Era glacial, era do gelo ou idade do gelo é um período geológico em que ocorre um grande resfriamento na temperatura da Terra. Pode durar milhões de anos e afetar profundamente a vida, levando inúmeras espécies à extinção em virtude da falta de luz solar e do frio extremo. Saiba mais a respeito nas próximas linhas.
A última grande glaciação ocorreu há aproximadamente 60 milhões de anos, num período conhecido dos geólogos e estudiosos do clima como Terciário Superior da Era Cenozóica. O detalhe é que antes houveram cinco eras glaciais.
A mais longa era glacial de que se tem notícias durou em torno de 100 milhões de anos, quando a configuração dos continentes era totalmente diferente da atual.
As causas das glaciações ainda não são totalmente compreendidas pela ciência. Enquanto alguns estudiosos sugerem que elas podem ser provocadas pelas variações da atividade solar, outros apontam o aumento do vulcanismo. Alterações na órbita do Sol em torno da galáxia e da Terra ao redor da sua estrela também são encaradas como prováveis causas.
As principais características das glaciações são a presença de gigantescas calotas de gelo tanto no hemisfério norte quanto no sul, expansão das geleiras alpinas e frio intenso.
Convém chamar a atenção para o fato de que, além das eras propriamente ditas, ocorreram períodos glaciais de duração mais curta. Só para se ter uma ideia, a Terra sofreu quatro pequenas glaciações no último um milhão de anos. A última terminou há cerca de 10 mil anos.
Alguns cientistas consideram que para cada 100 mil anos de frio intenso, ocorrem 10 mil de temperaturas amenas. É provável que estejamos há 8 mil anos dentro de um desses períodos "menos gelados", faltando 2 mil para uma glaciação maior.
Algumas espécies se adaptaram muito bem a essas glaciações. É o caso do mamute-lanoso um parente peludo do elefante asiático. Além de uma camada de 8 centímetros de gordura, ele possuía uma grossa pelagem que o protegia do frio intenso. O mamute se extinguiu há cerca de 10 mil anos.
Um dos mais exóticos parentes do rinoceronte foi o rinoceronte lanudo. Eles eram extremamente peludos. Assim como nos mamutes, os pelos serviam para protegê-lo do frio intenso.
O leão-das-cavernas, um parente do leão moderno, era um dos predadores mais temidos da última glaciação. Ele era 25% maior do que o atual leão africano. Filhotes de leão-das-cavernas foram encontrados congelados na Sibéria, permitindo à ciência fazer estudos mais aprimorados sobre essa espécie extinta.
Acredita-se que o ser humano tenha conseguido migrar da Ásia para a América durante a última pequena glaciação. Com o mar congelado, ele pôde fazer a travessia entre os dois continentes.
Regiões onde hoje existem cidades como Genebra, na Suíça, foram durante esses períodos cobertas por geleiras com até 4 quilômetros de espessura. Aliás, foram as geleiras que moldaram grande parte dos vales entre os alpes franceses, suíços, italianos e austríacos.
As glaciações não só provocam o congelamento do mar nas regiões próximas dos polos, como diminuem o seu nível nas demais regiões. As faixas de terra tornam-se maiores. Pontes são formadas entre os continentes e as ilhas mais próximas. Foi assim que as serpentes ancestrais da jararaca-ilhoa chegaram à ilha de Queimada Grande, no litoral de São Paulo.
A quantidade de água no planeta não sofre praticamente nenhuma alteração durante as glaciações, ela apenas muda de estado.
O aquecimento global provocado pela emissão dos chamados "gases do efeito estufa" é extremamente prejudicial para a vida humana, ainda mais se provocar um aumento significativo do nível do mar. Mas ele pode ter um efeito benéfico: o adiamento da próxima glaciação.
Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Nova Escola, BBC, Planeta Sustentável.
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