terça-feira, 29 de setembro de 2020

22 CURIOSIDADES SOBRE A TRAJETÓRIA E AS MANIAS DE JOÃO GILBERTO

Disco Chega de Saudade
 

A morte do músico João Gilberto causou comoção no meio cultural brasileiro em 2019. Mas o que você sabe sobre esse importante artista, considerado um dos pais da bossa nova? Descubra a seguir alguns fatos curiosos sobre a sua trajetória e suas excentricidades.

 

O compositor, violonista e cantor brasileiro João Gilberto nasceu em Juazeiro, na Bahia, em 1931, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 2019.

 

Seu nome completo era João Gilberto Prado Pereira de Oliveira.

 

João Gilberto começou a estudar violão aos 14 anos enquanto estudava num colégio interno em Aracaju, Sergipe.

 

Uma das suas principais inspirações musicais foi o cantor Orlando Silva, considerado uma das mais belas vozes do Brasil em sua época (Orlando era chamado de “o cantor das multidões”).

 

Convidado para integrar o grupo Garotos da Lua, João se mudou para o Rio de Janeiro, cidade que décadas depois adotaria definitivamente. Mas em virtude dos atrasos constantes e faltas aos ensaios, acabou demitido do grupo.

 

Gravou o primeiro disco solo, de 78 rpm, em 1952, com as músicas Meia Luz e Quando Ela Sai.

 

Participou da gravação do álbum Canção do Amor Demais, da cantora Elizeth Cardoso, onde mostra pela primeira vez a batida de violão característica da bossa nova. No ano seguinte, em 1959, lança seu primeiro LP: Chega de Saudade.

 

Chega de Saudade, o primeiro álbum de João Gilberto, é ainda hoje considerado pela crítica um dos melhores discos da história da música brasileira.

 

No início dos anos 1950, compôs uma canção para o filme Seara Vermelha em companhia de ninguém menos que o escritor Jorge Amado. Segundo Zélia Gattai, esposa do escritor, o corrupião (pássaro também conhecido como sofrê) do casal ouviu tanto João cantar essa música que acabou decorando a melodia.

 

Sua histórica apresentação no Carnegie Hall, em Nova York, em 1962, chamou a atenção de quase toda a imprensa norte-americana. João foi elogiadíssimo, inclusive por publicações como o The New York Times. A apresentação foi gravada por um canal de TV norte-americano e transmitida no Brasil pela antiga TV Tupi.

 

Também em 1962, gravou um Lp em parceria com outras duas grandes feras da música: o brasileiro Tom Jobim e o norte-americano Stan Getz. A faixa Garota de Ipanema foi gravada na voz de Astrud Gilberto, esposa de João na época.

 

João e Astrud se casaram em 1959 e tiveram um filho, o futuro músico Marcelo Gilberto. O casamento, porém, durou apenas cinco anos.

 

Seu segundo casamento foi com a cantora Miúcha, irmã do cantor e compositor Chico Buarque. Eles são pais da cantora Bebel Gilberto, nascida nos Estados Unidos, onde vive até hoje.

 

João costumava reclamar da acústica das casas de espetáculo onde se apresentava, além de interromper os shows para pedir que as pessoas fizessem silêncio.

 

Contam que durante a inauguração da casa de shows Credicard Hall em São Paulo, chegou a discutir e mostrar a língua para a plateia por causa do barulho. Também reclamou da acústica do local e prometeu nunca mais tocar lá. E ele nunca mais tocou.

 

João fazia questão que os microfones usados em seus shows fossem da marca austríaca AKG, modelo C414. Essa marca é muito utilizada em estúdios de gravação e se não tivesse um no palco, ele reclamava.

 

Outra mania de João Gilberto era acordar às cinco horas da tarde, almoçar por volta de meia-noite e jantar às sete da manhã.

 

Mais uma: como não tinha faxineira, era ele próprio quem limpava uma vez por mês o apartamento onde vivia. Dizem que, mesmo quando necessitava, dificilmente deixava o eletricista ou encanador entrar.

 

Certa vez, a proprietária do apartamento moveu uma ação de despejo contra João Gilberto alegando “motivos pessoais”, mas soube-se que ela tinha se irritado porque ele não permitia a entrada de um pedreiro para consertar a janela.

 

Pedia comida sempre no mesmo restaurante (às vezes, variava com um prato de outra casa do ramo). Ligava para lá perguntando qual era o prato do dia e fazia o pedido, com o detalhe de que o entregador tinha que deixar a comida por uma porta entreaberta, nunca entrava em seu apartamento.

 

João costumava deixar as visitas esperando por horas. Mesmo pessoas famosas como a jornalista Glória Maria e o músico Caetano Veloso tinham que tomar chá de cadeira (a Glória Maria disse que gostava muito dela mas não iria recebê-la).

 

Em seus últimos anos de vida, ele raramente saía de casa. Dificilmente era visto nas dependências do próprio condomínio onde morava, no bairro carioca do Leblon.

 

Imagem acima: reprodução da capa do disco Chega de Saudade, de João Gilberto.

 

Fontes: Wikipédia, Enciclopédia Itaú Cultural, Glamurama, IG.

 

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