Você sabia que os casamentos
consanguíneos eram comuns na realeza egípcia? Sabia que o faraó Ramsés teve em
torno de 100 amantes? Explore nos tópicos a seguir algumas curiosidades
interessantes e fatos pitorescos sobre a história do antigo Egito.
A civilização egípcia floresceu quase que
inteiramente às margens do rio Nilo. As cheias do rio fertilizavam o solo,
permitindo o desenvolvimento da agricultura. Os egípcios plantavam trigo,
centeio, cevada, legumes e outros alimentos. Mas como viviam numa região desértica,
tinham que importar produtos como a madeira.
As principais cidades egípcias eram
Tebas, Mênfis, Amarna, Luxor, Assuã, Djedt, Heliópolis, Abusir e Alexandria.
Detalhe: Alexandria foi construída durante a dominação macedônica.
O faraó concentrava as funções de
comandante militar, chefe de governo e sacerdote religioso. Para os egípcios,
ele era uma espécie de escolhido dos deuses, uma ligação entre o mundo terreno
e o divino.
Os egípcios acreditavam que o universo
tinha sido criado por um casal divino chamado de Shu e Tefnut. Ambos eram pais
de Nut, a deusa do céu, e Geb, o deus da Terra. Da união entre Nut e Geb
nasceram os deuses Osíris, Ísis, Seth e Nêftis. O primeiro rei do Egito teria
sido Hórus, o deus nascido da união entre Osíris e sua irmã Ísis. Os faraós
teriam sido os herdeiros de Hórus no trono do Egito.
O povo do Egito acreditava ainda que,
para receber o mandato divino, o faraó era transformado na imagem do deus Rá, o
deus do sol. O rei e a sua família seriam emanações do próprio Astro-rei.
Os casamentos consanguíneos eram comuns
nas famílias reais egípcias. O incesto era considerado absolutamente normal.
Tutancâmon, por exemplo, foi fruto do casamento do faraó Akhenaton com a sua
própria irmã.
Arqueólogos e geneticistas acreditam que
problemas de saúde e defeitos genéticos eram até comuns entre a nobreza
egípcia. O faraó Tutancâmon tinha lábio quase leporino, pé torto e sofria de
necrose no pé esquerdo (detalhe: foram encontradas muitas bengalas na sua
cripta).
Um faraó nunca deixava seu cabelo ser
visto – ele sempre vestia uma coroa ou um toucado para escondê-lo.
Os egípcios ricos usavam perucas enquanto
os mais pobres deviam usar cabelos longos que podiam ser amarrados com rabo de
porco. Até os doze anos, os garotos egípcios tinham que manter a cabeça raspada
para protegê-los das infestações de piolhos.
Para afastar as moscas de perto, Pepi II
do Egito sempre mantinha vários escravos nus perto dele. Os corpos dos escravos
eram untados com mel, para atrair os insetos.
Tanto as mulheres quanto os homens
egípcios usavam maquiagem. Eles acreditavam que a maquiagem tinha poder de
cura.
Como o uso de antibióticos só foi
possível a partir do século XX, a medicina popular era muito famosa
antigamente. Os egípcios, por exemplo, usavam pães mofados para curar
infecções.
As crianças egípcias não usavam roupas
até à adolescência. Isso se devia às altas temperaturas da região. Os homens
egípcios vestiam saias e as mulheres, vestidos.
Ninguém sabe quem destruiu o nariz da esfinge.
Rezam algumas lendas que o nariz teria sido arrancado por balas de canhão da
artilharia de Napoleão Bonaparte ou talvez por tropas britânicas.
Todas as pirâmides do Egito foram
erguidas na margem oeste do Rio Nilo, na mesma direção do sol poente. Os
egípcios acreditavam que os faraós se juntariam ao Sol ao serem enterrados
daquele lado.
Por que os três grandes – e mais famosos,
devemos reconhecer – monumentos egípcios são chamados de pirâmides de Gizé? Por
estarem localizados no planalto de Gizé, na periferia do Cairo, capital do
moderno Egito. Gizé é também uma cidade da região metropolitana da Grande
Cairo.
Queóps, Quéfren e Miquerinos foram pai,
filho e neto.
A mais famosa pirâmide egípcia é a de
Khufu – ou Quéops, seu nome em grego. Construída em 2.550 antes de Cristo, ela
é a única das Setes Maravilhas do Mundo antigo que permanece de pé.
A grande pirâmide foi por mais 2.000 anos
a maior construção do mundo. Só foi superada em 1311 com a construção da
catedral de Lincoln, na Inglaterra.
Em todos os templos no Egito antigo os
faraós podiam realizar as obrigações dos altos sacerdotes, mas geralmente seu
lugar era ocupado por um sacerdote chefe.
Ao contrário da crença popular,
esqueletos encontrados mostram que os construtores das pirâmides eram realmente
egípcios que tinham a confiança do faraó para o projeto. Anotações feitas nas
pirâmides mostram que eles tinham orgulho desse trabalho e que se dividiam em
grupos.
No Egito antigo, o pão e a cerveja
serviam para pagar salários. Um dia de trabalho valia três pães e dois vasos
grandes de cerveja.
Os trabalhadores egípcios inventavam
vários tipos de desculpas para não ir trabalhar. Diziam para os chefes, por
exemplo, que estavam ajudando na fabricação de cerveja para uma celebração ou
foram picados por algum animal peçonhento. Enquanto os trabalhadores modernos
alegam ter faltado porque foram no enterro de um parente, os egípcios diziam
que estavam ajudando na mumificação de um familiar.
Quando um corpo era mumificado, seu
cérebro era removido por uma de suas narinas e seu intestino também era
retirados e colocado em jarros. Cada órgão era colocado em um jarro separado. O
único órgão interno que não era removido era o coração, pois os egípcios acreditavam
ser ele a morada da alma.
Análises da bandagens de algumas múmias
demonstraram que os antigos egípcios utilizavam betume e ládano no processo de
mumificação. O betume é basicamente petróleo. O ládano é a resina de uma planta
típica do Oriente Médio e Grécia, a esteva. Para tratar o corpo, era utilizado
um tipo de sal chamado natrão.
É verdade que apenas os nobres e
sacerdotes eram mumificados no Egito? Não, os mortos plebeus – diga-se, “o
povão” – também passavam pelo processo de embalsamento. Em 1994, arqueólogos da
Inspetoria de Antiguidades do Egito descobriram, no oásis de
Kharga, uma necrópole com mais de 450 múmias de cidadãos comuns.
A
quantidade de múmias de animais encontradas no Egito é tão grande que, no
século XIX, um carregamento com 180 mil múmias de gatos foi transportado para a
Inglaterra para servir de fertilizante. Além de gatos, mumificava-se cães,
babuínos, gazelas, touros, leões, crocodilos…
Entre
os objetos curiosos encontrados na tumba de Tutancâmon estavam bengalas,
sandálias, jogos de mesa, chocalhos, trombetas, bigas, foices, adagas e cofres.
Ramsés, O Grande teve oito esposas
oficiais e quase cem amantes. Ele viveu até 1212 antes de Cristo, quando morreu
com 90 anos.
Você sabia que os gatos eram animais
sagrados no Egito? A exportação de gatos
era proibida e o contrabando do animal podia ser punido com a pena de morte.
Fontes: História Viva, Super
Interessante, Barsa, Pesquisas de Conhecer, Enciclopédia do Estudante, História
Geral (Marlene & Silva), Wikipédia, Terra, Uol.
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