domingo, 6 de dezembro de 2020

20 CURIOSIDADES SOBRE A HISTÓRIA DA RÁDIO NACIONAL E SEUS ÍDOLOS


A Rádio Nacional é uma rede pública pertencente a Empresa Brasil de Telecomunicações. Ela marcou a história da história das telecomunicações ao transmitir programas que permitiram a popularização da artistas como Cauby Peixoto, Emilinha Borba e outros. Ajudou também a popularizar o “Parabéns”, a nossa tradicional canção de aniversário. Veja alguns fatos curiosos sobre a Rádio Nacional e seus ídolos.

 

Sediada na cidade do Rio de Janeiro, a Rádio Nacional foi fundada em 12 de setembro de 1936, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Detalhe: ela foi inaugurada como empresa privada, mas estatizada em 1940.

 

A Rádio Nacional sempre funcionou nos dois últimos andares de um edifício na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro. Para assistir aos programas de auditório, o público era obrigado a tomar o elevador para chegar no andar das apresentações.

 

Foi a Rádio Nacional quem levou ao ar a primeira emissora de ondas curtas  do país, em 1942. Curioso é que “ondas curtas” é um “comprimento de ondas maior”, o que possibilitou ao sinal da rádio chegar ao Brasil inteiro.

 

A primeira música a ser tocada na RN foi Luar do Sertão. Enquanto a música tocava, ia ao ar a primeira narração: "Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!". 

 

Em Busca da Felicidade foi a primeira rádio-novela do país, entrando no ar pela Rádio Nacional em 1941.

 

O conhecidíssimo programa jornalístico Repórter Esso foi pioneiro no radio-jornalismo. Entrou no ar em 1941, também pela Rádio Nacional.

 

Com o slogan “Testemunha ocular da história”, o Repórter Esso fez tanto sucesso (foram quase 40 anos) que acabou desembarcando na TV. O que pouca gente sabe é que não existia somente o Repórter Esso brasileiro. Chamado de Esso Repórter, o jornalístico era produzido em diversos países do Globo.

 

O primeiro programa inspirado nos programas de paradas de sucesso norte-americanos foi o Parada dos Maiorais, apresentado na Rádio Nacional por César de Alencar.

 

Os programas humorísticos mais famosos foram Balança, Mas Não Cai (que, mais tarde, ganhou uma versão para a TV) e PRK-30.

 

O Parabéns Pra Você é uma versão brasileira de Happy Birthday, a tradicional música de aniversário norte-americana. A autora da letra é a poetisa paulista Bertha Celeste Homem de Mello. Ela tinha 40 anos quando participou do concurso da escolha promovida pela Rádio Nacional. Detalhe: ela bolou a letra em apenas cinco minutos.

 

Entre os artistas que trabalharam na Rádio Nacional estão: Paulo Gracindo, Mário Lago, Brandão Filho, Cauby Peixoto, Ivon Cury, Marlene, Ângela Maria, Eron Domingues, Walter D’Ávila, Emilinha Borba, Oduvaldo Viana, Henriqueta Brieba, Orlando Silva, César de Alencar, Linda Batista e outros.

 

Paulo Gracindo foi produtor, compositor, ator e apresentador da Rádio Nacional. Apresentou os programas Noite de Estrelas e Programa Paulo Gracindo. Como ator, seu papel mais famoso foi o do primo rico no quadro Primo Rico e Primo Pobre, em parceria com Brandão Filho.

 

Brandão Filho participou da primeira rádio-novela brasileira, Em Busca da Felicidade. Acabaria, porém, se tornando conhecido como o primo pobre do quadro Primo Rico e Primo Pobre. O sucesso do quadro foi tamanho que ele e Paulo Gracindo passaram anos interpretando os mesmos personagens no rádio e na TV.

 

Uma das cantoras mais populares da Nacional foi Emilinha Borba. O sucesso de Emilinha fez com que ela fosse eleita Rainha do Rádio e recebesse outros títulos como A Garota Grau Dez e A Favorita da Marinha.

 

Um dos maiores ídolos masculinos (senão o maior) foi o cantor Cauby Peixoto. Queridinho das mulheres, Cauby era “atacado” pelas fãs na saída dos locais onde se apresentava. Enlouquecidas, elas chegavam a rasgar sua roupas e deixá-lo quase nu.

 

Por falar em Cauby, você sabia que ele foi o primeiro cantor brasileiro a gravar uma canção de rock em português?

 

Não é sem motivos que o período entre o final dos anos 30 e início dos 60 é chamado de Era do Rádio. As ondas do rádio alcançaram e integraram todo o país e o veículo, se transformado numa das principais fontes de informação e entretenimento da população. E foi surfando nessa onda que surgiu, em 1949, a Revista do Rádio, uma publicação com fofocas, notícias e novidades sobre o rádio brasileiro.

 

Ainda sobre a onda do rádio. O concurso Rainha do Rádio foi criado pela Associação Brasileira do Rádio para arrecadar fundos para a construção de um hospital. A primeira Rainha foi a cantora Linda Batista, eleita em 1937. A última foi Julie Joy, em 1958. Outras Rainhas: Dircinha Batista, Marlene, Dalva de Oliveira, Mary Gonçalves, Emilinha Borba, Ângela Maria, Vera Lúcia e Dóris Monteiro.

 

O Brasil inteiro se comoveu com o súbito falecimento da cantora Carmen Miranda, uma das maiores estrelas da Era do Rádio brasileira. O velório e o enterro foram acompanhados por cerca de 500 mil pessoas. Enquanto chorava e lamentava a morte de Carmen, o povo cantava na surdina os principais sucessos da cantora. A multidão era tamanha que, passado o enterro, 75 sepulturas do cemitério ficaram danificadas. 

 

Outro ídolo do rádio que provocou comoção com sua morte repentina foi Francisco Alves. Conhecido como o Rei da Voz, o cantor faleceu em 1952, em um acidente de automóvel na Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro. O féretro foi acompanhado por milhares de pessoas e os portões do cemitério, invadido pela multidão. A multidão se espremeu no cemitério. Pessoas passaram mal e muitas tiveram que ser atendidas pelo serviço médico.

 

Fontes: Veja, Nosso Século, Nosso Tempo, InfoEscola, UOL, Wikipédia, Década de 50.

Nenhum comentário:

Postar um comentário