Considerada sagrada para as três grandes religiões monoteístas, Jerusalém atrai milhares de turistas todos os anos, que visitam lugares como a Via Dolorosa e o Muro das Lamentações. Conheça algumas informações sobre sua história, além de curiosidades sobre as suas principais atrações.
A cidade foi ao longo da história duas vezes destruídas, 23 vezes sitiada e 44 vezes capturada por povos tão diversos quanto egípcios, persas, gregos, romanos, árabes e ingleses.
Jerusalém fica praticamente na divisa entre Israel e o território palestino da Cisjordânia. Entre as cidades mais próximas estão as palestinas Ramallah e Jericó. Como é reivindicada pelos dois povos, tornou-se uma fonte permanente de conflitos.
A cidade é dividida em quatro bairros: muçulmano, judeu, armênio e cristão. O maior é o bairro muçulmano, onde fica a chamada Via Dolorosa. O Monte do Templo, onde fica o Domo da Rocha, fica entre os bairros muçulmano e judeu.
Existe no Domo da Rocha (a cúpula dourada da foto acima), uma pedra considerada sagrada para as três grandes religiões monoteístas. Acredita-se que foi dela que Deus criou o mundo, Abraão ofereceu seu filho em sacrifício e Salomão construiu o primeiro templo. Dizem que também foi por ela que Jesus caminhou antes de ser crucificado.
Acredita-se que Jerusalém tenha sido fundada por povos semitas aproximadamente em 2.600 antes de Cristo. De acordo com a Bíblia, era habitada pelo povo jebusita quando foi conquistada pelo rei Davi.
Acredita-se que Davi tenha escolhido Jerusalém como sua capital por estar ela localizada entre o reino de Judá (ao sul) e Israel (ao norte). Foi lá que Salomão construiu o primeiro templo e onde permaneceria guarda a mítica Arca da Aliança, que continha as tábuas com os Dez Mandamentos.
Jerusalém teria sido invadida e arrasada pelos babilônios logo após a morte de Salomão, em 930 antes de Cristo. Os judeus foram enviados ao exílio e o templo destruído. Eles só voltariam para sua antiga capital quando Ciro, rei da Persa, derrotou a Babilônia.
No século 4 antes de Cristo, foi a vez dos macedônios invadirem a cidade. A cultura greco-romana foi imposta e no local onde ficava o antigo templo foi erguido um templo em honra a Zeus, o que estimulou uma revolta judaica. Só que a vitória do judeus não demoraria muito.
Por fim, Jerusalém foi invadida pelo general romano Pompeu, que derrubou suas muralhas em 63 antes de Cristo. Foi durante o domínio romano que o rei Herodes construiu o segundo templo. Décadas depois, o imperador Vespasiano enviou tropas para a Judeia a fim de controlar uma revolta. Foi um verdadeiro massacre, com milhares de mortos (segundo o historiador Flávio Josefo, foram mais de 1 milhão). O templo foi destruído e dele restou apenas uma muralha.
De acordo com a tradição, teriam restado apenas quatro muros do antigo templo. O maior é o Muros das Lamentações, onde os judeus costumam orar. Mulheres e homens oram em locais separados. O hábito de colocar papeizinhos com pedidos nas suas fendas surgiu no século XVIII.
Na verdade, o Muro das Lamentações é o único vestígio do segundo templo. Erguido por Herodes, ele foi destruído no ano 70 depois de Cristo por tropas romanas. Os romanos fizeram questão de deixar em pé apenas uma parte do templo para que os judeus lembrassem que foram vencidos por Roma, é por isso que é chamado de Muro das Lamentações.
Com a chegada dos árabes, construiu-se o Domo da Rocha no lugar do templo. É o terceiro lugar mais sagrado do islamismo depois de Meca e Medina. Os muçulmanos acreditam ter sido aquele o local em que o profeta Maomé teria subido aos céus.
Um dos locais que mais atraem turistas cristãos em Jerusalém é o Monte das Oliveiras. De acordo com a Bíblia, foi para esse local que Jesus teria ido após a Última Ceia. E conforme a crença judaica, é lá que o Messias retornará no dia do Julgamento.
Outro ponto bastante procurado pelos turistas cristãos é a Via Sacra, também conhecida como Via Dolorosa. Acredita-se que tenha sido o percurso percorrido por Jesus antes da crucificação. Durante as celebrações da Páscoa cristã, a Via Sacra é percorrida por peregrinos que representam o calvário de Jesus. O percurso termina na Basílica do Santo Sepulcro.
Considerado um dos lugares mais sagrados do cristianismo, a Basílica do Santo Sepulcro é o local onde supostamente está a tumba em que o corpo de Jesus foi deixado após a crucificação. É dividida em várias capelas, cada uma mais interessante do que a outra. Elas atraem católicos romanos, ortodoxos armênios, ortodoxos gregos e coptas. Dizem que para evitar confusão, a chave fica com um muçulmano.
Colina próxima ao Monte das Oliveiras, o Monte Sião é comumente associado à Terra Prometida. Uma das suas principais atrações é a abadia de Hagia Maria, construída no local onde a mãe de Jesus teria supostamente morrido. Outro ponto de peregrinação é o local onde fica o suposto túmulo do rei Davi.
Embora pouco conhecido dos turistas brasileiros, o memorial Yad Vashem é um memorial às vítimas do holocausto localizado em Jerusalém. Possui milhares de objetos, livros e artigos referentes à perseguição aos judeus durante o regime nazista na Alemanha.
Embora a sede do governo israelense esteja em Jerusalém, ela não é reconhecida pela Organização das Nações Unidas e União Europeia como capital de Israel.
A população de 732 mil habitantes (dados de 2014) é constituída majoritariamente de judeus, seguida de muçulmanos e cristãos.
Jerusalém recebem em torno de 3,6 milhões de turistas por ano. A atividade turística é, aliás, uma das principais fontes de receita da cidade.
Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Viagem e Turismo, G1.
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