Camelos e lhamas são parentes próximos. Enquanto os dromedários possuem uma corcova, os camelos-bactrianos possuem duas. A carne de camelo é largamente consumida no Oriente Médio. Percorra as linhas abaixo e descubra algumas curiosidades surpreendentes sobre os camelos.
Camelos são mamíferos da ordem Artiodactyla (mamíferos ungulados com um número par de dedos nas patas) e da família Camelidae.
A família Camelidae inclui, além dos camelos, animais típicos da América do Sul como a lhama, a alpaca e a vicunha.
Fósseis encontrados em diversas partes da América do Norte levam a crer que os antepassados dos camelos evoluíram no continente americano e de lá se espalharam para o restante do mundo. Chamados de Camelops, eles desapareceram no final do período Pleistoceno, há cerca de 10 mil anos.
Os camelos modernos são divididos em duas espécies: o dromedário (animais com uma corcova) e o camelo-bactriano (com duas corcovas). Enquanto que os dromedários são encontrados no norte da África, Oriente Médio e Austrália, os camelos-bactrianos são nativos da estepes da Ásia Central.
Os camelos foram introduzidos na Austrália durante o século XX para auxiliar na colonização do país. O problema é que, com o decorrer do tempo, eles se tornaram selvagens e se multiplicaram descontroladamente. Existem atualmente mais de 1 milhão de camelos selvagens nesse país, causando prejuízos enormes à vegetação local.
Embora em número insignificante, existem camelos no Nordeste brasileiro. Domesticados, eles foram introduzidos com a intenção de servir de atração para turistas nas praias de dunas.
Os camelos foram domesticados há milhares de anos (o único lugar do planeta onde existem camelos selvagens é a Austrália). Eles são muito utilizados como animais de carga. O camelo-bactriano, por exemplo, é capaz de carregar 450 quilos e percorrer 43 quilômetros num único dia.
Camelos podem tomar em torno de 200 litros de água de uma só vez. Isso permite que eles percorram grandes distâncias e suportem temperaturas extremas sem precisar beber novamente. Mas...
Ao contrário do que diz o senso comum, a corcova do camelo não armazena água, mas gordura. A concentração de gordura faz com que se evite a retenção de energia térmica.
O ser humano precisa perder em torno de 15% da água do organismo para ficar desidratado. O camelo, ao contrário, precisa perder 25% para sofrer desidratação.
Camelos suportam variações extremas de temperaturas, que vão dos 40º Celsius durante o dia ao 0º Celsius no período da noite (o que é comum em desertos como o Saara).
O único mamífero que possui uma pata maior do que o camelo é o elefante. Outra diferença é que “o pisar” do camelo é mais macio.
Uma das competições realizadas num festival de camelos na Arábia Saudita é o de beleza. Vence o animal mais bonito, mas 12 chegaram a ser desclassificados no concurso de 2018 pelo uso de uma substância proibida: o botox.
A competição mais comum são as corridas de camelos. Assim como os cavalos de corrida, um camelo campeão pode valer milhões de dólares. Príncipes e sheiks árabes gostam de criar esses animais. Um fã de corridas dos Emirados Árabes chegou recentemente a pagar quase US$ 10 milhões por apenas três animais.
O consumo de carne de dromedário é comum no Oriente Médio e norte da África. Ela é preparada em pedaços, bifes ou linguiças. Detalhe: seu gosto é bastante parecido com o da carne bovina.
Além de possuir duas corcovas, o camelo-bactriano é mais alto do que o dromedário. Outro detalhe: ele é mais peludo. A quantidade de pelos permite que o animal suporte temperaturas que, no desertos da Ásia Central, podem chegar a -30º Celsius durante o inverno.
Fontes: Wikipédia, Globo Rural, Mil Bichos, Diário de Biologia.
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