Surgido em Belo Horizonte, o Sepultura é dos grupos de rock brasileiros de maior sucesso no exterior. Chegou a fazer shows no Sudeste Asiático. Conheça a sua história e descubra algumas curiosidades sobre ele nas linhas a seguir.
A banda de heavy metal Sepultura surgiu em Belo Horizonte, em 1983. Na época em que gravou o primeiro álbum pela Cogumelo Records, tinha Max Cavalera, Igor Cavalera, Jairo Guedes e Paulo Jr. na formação.
Inspirado na música Dancing in Your Grave, do Motörhead, o nome Sepultura (“Grave”, em inglês) foi escolhido por Max Cavalera.
Os primeiros álbuns da banda foram Bestial Devastation e Morbid Visions, ambos lançados pela Cogumelo Records. Mais tarde, a própria Cogumelo relançaria ambos num único disco.
Em 1986, Andreas Kisser entrou no Sepultura em substituição a Jairo Guedes. Natural do ABC paulista, Kisser mudou-se para Belo Horizonte para se juntar aos outros membros da banda. Andreas tocava numa banda chamada Esfinge.
Três anos depois, a banda assina um contrato de sete anos com a gravadora internacional Roadrunner. É com ela que grava Beneath the Remains, disco lançado em vários países da Europa e América.
A primeira turnê internacional da banda foi com o grupo alemão Sodom.
Um dos primeiros grandes shows foi no Rock in Rio II, em 1991, quando o Sepultura tocou para um público de mais de 50 mil pessoas.
Entre 1991 e 1996, a banda lançou seus mais influentes álbuns: Arise, Chaos A.D. e Roots. Duas faixas de Roots foram gravadas numa tribo xavante. Aliás, Roots possui justamente um índio brasileiro em sua capa.
O clipe da música Territory, de Chaos A.D., foi gravado em Israel. Acabou sendo premiado pela MTV como o melhor clipe daquele ano.
Achando que Gloria Cavalera, empresária da banda, dava apenas espaço para seu marido (ela é casada com Max), os demais membros resolveram demiti-la. Com isso, Max cai fora da banda e funda o grupo Soulfly.
Com a saída de Max, Andreas assumiu os vocais. Mas, com o tempo, eles acharam melhor contratar outro vocalista. Com o apoio da gravadora, fizeram uma seleção rigorosa de candidatos, da qual sobressaiu-se o norte-americano Derrick Green, natural de Cleveland, Ohio.
O primeiro álbum da banda sem Max Cavalera foi Against, lançado em 1998. Além do novo vocalista, esse trabalho conta com a participação de ninguém menos que o cineasta Zé do Caixão e do músico João Gordo, do grupo Ratos de Porão. A inovação dessa vez seria a participação do grupo de percussão japonês Kodo.
Dante XXI, o álbum seguinte, foi completamente inspirado na obra clássica A Divina Comédia, do italiano Dante Alighieri (1265 - 1321). Esse trabalho marca a saída de Igor Cavalera da banda.
Mais tarde, sairia A-Lex, um trabalho inspirado no livro A Laranja Mecânica, de Anthony Burgess. Alex é o protagonista da história. Detalhe: A Laranja Mecânica foi adaptada para os cinemas pelo diretor Staley Kubrick.
Depois disso, o Sepultura lançaria mais dois trabalhos: Kairos (2011) e The Mediator Between Head and Hands Must be the Heart (2013). Embora não seja um álbum conceitual, ele foi em grande parte inspirado no filme Metropolis, de Fritz Lang.
Só as pessoas mais velhas devem ter percebido, mas o índio da capa do disco Roots é o mesmo que aparece numa antiga nota de mil cruzeiros. A imagem foi trabalhada a partir de uma xerox tirada por Max Cavalera.
A música Ratamahatta (“Zé do Caixão/Zumbi/Lampião”) conta com a participação do músico baiano Carlinhos na percussão.
A versão brasileira de Chaos A.D. chegou às lojas com um cover da música Polícia, dos Titãs.
Com exceção da primeira, o Sepultura esteve presente em todas as edições do festival Rock in Rio.
O primeiro disco ao vivo oficial foi Live in São Paulo, de 2005. Foi gravado na antiga casa de shows Olímpia para comemorar os 20 anos da banda.
Igor e Max são torcedores fanáticos do Palmeiras. Em 2003, Igor gravou o hino do time com Simoninha e Branco Mello, do Titãs.
Ainda sobre Igor: em 1995 ele fundou junto com o amigo Alberto “Turco Loco” Hiar a grife de moda jovem Cavalera.
Depois de 10 anos sem se falarem, Igor e Max fazem as pazes e criam o projeto Cavalera Conspiracy, com o qual gravam três álbuns: Inflikted, Blunt Force Trauma e Pandemonium.
Entre as inúmeras atividades de Andreas Kisser, está o programa de rádio Pegadas do Andreas Kisser, na rádio 89 FM (“A rádio rock”).
O baixista Paulo Jr. é o único integrante original que permanece na banda.
Fontes: Wikipédia, Wiplash, BOL, O Estado de S. Paulo.
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