Você sabia que Carlos Drummond de Andrade era formado em farmácia? E que Jorge Amado era advogado? E que Manuel Bandeira era formado em arquitetura? Descubra essas e outras curiosidades sobre alguns dos maiores nomes da literatura brasileira nas linhas a seguir.
Nascida na Ucrânia, a escritora naturalizada Clarice Lispector, na verdade chamava-se Haya Pinkhasovna Lispector.
O maranhense Aluísio Azevedo, autor do clássico O Cortiço, tinha o hábito de desenhar e pintar os personagens de seus livros sobre papelão.
A primeira edição de Macunaíma, de Mário de Andrade, foi ilustrada por ninguém menos que Pedro Nava (autor de livros como Baú de Ossos).
O romance Os Tambores de São Luís, do maranhense Josué Montello, possui nada mais nada menos que 400 personagens.
O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade publicou seu primeiro livro, Alguma Poesia, com tiragem de 500 exemplares, com dinheiro do próprio bolso.
As Cinzas da Hora, o primeiro livro do pernambucano Manuel Bandeira, teve os seus primeiros 200 exemplares pagos com dinheiro próprio.
A escritora cearense Raquel de Queiroz, autora de O Quinze, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras.
Com a morte de Jorge Amado, seu marido, a escritora Zélia Gattai (Anarquistas, Graças a Deus) ocupou a sua cadeira na ABL.
Guimarães Rosa, famoso escritor mineiro, morreu três dias depois da posse na Academia Brasileira de Letras.
Exímio jogador de xadrez, Machado de Assis publicou um dos primeiros simulados do jogo em jornais.
Na época em que exercia a atividade de médico, o mineiro Guimarães Rosa costumava atender os pacientes em suas próprias residências. Fluente em idiomas como inglês, francês, italiano e alemão, Rosa desempenhou durante muito tempo o cargo de diplomata.
Mário de Andrade, paulista autor de Macunaíma, era obcecado por cartas. Ele respondia praticamente todas as cartas que recebia. Detalhe: nos seus poucos mais de 50 anos, recebeu em torno de sete mil correspondências. Só de Manuel Bandeira foram 400.
Quem também costumava se corresponder com os amigos era Carlos Drummond de Andrade. Metódico, arquivava todas as cartas que recebia (inclusive de Mário de Andrade) juntamente com as respostas que enviava.
Cerca de 100 mil páginas de correspondência do escritor Jorge Amado estão em processo de catalogação pela sua fundação em Salvador, na Bahia. Mas quem pensa em conhecer seus conteúdos, um balde de água fria: a pedido do escritor, elas só serão divulgadas 50 anos após a sua morte.
A caligrafia de Machado de Assis era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.
Carlos Drummond imitava com perfeição a assinatura dos outros. Para poupar-se de mais trabalho, falsificava a assinatura do chefe da repartição pública em que trabalhava. Ele também tinha mania de picotar papel e tecido. “ Se não fizer isso, saio matando gente pela rua”, dizia.
Além de obras de Proust, Balzac, Garcia Lorca e outros escritores, Carlos Drummond de Andrade traduzia músicas dos Beatles. As traduções das letras do The White Album, do grupo britânico, foram publicadas na revista Realidade (uma antiga publicação da Editora Abril).
Guimarães Rosa trabalhou como diplomata na Alemanha durante o período nazista. Juntamente com a esposa, protegeu judeus perseguidos pelo regime. Em virtude disso, ambos foram homenageados em Israel, em 1985. O nome do casal foi dado a um bosque nas imediações da cidade de Jerusalém.
Autora de livros bastante conhecido como A Hora da Estrela e Perto do Coração Selvagem, a escritora Clarice Lispector trabalhou como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.
O alagoano Graciliano Ramos foi descoberto como escritor graças à qualidade literária dos relatórios que enviava ao governo do estado de Alagoas na época em que foi prefeito da cidade de Palmeira dos Índios. Seu modo de escrever chamou a atenção de todos. Ramos é autor de livros como Caetés, São Bernardo e Vidas Secas.
Graciliano Ramos era um fumante incorrigível. O cigarro está presente em muitas das suas fotos deixadas para a posteridade. Aliás, o escritor morreu de câncer do pulmão em 1953.
Paulo Mendes Campos, autor do livro de crônicas O Cego de Ipanema, certa vez publicou um relato sobre experiências com alucinógenos extremamente elogiado pela crítica. Para escrever sobre o assunto, o escritor mineiro experimentou LSD sob a supervisão médica de um amigo.
O poeta paulista Álvares de Azevedo morreu bastante jovem, com apenas 21 anos. Sua obra A Lira dos Vinte Anos foi publicada um ano depois da sua morte.
Gonçalves Dias, poeta maranhense que se tornou conhecido pelo poema Canção do Exílio, morreu quando o navio em que estava naufragou na costa do Rio de Janeiro.
Sofrendo com problemas de depressão, o escritor Raul Pompeia suicidou-se com um tiro no peito na noite de Natal. Nascido em Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro, Pompeia é autor do clássico O Ateneu.
Castro Alves, baiano conhecido sobretudo pelo poema Navio Negreiro, teve que amputar um dos pés em virtude de um ferimento de espingarda. Detalhe: foi o próprio poeta quem atirou por acidente.
Conta-se que Raul Pompeia e Olavo Bilac não se bicavam de jeito algum. Tanto que ambos chegaram a marcar um duelo de morte, encontro que nunca chegou a acontecer.
Quem descobriu a poetisa goiana Cora Coralina foi ninguém menos que Carlos Drummond de Andrade. O detalhe é que ela publicou seu primeiro livro, Poemas de Goiás e Estórias Mais, com quase 70 anos de idade.
O gaúcho Luís Fernando Veríssimo (de O Analista de Bagé e outros livros) é filho do famoso escritor Érico Veríssimo (O Tempo e o Vento).
Imagem acima, em sentido horário: Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Mário de Andrade e Manuel Bandeira.
Fontes: Wikipédia, Projeto Releituras, Coisas de Gênio.
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