O que vem a ser essa doença que chamamos de AIDS? Quais os seus sintomas? E quantas pessoas convivem com o HIV no mundo? Percorra as linhas a seguir e descubra algumas números, fatos e curiosidades sobre a AIDS.
Vírus são organismos extremamente pequenos, visíveis somente com microscópio eletrônico, constituídos por somente duas classes de substâncias químicas: ácido nucleico (DNA - ácido desoxirribonucleico - ou RNA - ácido ribonucleico) e proteína. Para sobreviverem, os vírus dependem de células hospedeiras, fazendo com que elas trabalhem para produzir novos vírus.
Os vírus precisam das células para se auto-multiplicarem (produzir cópias de si mesmo). Eles entram na célula e, depois de um certo tempo, roubam-lhe material genético, levando-a à morte.
Entre as doenças causadas por vírus, as mais conhecidas são: dengue, febre amarela, catapora, caxumba, hepatite, varíola, sarampo, herpes, sífilis, poliomielite, AIDS, resfriado e gripe.
A AIDS é o estágio final da doença provocada pelo vírus HIV, que destrói o sistema imunológico da pessoa, tornando-a vulnerável a infecções por fungos, bactérias, parasitas e diversos tipos de vírus, além de algumas formas de câncer.
O HIV pode ser encontrado nas lágrimas, na saliva, no sangue, no sêmen, no leite materno e em diversas secreções produzidas pelo corpo. Ele, porém, só é transmitido pelo sangue, sêmen, líquido que sai do pênis antes da ejaculação, secreções vaginais e leite materno.
Hoje em dia, a forma predominante de contágio é por via heterossexual (tanto homens quanto mulheres). Entre os homens, a segunda principal forma de contaminação é homossexual.
O tratamento contra a AIDS atinge de 60 a 79% dos infectados pelo HIV no Brasil. Os países com os maiores percentuais de infectados que recebem antirretrovirais são: Cuba, Argentina, Brasil, África do Sul e China.
Carga viral é o exame que possibilita detectar a quantidade de HIV no indivíduo contaminado pelo vírus. É possível fazer exame de carga viral no líquido vaginal e no sêmen.
A melhor forma de prevenção ainda é o sexo seguro (com o uso de preservativo).
Os sintomas iniciais da AIDS são tão leves que muitas vezes são confundidos com um mal-estar passageiro. Os mais comuns são dores de garganta, dor de cabeça, ínguas, dores musculares, manchas na pele, febre constante e calafrios. Eles aparecem de 4 a 6 semanas após a infecção.
Na fase mais aguda da doença, que ocorre anos depois da pessoa ser infectada, aparecem as infecções oportunistas como pneumonia, tuberculose, candidíase e toxoplasmose, entre outras.
O Dia Internacional de Luta Contra a AIDS – que ocorre em primeiro de dezembro – foi instituído em 1998 pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A OMS estima que 25 milhões de pessoas em todo o mundo tenham morrido de AIDS desde o início da epidemia.
O número de pessoas que convivem com o vírus da AIDS era de 35 milhões de pessoas em 2013.
O continente com maior número de infectados é a África. Estima-se que 22 milhões de africanos esteja com o vírus. Sete em cada 10 novos casos de infecção pelo HIV são registrados na África.
Acredite se quiser, mas 25% da população de Botsuana e Suazilândia sofre de AIDS. Na África do Sul, Zimbábue e Lesoto esse número é um pouco menor: “apenas” 20% da população.
Mais de 240 mil crianças nasceram com AIDS no ano de 2013, a maioria (88%) no continente africano.
A AIDS é atualmente a sexta causa de morte de adultos entre 25 e 44 anos nos Estados Unidos. Em 1995 era a primeira.
Os maiores focos de crescimento da AIDS atualmente estão no Leste Europeu e Ásia Central. Durante a última década (2000 a 2010), o número de infectados nessas regiões aumentou 250%.
As mulheres representam 1/3 dos infectados pelo vírus da AIDS atualmente.
De 1980 a 2010, foram registrados 608.230 casos de AIDS no Brasil.
Desde o início da epidemia, foram registradas 205.409 mortes em decorrência da AIDS no Brasil.
A região com maior número de notificações de AIDS no Brasil é o Sudeste, com 60% dos casos. Em seguida aparecem o Sul (18%), Nordeste (12%), Centro-Oeste (6%) e Norte (4%).
A AIDS mata 8,6 pessoas por dia no estado de São Paulo. Desde o início da epidemia até junho de 2011 foram registrados mais de 212 mil casos da doença no estado.
Calcula-se que 250 mil brasileiros sejam portadores do HIV e não saibam.
Personalidades vítimas da doença: Michel Foucalt (filósofo), Sandra Bréa (atriz e dançarina), Freddie Mercury (cantor), Renato Russo (cantor), Rock Hudson (ator), Cazuza (cantor e compositir), Henfil (cartunista), Keith Haring (artista plástico), Fela Kuti (cantor), Isaac Asimov (escritor), Lauro Corona (ator), Betinho (sociólogo e ativista).
A ideia de que a AIDS é atualmente uma doença curável se alastrou de maneira alarmante entre os jovens. Cabe aqui, portanto, lembrar que ela é uma doença tratável, não curável. O tratamento exige acompanhamento médico constante. O paciente deve tomar um coquetel de medicamentos para o resto da vida. São 19 tipos de drogas, cuja dosagem varia de acordo com o estágio da doença. Elas causam efeitos colaterais fortíssimos, como náuseas, vômitos, diarreias, insônias e deformações no corpo.
Ainda que a AIDS fosse uma doença curável, os médicos recomendariam o uso constante de preservativo. Ele ajuda a evitar uma série de doenças, a saber: hepatite, cancro, gonorreia, sífilis, herpes genital, tricomoníase, doença inflamatória pélvica, infecções pelo vírus HTLV e infecções por HPV.
Fontes: Super Interessante, O Globo, Rede Globo, Hospital Albert Einstein, Wikipédia, Laboratórios Sabin, UOL.
(Uma observação: os dados foram desse texto são de dezembro de 2011 a dezembro de 2014)
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