O português falado no Brasil recebeu influências de línguas europeias – como é o caso do inglês, graças em grande parte à dominação cultural dos Estados Unidos –, africanas e indígenas. Aliás, o tupi-guarani foi durante longo tempo a língua mais falada em nossa terra. Foram tantas palavras de origem indígena que se incorporaram ao nosso vocabulário que seria difícil enumerá-las. Mas de qualquer forma você poder conferir algumas na relação abaixo:
ACRE – rio verde.
AMAPÁ – pode significar lugar da chuva ou terra que acaba.
ARACAJU – cajueiro das araras.
BAURU – queda d’água, rio de grande inclinação.
CANGAÍBA – cabeça ruim, dor de cabeça.
CANINDÉ – vozerio, gritaria, arara-azul.
CAPIVARA – comedor de capim.
CARANDIRU – vem de candiru, peixe de água doce.
CARAPICUÍBA – existem inúmeras versões para esse nome, uma delas é “pau podre”.
CARIACICA – antigo nome de um porto, e pode significar “chegada do homem branco”.
CARIOCA – tem como origem kari’oka, que significa casa (oka) do homem branco (kari).
CARUARU – significa “o que come sapo”.
CATAPORA – significa fogo que brota
CEARÁ – canto da jandaia.
CURITIBA – o seu significado é controverso, mas muitos acreditam que signifique “muito pinheiro, pinhal”.
CUIABÁ – nome de origem controversa, mas muitos acreditam que signifique “lugar da ikuia” (ikuia: flecha para pescar).
GUAIANAZES – nome de antiga tribo indígena.
GUARAPIRANGA – lagoa vermelha, garça vermelha.
GRAJAÚ – cesto fechado para transportar aves e/ou peixes, aparelho para conduzir louça de barro.
GOIÁS – nome de tribo que habitava o território do atual estado de mesmo nome.
GUANABARA – veio do tupi goanã-pará, palavra formada por gwa (baía), nã (semelhante) e ba’ra (mar).
IBIRAPUERA – madeira pobre.
IPIRANGA – rio vermelho, rio barrento.
ITAQUERA – pedra adormecida, pedra dura.
JABAQUARA – rocha, buraco, lugar de refugiados.
JAÚ – nome de um conhecido peixe dos rios brasileiros, o ya’u, aquele que devora. É também o nome de uma cidade do interior de São Paulo e de um rio.
JUNDIAÍ – rio do bagre.
MACAPÁ – “lugar de muitas bacabas”, uma palmeira típica da região.
MANAUS – nome de uma tribo da região, os “manaós”.
MARANHÃO – rio que corre.
MAUÁ – nome de uma antiga tribo indígena.
MINGAU – comida que gruda.
MOOCA – faz casa.
MORUMBI – colina verde, mosca verde.
NHE-NHE-NHEM – veio do tupi nheem, que significa falar. O nheem é repetido três vezes, ficando “falar, falar, falar”.
PACAEMBU – arroio das pacas.
PARÁ – “mar”, uma referência ao rio Amazonas.
PARAÍBA – rio não navegável.
PERERECA – significa indo aos saltos.
PERNAMBUCO – fenda do mar, mar furado ou rio caudaloso.
PETECA – bater com a palma das mãos.
PIAUÍ – rios das piabas.
PINDAÍBA – é uma espécie de planta cujo nome é formado por pi’na, anzol, e iwa, vara.
PIRACICABA – “o lugar onde o peixe para”.
POROROCA –estrondo.
RORAIMA – montanha verde-azulada ou montanha trovejante.
SERGIPE – nos rios dos siris.
TIETÊ – rio verdadeiro, rio profundo.
TOCAIA – cercado ou casinha onde o índio se escondia para surpreender um inimigo.
TAMANDUÁ – caçador de formigas.
TAMANDUATEÍ – lugar dos tamanduás.
TATUAPÉ – caminho do tatu.
TOCANTINS – bico dos tucanos, nome de uma tribo indígena da região.
UBERABA – “água brilhante”, nome de rio da região.
Fontes: Wikipédia, G1, Dicionário Aurélio.
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