Ainda não existe um consenso sobre quem destruiu a biblioteca da cidade de Alexandria. Também não se sabe quantos livros se perderam durante a tragédia. Mas o fato é que a biblioteca de Alexandria provoca um misto de curiosidade e fascinação entre historiadores e fãs da cultura helênica. Confira algumas informações e dados curiosos a seu respeito.
A cidade de Alexandria foi fundada sobre um antigo povoado no delta do rio Nilo chamado Rhakotis em 331 antes de Cristo.
O traçado de Alexandria ficou a cargo de um urbanista e arquiteto de origem grega chamado Dinócrates. Dinócrates ajudou na reconstrução do templo de Artêmis, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo.
Aliás, você sabia que existiram diversas cidades de nome Alexandria?
Outra curiosidade: apesar de ter idealizado a cidade, Alexandre, o Grande nunca chegou a conhecê-la.
Reza a lenda que Alexandre teria morrido na Babilônia e sepultado em Alexandria. Seu túmulo, no entanto, nunca foi encontrado.
Uma das mais conhecidas construções de Alexandria foi o seu famoso farol. Construído na ilha de Faros, ele foi uma das Sete Maravilhas do Mundo antigo.
Um dos significados da palavra biblioteca – que, aliás, é de origem grega – é “estante”.
A biblioteca de Alexandria foi erguida por Ptolomeu I no século 3 antes de Cristo. Ptolomeu era um dos generais de Alexandre, a quem coube a administração do recém-conquistado Egito.
Calcula-se que a biblioteca tenha começado com apenas 200 manuscritos em papiro. Em seu apogeu (século 2 antes de Cristo), chegou a abrigar mais de 700 mil papiros.
Todos os papiros eram escritos à mão. Cada um deles media 25 centímetros de largura e até 11 metros de comprimento.
Foi o poeta grego Calímaco quem ordenou os manuscritos da biblioteca. As obras foram catalogadas em oito assuntos: teatro, oratória, poesia lírica, legislação, medicina, história, filosofia e miscelânea.
O primeiro catálogo da biblioteca preencheu cerca de 120 rolos de papiro.
Ptolomeu I pediu emprestado a Atenas os originais de obras de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes para copiá-los e devolveu.... as cópias!
Setenta e dois sábios judeus se deslocaram de Jerusalém para Alexandria unicamente com a missão de traduzir a Torá para o grego. A obra ficou conhecida como Septuaginta.
Por lei, quem visitasse a cidade era obrigado a doar uma obra para a biblioteca.
O diretor da biblioteca não pagava impostos e, acredite se quiser, vivia no palácio do rei.
Apenas matemáticos, astrônomos, filósofos e estrangeiros com o consentimento do rei podiam manusear os papiros da biblioteca de Alexandria.
Conta-se que havia na entrada da biblioteca uma placa com os seguintes dizeres: “Aqui, cura-se a alma”.
Um decreto do rei Ptolomeu III ordenava que os livros em poder de estrangeiros fossem confiscados e copiados na biblioteca.
Os responsáveis pelo trabalho de copiar livros eram os escribas.
Os escribas usavam dois tipos de tintas: uma vermelha (feita provavelmente de óxido de ferro) e outra preta (à base de resíduos de carvão ou gordura).
Erastóstenes, um dos diretores da biblioteca, surpreendeu a todos ao calcular com uma pequena margem de erro a circunferência da Terra.
Outros sábios que trabalharam na biblioteca foram: o matemático Euclides, o astrônomo Aristarco de Samos, o geógrafo Erastóstenes de Cirene, o matemático Arquimedes, o médico Herófilo da Calcedônia e a filósofa, botânica e matemática Hipácia.
Existiu uma biblioteca rival na cidade de Pérgamo. Para impedir que a concorrência superasse Alexandria, os Ptolomeus impediram a exportação de papiro.
As tropas de Júlio César destruíram por engano cerca de 40 mil rolos de papiro da biblioteca.
Até hoje não existe consenso sobre quem teria destruído a biblioteca. Alguns historiadores afirmam que foram o romanos, outros atestam que foram grupos cristãos fundamentalistas. Há ainda uma terceira hipótese – por sinal, muito difundida no Ocidente –, que afirma que a biblioteca teria sido destruída por ordem do sultão Omar I. O sultão teria afirmado que “se os livros contém a mesma doutrina do Corão, não servem para nada, porque são repetitivos; se os livros não estão de acordo com a doutrina do Corão, não há razão para conservá-los”.
A moderna biblioteca de Alexandria foi inaugurada em 16 de outubro de 2002.
A atual biblioteca foi inaugurada com apenas 10 mil livros no catálogo. A meta é chegar a 8 milhões de livros.
Também sobre a atual biblioteca: ela possui 6 bibliotecas especializadas, 4 museus, 15 exposições permanentes e 4 galerias de exposições temporárias.
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