Percorra as linhas a seguir e descubra algumas curiosidades sobre a independência do Brasil. Você sabia, por exemplo, que D. Pedro I tinha apenas 23 anos quando deu o “grito do Ipiranga”. E que o Brasil possuía menos de 5 milhões de habitantes em 1822?
O famoso grito “Independência ou Morte” ocorreu às 4h30 da tarde de um sábado.
Na época em que proclamou a Independência, o príncipe-regente D. Pedro I era um jovem de apenas 23 anos.
Esqueça aquela imagem de D. Pedro I proclamando a Independência montado num alazão. Ele viajava num burrico quando parou às margens do córrego Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Um detalhe: D. Pedro sofria de uma diarreia terrível naquela data. Aliás…
A pintura Independência ou Morte (imagem acima) é de autoria do pintor paraibano Pedro Américo. Ela foi finalizada em Florença, na Itália, 66 anos após a independência ser proclamada.
O brado do Ipiranga foi testemunhado por apenas oito pessoas. A guarda que acompanhava o príncipe-regente, por sua vez, não teria mais de 15 soldados.
A famosa Casa do Grito, um dos símbolos da Independência, pode não ter feito parte do cenário pintado por Pedro Américo em seu famoso quadro. O primeiro registro dessa construção, para se ter uma ideia, é de 1884.
Dom Pedro I pagou em torno de 2 milhões de libras aos portugueses pela Independência do Brasil. Para facilitar o comércio de escravos, a elite da época queria que ele também levasse Angola. D. Pedro respondeu com um categórico não.
A Guerra de Independência teve um custo alto para o Brasil. As contas do governo foram para o fundo do poço. A dívida externa superou 1 bilhão de reais em valores atuais. Para complicar, a inflação dobrou num curto período de três anos.
Uma das camadas sociais mais interessadas no processo de emancipação de Portugal foi a elite agrária. Ela utilizou o príncipe-regente como instrumento para alcançar seus objetivos. E para obter a lealdade dessa camada enquanto esteve no poder, D. Pedro distribuiu um número impressionante de títulos nobiliárquicos. O total de títulos concedidos em poucos anos ultrapassou o de Portugal em 700 anos.
A emancipação não foi resultado do gesto heroico de um único homem – ou seja, o príncipe D. Pedro I. Ela ocorreu em decorrência de uma sucessão de eventos sociais, políticos e econômicos. É também resultado da ação de uma camada intelectual ligada à elite agrária.
Os únicos estados que aderiram de imediato ao príncipe-regente foram São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As demais regiões aderiram aos poucos. Vários recorreram às armas para defender a independência. Aliás, a Guerra de Independência matou de 2 a 3 mil pessoas.
Na Bahia, a luta pela Independência começou um ano antes e terminou um depois do 7 de Setembro. É por esse motivo que os baianos comemoram a Independência da Bahia em 02 de julho.
A separação de Portugal gerou uma grande onda patriótica. Exaltar os produtos nacionais se tornou moda entre os brasileiros. Muitas famílias trocaram seus sobrenomes de origem portuguesa por expressões indígenas. Um ramo da família Galvão, natural do estado de Pernambuco, por exemplo, passou a se chamar Carapeba.
O Brasil possuía na época apenas 4,5 milhões de habitantes em 1822 (ou seja, metade da população atual da cidade de São Paulo)
A letra do Hino à Independência foi escrita pelo poeta, jornalista e político carioca Evaristo da Veiga e a música, composta pelo próprio Dom Pedro I.
O Museu do Ipiranga foi inaugurado no ano de 1895 e o Monumento, em 1922, por ocasião dos 100 anos do processo que tornou o Brasil um país independente.
Somente em 1972, durante as comemorações dos 150 anos da Independência, os restos mortais de Dom Pedro I, que tinham sido sepultados em Portugal, foram definitivamente trasladados pra o Brasil. Hoje, repousam no Monumento do Ipiranga, em São Paulo.
As margens plácidas do córrego Ipiranga estão atualmente entre as mais poluídas da cidade de São Paulo (assim como as margens dos rios Tamanduateí e Tietê). Uma curiosidade: o Ipiranga nasce cristalino a poucos quilômetros do Monumento, no Jardim Botânico da cidade.
Fontes: Wikipédia, Guia dos Curiosos, Aventuras na História, Nova Escola, Saga – A Grande História do Brasil.
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