Ruanda virou foco de atenção do mundo nos anos 1990 em virtude do conflitos entre as etnias hutu e tutsi, que resultou em milhares de mortes. Embora pequeno, esse país da África possui uma geografia e uma história bastante interessante. Veja nas curiosidades nas linhas a seguir.
Ruanda possui uma população de 11 milhões de pessoas, sendo a imensa maioria pertencentes aos grupos sociais hutu (90%) e tutsi (9%).
As cidades mais populosas são Kigali, Butare e Gitarama.
Embora o francês e inglês sejam consideradas línguas oficiais, a maioria dos ruandeses fala o idioma kyniarwanda.
Setenta e cinco por cento da população é cristã, com predominância de adeptos da Igreja Católica Apostólica Romana. Os muçulmanos representam 12% e os seguidores de crenças tradicionais, quase 10%.
Ruanda possui um território montanhoso, sem saída para o mar. Apesar de estar próximo à Linha do Equador, tem clima mais ameno em virtude das elevadas altitudes.
Devido à paisagem montanhosa, Ruanda é também chamada de “País das Mil Colinas”.
Um dos maiores lagos da África é o Kivu, na fronteira entre Ruanda e República Democrática do Congo. Suas águas desembocam no rio Ruzizi que, por sua vez, deságua no Lago Tanganica.
As regiões montanhosas e lagos de Ruanda, Burundi, Uganda, Tanzânia e Quênia, entre outros países africanos, fazem parte do Grande Vale do Rift, um complexo de falhas tectônica da África e Oriente Médio (especialmente Arábia e Palestina).
O maior rio do país é o Nyabarongo, que deságua no Lago Vitória. Ruanda é também atravessada pelos rios Congo e Nilo.
Ruanda possui três parques nacionais. O mais conhecido é o Parque Nacional dos Vulcões, na divisa com a República Democrática do Congo e Uganda. Ele é conhecido pelos seus vulcões e, principalmente, por abrigar o gorila-das-montanhas. Sujeito a intensa caça, essa espécie de primata corre sério risco de extinção.
O território de Ruanda foi dominado pela Alemanha até o final da Primeira Guerra Mundial, quando passou para as mãos da Bélgica. O controle belga durou até meados de 1945, ficando a sua administração a partir de então a cargo das Nações Unidas. Ruanda só se tornou um país independente de fato em 1 962.
Os belgas escolheram os tutsis para governar o país, excluindo a grande maioria hutu do processo socioeconômico. Revoltados, os hutus se rebelaram e assumiram o poder com a independência, em 1962. Tal fato acentuou a rivalidade étnica entre os dois grupos. Os tutsis passaram a ser perseguidos e muitas vezes massacrados. As mortes repentinas dos presidentes de Burundi e Ruanda em 1994, alimentou uma teoria da conspiração que levou as milícias hutus a iniciarem um verdadeiro genocídio tutsi. Ao final, morreram mais de um milhão de pessoas entre tutsis e hutus acusados de colaborar com os ditos inimigos (ou “baratas tutsis”, um termo bastante utilizado na época).
O genocídio provocou uma fuga em massa de tutsis para os países vizinhos. Com as milícias hutus avançando contra os vilarejos, não havia outra alternativa. As pessoas eram assassinadas dentro de suas próprias casas, em muitos casos com golpes de facão e machado. Vizinhos eram forçados a matar vizinhos. Casais de etnias diferentes tiveram que se separar. Uma rádio local conclamou os hutus a promover mais matanças. Apenas entre os meses de abril e julho de 1994, mais de 500 mil pessoas foram massacradas.
Mais de 57% da população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 1,25 por dia. Cerca de 40% é considerada subnutrida. Acredite se quiser, apesar disso, o país nem ao menos aparece na lista dos 15 mais pobres do mundo.
Mais de 90% da população de Ruanda vive da agricultura. As principais culturas são de café, chá, sorgo, feijão, mandioca e banana.
Fontes: Wikipédia, Brasil Escola.
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