Religião de origem indiana, o jainismo baseia-se em princípios como o respeito a todos os seres vivos, a não-violência e o desapego das coisas materiais. Assim como o hinduísmo, a religião jainista possui milhões de simpatizantes no Ocidente. Entre aqui e descubra algumas informações interessantes e curiosas sobre essa crença.
Os jainistas (ou jinistas) consideram que sua religião é mais antiga do que o hinduísmo, o que não é verdade. Segundo os historiadores, o jainismo foi fundado por Nataputra Vardhamana, ou Mahavira – “Grande Herói”, em sânscrito –, por volta do ano 500 antes de Cristo.
Para os jainistas, o carma é ao mesmo tempo processo e substância. Assim como o budismo e o hinduísmo, o jainismo crê no dualismo ação e reação (as ações produzem reações), com a diferença de que o carma se incorpora à alma como se fosse uma substância.
No entender dos jainistas, o universo é eterno e não foi criado por nenhum tipo de ser. Eles negam a existência de um demiurgo – o criador e mantenedor do universo.
Os jainistas não veem Mahavira como fundador da religião, que acreditam ser eterna. Mahavira seria apenas um tirthankara, um ser que conseguiu se libertar dos “ciclos de renascimento” e alcançar a perfeição espiritual.
Para os devotos do jainismo, existiram 24 tirthankaras. Mahavira seria apenas o último. Em seus cultos, os jainistas homenageiam os tirthankaras banhando suas estátuas com flores, arroz, mel e chá.
Os principais festivais jainistas são o Mastakabhisheka, o Kartik Purnima, o Mahavira Jayanti (celebração do nascimento de Mahavira) e o Divali (interpretação jainista do Festival das Luzes indiano).
Os jainistas representam uma minoria no oceano de crenças indiano. Eles não passam de 24 milhões (menos de 1% da população). Só para se ter uma ideia, o hinduísmo – religião predominante na Índia – possui mais de 800 milhões de seguidores.
Não há apenas uma vertente jainista. Como na maioria das religiões, existem vários ramos e subdivisões. Alguns, por exemplo, são absolutamente contra o culto de imagens.
Os jainistas respeitam todas as formas de vida. No entender deles, a vida é sagrada e não deve ser destruída. Tanto que, antes de ingerir o alimento, eles o examinam minuciosamente para evitar engolir algum inseto ou verme que porventura ali estejam.
Se você acha que os jainistas são “um tanto exagerados”, veja mais essa: muitos monges jainas mantém a parte inferior do rosto coberta (normalmente lenços ou uma espécie de “máscara cirúrgica”) para conservar a boca fechada e, assim, evitar engolir sem querer qualquer ser vivo que voe.
Se, em visita a Índia, você cruzar com uma pessoa de boca coberta varrendo o chão, não se espante. Os seguidores mais fervorosos do jainismo costumam varrer delicadamente o chão para tirar os seres viventes do caminho e, desse modo, evitar que sejam pisoteados e mortos.
Os monges jainistas – ou jainas – pregam o desapego das coisas materiais. Tanto que uma parcela desses devotos não usa vestimentas. Eles passam anos sem vestir qualquer tipo de roupa.
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