceu bloqueada durante anos.
A violência do impacto chacoalhou as placas tectônicas, provocando terremotos destruidores em várias partes do planeta. Os terremotos chegaram a 11,1 graus na escala Richter.
As nuvens impediram a passagem da luz solar, afetando todos os seres que faziam fotossíntese. As plantas que não foram queimadas nos incêndios, morreram pela falta do Sol. Chuvas ácidas afetaram os fitoplânctons, prejudicando a vida marinha.
A onda de choque disseminou poeira, calor e ventos destruidores. Uma nuvem piroclástica espalhou-se pelo planeta, chegando a prejudicar seriamente a vida onde hoje é a China e a Mongólia. E ainda não acabou...
As regiões costeiras foram atingidas por uma mega-tsunami de 90 metros de altura, capaz de varrer ilhas do mapa. Os dinossauros sobreviventes tiveram poucas chances.
A tragédia provocou a extinção de quase todos os dinossauros não avianos – principalmente os maiores –, deixando o mundo livre para os sobreviventes. Entre as espécies que saíram incólumes estão os antepassados dos mamíferos.
Os sobreviventes eram em sua totalidade criaturas pequenas, entre elas algumas espécies de dinossauros avianos (os dinos com penugem). Foram esses dinossauros que, após seguidas eras de evolução, deram origem às aves.
Acredite se quiser, mas essa não foi a maior extinção em massa da história do planeta. Apesar de ter dizimado 75% das espécies, ela não chega perto da grande extinção do Permiano-Triássico, que botou um fim em 95% das espécies existentes. Esse "genocídio" foi provocado por uma espetacular atividade vulcânica na região da Sibéria.
O planeta vive nos dias de hoje uma mega-extinção sem precedentes. Chamada por muitos cientistas de extinção do Holoceno (período em que o ser humano se tornou dominante na Terra), é a primeira da história provocada por um ser vivo. Calcula-se que entre 20 mil e 2 milhões de espécies tenham desaparecido somente nos últimos 100 anos.
Fontes: Super Interessante, BBC Brasil, O Globo, Discovery Channel, Wikipédia.
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