O termo Rota da Seda foi usado pela primeira vez pelo arqueólogo de origem alemã Ferdinand Von Richtofen, no século XIX. Por Rota da Seda entendemos a teia de caminhos que ligavam a cidade chinesa de Xian à costa do mar Mediterrâneo na atual Síria.
A mais conhecida Rota da Seda, que atravessa quase que horizontalmente a Ásia, percorre 7 mil quilômetros de países como China, Paquistão, Afeganistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Irã, Iraque e Síria.
As primeiras referências da Rota da Seda surgiram na Pérsia (atual Irã), por volta do século 8 antes da era cristã.
Alguns arqueólogos acreditam que foi esse mesmo caminho margeado por mares, desertos e altas cadeias de montanhas que levou o homem africano em direção à Ásia e Oceania. Acredita-se também que o percurso tenha servido de rota de migração para os povos indo-europeus e semitas que, oriundos do continente asiático, povoaram o Oriente Médio e a Europa.
As caravanas não percorriam toda a Rota da Seda. Elas levavam até uma determinada cidade, de onde partiam outros comerciantes com destino ainda mais ao oeste.
O budismo chegou à China e outras regiões do antigo oriente pela Rota da Seda. O islã se propagou pela Ásia usando o mesmo caminho a partir da Arábia.
Uma das maiores invenções chinesas foi, sem dúvida, o tecido de seda. Acredita-se que os chineses começaram a cultivar o bicho da seda para a obtenção dos fios usados na fabricação do tecido por volta de 5 000 antes de Cristo.
A origem do espaguete é mais antiga do que se imagina. Ele teria surgido na China há cerca de 4 mil anos e chegado à Europa graças aos árabes, provavelmente através da Rota da Seda.
Genghis Khan, o poderoso líder mongol usou a Rota para conquistar as regiões ao Oeste da Mongólia.
O bérbere Ibn Battuta, um dos maiores aventureiros de todos os tempos, utilizou a Rota para realizar algumas de suas míticas viagens para lugares como os atuais Crimeia (na Rússia), Irã (outrora chamado de Pérsia) e Paquistão.
Marco Polo, o mercador e explorador venezianos, foi um dos primeiros ocidentais a usar a Rota da Seda nas suas viagens. Os relatos de suas viagens a China e outras regiões da Ásia foram reunidos num livro chamado O Livro das Maravilhas.
Depois de séculos em desuso, a Rota da Seda que atravessa China e Cazaquistão foi recentemente ativada por linha férrea. Agora, linhas de trem partem da cidade chinesa de Zhengzhou (um conhecido polo industrial) e chegam à Europa com outra carga: produtos eletrônicos. Empresas como HP utilizam atualmente (ano de 2 014) essa rota para exportar produtos fabricados na China para os mercados consumidores da Rússia, Polônia e Europa Ocidental. A Rota da Seda se transformou em Rota dos Eletrônicos.
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