Você sabia que antigamente o tubarão era chamado de cachorro do
mar? A palavra tubarão foi mencionada pela primeira vez em 1569 por um
marinheiro britânico, que exibiu uma espécie capturada no Caribe e o chamou de
tubarão. A partir de então, todos os peixes cartilaginosos da superordem
Selachimorpha passaram a ser designados com essa palavra.
Existem mais de 480 espécies de tubarões.
Cerca de 88 já foram vistas na costa brasileira. A menor é o tubarão-pigmeu
(com apenas 10 centímetros) e a maior (que pode chegar a inacreditáveis 15
metros e 20 toneladas), é o tubarão-baleia.
O tubarão é uma das espécies marinhas
mais primitivas, com mais de 200 milhões de anos. Eles foram conterrâneos dos
dinossauros.
Por falar em tubarão-baleia, você sabia
que esse gigantesco animal se alimenta apenas de plâncton? Apesar do tamanho, é
uma das espécies mais inofensiva.
Os tubarões possuem audição e olfato
superior aos dos seres humanos. Eles são capazes de sentir o cheiro de uma gota
de extrato de peixe num raio de 2.000 metros, além de que conseguem cheirar uma
gota de sangue em 100 partes de água. Tem também a capacidade de ouvir sons
longínquos e captar sete vezes mais tonalidades de cores do que nós.
Tubarões não tem ossos. Ao invés de
ossos, eles possuem cartilagem.
Formada por escamas placóides, a pele do
tubarão é resistente e áspera.
Tubarões são capazes de viver até 60
anos.
Algumas
espécies possuem o fígado gigante. Nesses casos, o fígado é responsável por
cerca de 10% de todo o peso do animal. Já foram encontrados tubarões com fígado
de 1,5 metros de comprimento, e cerca 1 metro de largura.
Os tubarões são parentes das arraias.
Das 480 espécies, apenas 30 atacam seres
humanos. As mais perigosas são o tubarão-branco, o tubarão-tigre, o
tubarão-limão, o tubarão-azul, o cação-mangona, o tubarão-galha-branca e o
tubarão-cabeça-chata.
A média de ataques de tubarões contra
humanos é de 70 a 100 ao ano no mundo inteiro. O número de vítimas fatais chega
a aproximadamente 15.
Considerado um dos mais perigosos, o
tubarão-branco (great white, nos Estados Unidos) pode medir 7,1 metros, pesar 3
toneladas e comer cerca de 6 quilos de carne por dia. Leões marinhos, focas,
golfinhos e polvos são os seus pratos prediletos.
Os tubarões são resistentes (ou quase
resistentes, para falar a verdade) ao câncer. Dos 12 tipos de tumores
descobertos em tubarões, apenas três são malignos. Apesar de intrigados, os
cientistas suspeitam do tecido cartilaginoso do animal. Como não possuem vasos
sanguíneos, eles liberam algum tipo de substância que impede a alimentação dos
tumores.
Segundo a FAO
(Agência da ONU para Alimentação e Agricultura) entre 50 e 100 milhões de
tubarões são mortos anualmente, grande parte por navios pesqueiros. Isso
significa que morrem 11 milhões desses animais para cada ataque contra seres
humanos.
Mesmo os navios e barcos que não pescam
tubarões costumam aproveitar alguma coisa do bicho: as barbatanas. O motivo? A
sopa de barbatana é considerada uma iguaria em algumas partes do mundo,
especialmente na China, onde é servida em celebrações e ocasiões especiais. Mas
o que acontece com o resto do corpo? É jogado ao mar.
A “indústria” da barbatana de tubarão é
milionária. Um quilo de barbatana pode chegar a mil dólares em alguns
restaurantes de Honk Kong.
O consumo de tubarões na China mexe com a
indústria pesqueira do mundo todo. Pode parecer inacreditável, mas ela é
responsável pela matança anual de 280 mil tubarões só na costa brasileira.
Segundo os biólogos, a matança
generalizada de tubarões pode levar algumas espécies a extinção em poucos anos.
A população de tubarões-cabeça-chata, por exemplo, diminuiu 99% na costa
atlântica dos Estados Unidos. Os tubarões-tigre e tubarões-martelo diminuíram
97%.
A diminuição da população de tubarões só
pode, obviamente, resultar em alarmantes desastres ecológicos. Dados divulgados
pela revista Science e pelo Discovey Channel mostraram que espécies normalmente
caçadas por tubarões estão se proliferando e, dessa forma, gerando
desequilíbrios nos ecossistemas. É o caso das arraias focinhos-de-boi, que
estão dizimando a população de vieiras da costa atlântica dos Estados Unidos. A
diminuição de vieiras, por sua vez, está provocando sérios prejuízos na
indústria pesqueira norte-americana.
Se você tem pavor de dar de cara com um
tubarão durante as suas férias na praia, vai aí uma última informação: a
possibilidade de cruzar com algum deles é quase nula. As chances de ser
atingido por um raio ou morrer em virtude de picadas de abelhas são maiores do
que a de ser mordido por um tubarão.
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