Considerado
o maior representante da soul music no Brasil, além de um dos melhores
compositores de MPB, Tim Maia foi diversas vezes homenageado no cinema, na
música e na literatura. Mas você sabia que ele chegou a vender marmitas para
ajudar a família? Veja nas próximas linhas algumas curiosidades a seu respeito.
O
nome verdadeiro do compositor e cantor Tim Maia era Sebastião Rodrigues Maia.
Tim
nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 28 de setembro de 1942. Faleceu em 15 de
março de 1998, com apenas 55 anos.
Nem
todos sabem, mas Tim Maia tinha nada menos que 18 irmãos. Quando jovem, chegou
a vender marmita para ajudar a família.
O
primeiro grupo musical de Tim foi Os Tijucanos do Ritmo que, curiosamente, surgiu
numa igreja católica do Rio de Janeiro.
Poucas
pessoas sabem, mas Tim tocou no mesmo grupo de rock do rei Roberto Carlos, o
The Sputniks. Por sinal, Sputnik era o nome do primeiro satélite artificial enviado
ao espaço.
Morou
durante cinco anos nos Estados Unidos, onde participou de um grupo chamado The
Ideals. Recebeu influência da soul music norte-americana, estilo que marcaria
para sempre a sua carreira. Mas foi preso por porte de drogas e deportado.
Em 1969,
Roberto Carlos gravou Não Vou Ficar, de autoria de Tim, música incluída na trilha
sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa. Essa gravação
representou um salto para a carreira de Tim, que logo se tornaria mais
conhecido dos brasileiros.
Sua
primeira gravação foi um compacto simples, pelo antigo selo Fermata: These are
the Songs. Mais tarde, These are the Songs – uma música cantada em inglês – seria
regravada por ninguém menos que Elis Regina em parceria com Tim.
Seu
primeiro álbum foi Tim Maia, lançado em 1970. Por sinal, esse disco é
considerado pela crítica especializada um dos melhores da MPB de todos os
tempos, ao lado de Construção, de Chico Buarque, e Chega de Saudade, de João
Gilberto.
Um
dos primeiros sucessos foi Azul da Cor do Mar, canção incluída em seu álbum de
estreia. Detalhe: o Lp vendeu como água, transformando Tim num dos grandes
ídolos da música brasileira.
Ainda
no início dos anos 1970, Tim escreveu um jingle para a Associação Brasileira
dos Produtores de Cacau com o nome Chocolate. Muitos, no entanto, entenderam
ser a palavra “chocolate” um trocadilho para “cocaína” nessa música. Para essas
pessoas, Tim estaria fazendo uma séria alusão ao consumo de cocaína.
A
música Padre Cícero foi incluída na trilha sonora da novela Irmãos Coragem, um
grande sucesso dos anos 70, mas com outro nome: João Coragem. Por sinal, João
era o personagem de Tarcísio Meira nessa trama de Janete Clair.
Como
uma Onda, uma música de Lulu Santos, fez grande sucesso na voz de Tim Maia. Ela
chegou a ser usada como trilha de um comercial de TV.
Tim
tornou-se conhecido como “síndico do Brasil” graças à música W/Brasil, de Jorge
Ben Jor. Comandada por publicitários como Washington Olivetto, a W/Brasil é
considerada uma das grandes agências de publicidade do país.
No
início da década de 1990, Tim gravou dois álbuns com canções da bossa nova: Tim
Maia Interpreta Clássicos da Bossa Nova e Amigos do Rei – Tim Maia e Os
Cariocas.
Tim
ficou maravilhado com o livro Universo em Desencanto, da polêmica seita Cultura
Racional. Além de frequentar seus cultos e usar com certa frequência roupas
brancas, abandonou a vida boêmia que tinha até então. Nesse período, gravou
dois discos sobre influência da seita: Tim Maia Racional 1 e Tim Maia Racional
2.
Desiludido
com a Cultura Racional, Tim tirou os dois álbuns de circulação. Com isso, ambos
viraram preciosidade nas mãos dos colecionadores. Graças à descoberta de novas
faixas, um terceiro disco foi lançado durante os anos 2000.
Sob
influência da onda disco na segunda metade da década de 70, Tim lançou o Tim
Maia Disco Club, de onde sobressaiu a música Sossego.
Durante
os anos 90, Tim conquistou cinco vezes o prêmio Sharp de música brasileira,
atualmente conhecido apenas como Prêmio da Música Brasileira.
Tim
fundou um selo fonográfico batizado de Seroma, nome formado pelas iniciais de
Sebastião Rodrigues Maia. Aliás, Seroma significa também “amores” ao contrário.
Tim
Maia faleceu de infecção generalizada dias depois de passar mal durante um show
no teatro Municipal de Niterói, de onde saiu numa ambulância.
Lançado
em 2007 pelo produtor musical e jornalista Nelson Motta, o livro Vale Tudo – O
Som e a Fúria de Tim Maia inspirou uma peça teatral e um filme sobre a vida do
cantor.
O filme
Tim Maia foi lançado em 2014 com os atores Robson Nunes e Babu Santana no papel
do cantor. No teatro, Tim inicialmente foi interpretado pelo ator e cantor Tiago
Abravanel, neto do empresário Silvio Santos. O papel ajudou a impulsionar a
carreira de Tiago.
O
cantor Ed Motta, um dos mais conhecidos intérpretes da soul music brasileira
atual, é sobrinho de Tim Maia.
Tim
trabalhou em parceria com Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Elis Regina, Cassiano,
Rita Lee, Mutantes, Hyldon, Pepeu Gomes, Jorge Ben Jor, Sandra de Sá, Gal Costa,
Lulu Santos e outros grandes músicos da MPB.
Fontes:
Wikipédia, Rolling Stone, Fatos Desconhecidos, timmaia.com.
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