Para o acadêmico cristão Sextus Julius Africanus e o antipapa Hipólito de Roma, o Armagedon e o fim do mundo ocorreriam no ano 500.
Para o papa Inocêncio III o fim aconteceria em 1284, ano 666 da fundação do islamismo.
O matemático e teólogo britânico William Whitson, por sua vez, acreditava que o mundo acabaria em 13 de outubro de 1736, provavelmente através de um dilúvio.
Os moradores de Leeds, na Inglaterra acreditavam que o final dos tempos ocorreria em 1806, talvez influenciados pelo boato de que uma galinha naquela localidade tinha botado um ovo com a frase Christ is Coming (Cristo está chegando).
Já o norte-americano William Miller previu o fim para 21 de março de 1843, que acabou sendo adiado para 23 de abril de 1846. Como nada ocorreu, a data foi batizada por seus seguidores como Dia do Grande Desapontamento.
Por sua vez, Joseph Smith, fundador da igreja Mórmon, previu o fim do mundo e a volta do Messias para 1891. Previsão que também não se confirmou.
Em 1910, o respeitado jornal The New York Times chegou a publicar uma matéria segundo a qual milhares de mortes podiam ocorrer em virtude dos gases do cometa Halley – que, aliás, passaria próximo ao planeta nesse ano. Milhões de pessoas entraram em pânico e outras tantas acreditaram que o fim finalmente estava chegando.
Por falar em cometa, vale lembrar o caso da seita Heaven’s Gate. Em 1997, o seus adeptos se suicidaram por acreditarem que havia uma nave alienígena seguindo o cometa Hale-Bopp e que que o mundo acabaria logo.
O pregador norte-americano Harold Camping estava convencido de que o final (ou, nas suas próprias palavras, “Dia do Julgamento”) ocorreria em 21 de maio de 2011. Como nada ocorreu, adiou o “Julgamento” para 21 de outubro. Nesse ínterim, a única coisa que aconteceu foi um derrame cerebral que quase matou Camping.
Adeptos da teoria maia sobre o fim do mundo aguardaram o final para 21 de dezembro de 2012. Segundo eles, está escrito num monumento no sítio arqueológico maia do estado mexicano de Tabasco que o mundo acabaria nessa data.
A crença na previsão maia rendeu bons lucros para Hollywood, que produziu um filme catástrofe chamado justamente de 2012. Quem também saiu no lucro foi o estado mexicano de Tabasco, que teve um considerável aumento no número de turistas no final daquele ano.
Não foi a primeira vez que Hollywood surfou na onda do fim do mundo. Lançado em meados de 1998, o filme Armageddon retratou o que aconteceria se o mundo fosse atingido por um asteroide gigantesco (felizmente, tal como na produção 2012, os humanos conseguem sobreviver).
A crença cristã no final dos tempos e no Juízo Final é um dos principais temas do magnífico afresco pintado pelo italiano Michelangelo Buonarroti na Capela Sistina, no Vaticano.
A crença no Juízo Final (ou “Julgamento Final” ou “Dia do Senhor”) é inspirada na Bíblia. Para os cristãos mais devotos, no final dos tempos os homens serão julgados por Deus, os mortos ressuscitarão e ocorrerá a segunda vinda de Jesus a Terra.
Afinal, qual a opinião da ciência sobre o fim do mundo? Os cientistas acreditam que o mundo realmente acabará. Mas não se descabele que não será tão logo!! A ciência prevê o fim para daqui a cerca de 1 bilhão de anos, quando o Sol se tornará uma gigante vermelha e “engolirá” os planetas mais próximos (diga-se Mercúrio, Vênus e Terra). O calor será tamanho que os oceanos evaporarão, as rochas derreterão e a vida em nosso planeta se tornará inviável.
Mas, é possível que o mundo acabe antes disso? Resposta da ciência: sim. As chances de que ocorra uma nova glaciação no planeta, por exemplo, não são descartadas. Uma nova Era Glacial pode ocorrer nos próximos 23 mil anos, dando um fim a boa parte da vida na Terra. Mas isso não é de todo negativo. As zonas tropicais se salvariam. Os habitantes do Hemisfério Norte migrariam para as áreas mais quentes. Regiões como o deserto do Saara e a caatinga nordestina teriam fluxo constante de chuva. O mar retrocederia por volta de 100 metros. E o melhor notícia: a humanidade sobreviverá.
Se uma nova Era do Gelo não der cabo da humanidade, a queda de um super bólido extraterrestre (seja um meteoro ou cometa) dará. Quer dizer, o fim pode vir do espaço! Basta que um meteoro de cerca de 1 quilômetro de diâmetro se choque com a Terra. Aliás, foi uma dessas rochas gigantes que eliminou os dinossauros (e grande parte da vida do planeta) há 65 milhões de anos atrás.
Vulcões também podem levar a civilização humana a um colapso e a um provável “The End”. Uma das maiores erupções vulcânicas da história geológica da Terra ocorreu há 250 milhões de anos na atual região russa da Sibéria. Foi uma erupção tão colossal que extinguiu 96% da vida terrestre (podemos afirmar, portanto, que os atuais seres vivos são descendentes dos sobreviventes). Felizmente, quanto mais violento, mais raro o fenômeno. Significa que pelo menos disso a humanidade está livre, certo? Errado! O super vulcão do estado norte-americano do Wyoming (mais propriamente no Parque Nacional Yellowstone) entra em atividade a cada 600 mil anos e… faz um bocado de tempo que ele permanece estranhamente quieto.
Essa também é assustadora: a ideia de que experiências com colisores de partículas – como o LHC (Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hádrons) – podem criar minúsculos buracos negros é endossada por vários cientistas. Segundo eles, esses buracos podem destruir a humanidade e devorar todo o planeta Terra.
É cada vez maior o número de países com arsenais nucleares, entre eles inimigos ferozes como Paquistão x Índia e Irã x Israel. O uso de bombas atômicas numa possível guerra entre Irã e Israel (com envolvimento dos Estados Unidos) está mais para a realidade do que para a ficção. Sem esquecer o risco de uma corrida nuclear no Oriente Médio! Há cerca de 22 mil ogivas nucleares no mundo, a maioria pertencente à Rússia e aos Estados Unidos. A China também está se transformando numa grande potência nuclear. Conclusão: o final dos tempos através de uma guerra atômica não pode ser descartado.
Super-vírus! A probabilidade de um vírus como o da gripe suína (menos letal) e gripe aviária (mais letal) eliminar a raça humana não pode ser desconsiderada. Governos como o dos Estados Unidos receiam que conhecimentos sobre engenharia genética (e manipulação de vírus) cheguem a ser usados por grupos terroristas. Eles podem muito bem manipular vírus como o da AIDS, da pólio e da varíola, fazendo com que se espalhem com a mesma facilidade do vírus da gripe. Isso se antes nenhum vírus “galináceo” resolver se espalhar…
Para terminar, ainda há o risco de uma estrela do tipo supernova explodir nas vizinhanças da Via Láctea, ou outra estrela colidir com o Sol, ou o aquecimento global torne a vida na Terra insuportável… Nenhuma dessas possibilidades deve ser descartada e…
Um dia o fim chegará!
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