O apogeu do Renascimento ocorreu provavelmente no
século XV. Entre os artistas mais conhecidos desse intenso movimento cultural
estão Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Ticiano, Rafael e outros. Conheça a
história, as características e o legado do Renascimento e seus principais
artistas nas curiosidades que nós selecionamos pra você.
O Renascimento foi um movimento cultural e científico
ocorrido no continente europeu. Embora não exista um consenso entre os
historiadores, acredita-se que tenha atingido o apogeu no século XV.
O termo Renascimento surgiu somente no século XVI.
Recebeu esse nome em virtude da redescoberta e revalorização das referências
culturais da antiguidade clássica (greco-romana) no fim da chamada Idade Média.
Entre as principais características do Renascimento,
as principais foram: a cultura burguesa (a burguesia passa a deter o poder
econômico na Europa Ocidental), o humanismo (que era baseado no estudo dos
clássicos e na valorização da razão), o antropocentrismo (substituição do divino
e do sobrenatural pelo ser humano e pelo mundo natural) e o otimismo (que se
abriu ao novo, a uma visão positiva do mundo).
As causas do Renascimento foram várias, entre as
quais a ascensão da burguesia, o mercantilismo (conjunto de práticas econômicas
adotadas na Europa durante o advento da Idade Moderna), o mecenato (o incentivo
às atividades artísticas e culturais) e a valorização de culturas como a
bizantina, árabe e clássica.
A Itália foi o principal berço, além do local onde o
Renascimento apresentou maior expressão. O crescimento do comércio, a
influência árabe-bizantina e a tradição clássica italiana foram alguns dos
motivos para que isso tenha ocorrido.
Com a queda de Constantinopla, muitos eruditos
bizantinos buscaram refúgio na Itália, levando os seus conhecimentos sobre a
cultura clássica para lá (lembrando que a Itália não era um país unificado
nessa época). A ascensão do comércio com os otomanos e os árabes foi
fundamental para a ascensão da burguesia italiana.
A afirmação de que o desenvolvimento intelectual e
artístico tinha sofrido uma paralisação durante a Idade Média não é de todo
verdadeira. Muitas figuras de destaque na filosofia (Roger Bacon e São Tomás de
Aquino, por exemplo), na pintura (Giotto e Fra Angélico) e na literatura (Dante
Alighieri, Boccacio e Petrarca) viveram durante a Idade Média.
Entre os artistas que marcaram o esplendor artístico
italiano desse período, podemos citar: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael,
Tintoretto, Ticiano, Donatello e Botticelli.
Leonardo da Vinci foi um escritor, poeta, pintor e
escultor natural da cidade italiano de Vinci. Suas obras mais conhecidas são Mona
Lisa e A Última Ceia. O detalhe é que Da Vinci não era apenas um bom
pintor, era um excelente inventor. Entre os seus projetos constam modelos de
máquinas parecidas com os helicópteros, as bicicletas e os canhões modernos.
Michelangelo foi um pintor, escultor e arquiteto
natural da cidade de Caprese. Esculpiu obras famosas como Pietá, Moisés
e Davi. Outro trabalho bastante conhecido é o teto da Capela Sistina, no
Vaticano.
A pintura mais famosa de Rafael é a Escola de
Atenas, de Botticelli é o Nascimento de Vênus (imagem acima) e de
Ticiano é a Fonte do Amor.
Embora menos intenso, o movimento renascentista
expandiu-se para diversos países da Europa. Um dos principais representantes do
Renascimento alemão foi o pintor Albrecht Dürer. Na Inglaterra, o maior autor
renascentista foi William Shakespeare. Na França, destacaram-se o escritor
François Rabelais e o filósofo Michel de Montaigne. Na Espanha, uma das
principais figuras foi o escritor Miguel de Cervantes. Outra figura espanhola
importante foi o pintor Diego Velásquez. E em Portugal, foi o poeta Luís de
Camões.
Depois da Itália, o país com a maior atividade
cultural do período foi a Holanda/Países Baixos. As suas principais figuras
foram o pintor Jan van Eyck (autor de uma das mais valiosas obras do período
renascentista, o retábulo A Adoração do Cordeiro Místico), o também
pintor Rembrandt van Rijn (seu trabalho mais conhecido é a pintura Lição de
Anatomia) e o filósofo Erasmo de Rotterdam (autor de um dos mais famosos
livros da cultura ocidental, o clássico O Elogio da Loucura).
O maior escritor do Renascimento foi, sem dúvida, o
inglês William Shakespeare. Para muitos críticos, trata-se do maior escritor da
língua inglesa de todos os tempos. Shakespeare escreveu obras clássicas como Romeu
e Julieta, Sonho de Uma Noite de Verão, Otelo - O Mouro de Veneza,
Rei Lear, A Megera Domada, Macbeth, Júlio César e Péricles
- O Príncipe de Tiro.
Uma das principais características do Renascimento foi
o racionalismo e o experimentalismo, responsáveis pelo grande salto científico
do início da Idade Moderna. Foi durante esse período que o polonês Nicolau
Copérnico, o alemão Johannes Kepler, o italiano Galileu Galilei e o inglês
Isaac Newton.
O interesse pela cultura greco-romana e pelas obras
dos filósofos clássicos - sobretudo Sócrates, Platão e Aristóteles - reacendeu
a filosofia. Entre os filósofos mais influentes do Renascimento, vale destacar
o italiano Giordano Bruno, o também italiano Nicolau Maquiavel, o francês
Michel de Montaigne, o também francês René Descartes, o inglês Francis Bacon e
o holandês Erasmo de Roterdã.
As grandes navegações e a descoberta da América foram
primordiais para o fim do Renascimento. O eixo econômico se deslocou da Itália
que comercializava com árabes e otomanos para a costa atlântica da Europa
(Portugal, Espanha e Reino Unido). As cidades italianas perderam o monopólio
dos produtos orientais e consequentemente, o capital que ajudava a financiar a
cultura.
A ascensão do protestantismo e a Contrarreforma
católica foram também essenciais para o declínio do movimento renascentista.
Ocorre uma revalorização da religião, em oposição ao racionalismo dos
intelectuais do Renascimento. Surge um movimento artístico de forte influência
religiosa conhecido como Barroco.
Veja também: Michelangelo, Leonardo Da Vinci