Veja nos tópicos a seguir algumas
informações e fatos curiosos sobre a geografia e a cultura da região do Oriente
Médio, incluindo países como Israel, Iraque, Arábia Saudita e Emirados Árabes
Unidos.
Embora a maior parte da população de
Israel seja judia, não podemos afirmar que todo israelense é judeu. Existem
israelenses muçulmanos, cristãos e drusos, por exemplo. A maior minoria étnica é formada pelos chamados árabes israelenses.
As línguas mais faladas em Israel são o
hebraico e o árabe.
Os arqueólogos acreditam que a cidade de
Jerusalém tenha sido fundada por povos semitas por volta do ano 2.600 antes de
Cristo. Na tradição judaica, ela foi fundada por Sem e Éber, filho e neto do
profeta Noé.
Enquanto os judeus se referem a Jerusalém
como “Cidade da Paz”, os árabes muçulmanos a tomam como “A Santa”.
Jerusalém é sagrada para judeus, cristãos e islâmicos. Depois de
Meca e Medina, ela é a terceira cidade mais importante do islamismo. Os
seguidores do Alcorão acreditam que o profeta Maomé ascendeu aos céus em
Jerusalém.
Ao longo da história, a cidade de
Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e
capturada e recapturada 44 vezes.
Situada a cerca de 27 quilômetros de
Jerusalém, a cidade de Jericó é tida pela arqueologia como a cidade mais antiga
do mundo. Presume-se que Jericó tenha sido fundada no ano 9.000 antes de Cristo
(isso mesmo, 10.500 anos antes da descoberta do Brasil).
Os muçulmanos dominaram a região até o
século XX, quando foi criado o Estado de Israel. Para os judeus, foi um feito
histórico. Para os árabes palestinos foi, como os próprios dizem, uma
catástrofe. Até hoje, os palestinos se referem ao ano da criação de Israel como
o “ano da desgraça” (el-nakba).
Dubai é uma das sete confederações
(Estados autônomos) formadoras dos Emirados Árabes Unidos. Os demais emirados
são: Fujairah, Abu Dhabi, Sharjah, Ras al-Khaimah e Umm al-Quwain.
Dubai é segundo maior emirado em área,
perdendo apenas para Abu Dhabi. Mas é o mais populoso, com cerca de 2,2 milhões
de habitantes. Detalhe: em 1967, Dubai contava com apenas 59 mil moradores.
O atual governante de Dubai é o xeque
Mohammed bin Rashid Al Maktoum, membro da dinastia Al Maktoum, que governa o
emirado desde 1833.
Dubai é sede do canal de notícias em
árabe Arabyia, rede que concorre com a Al Jazira, emissora do Qatar, a
preferência do publico árabe.
Uma das maiores atrações do emirado de
Dubai são os souks, os tradicionais mercados árabes. Com a isenção de impostos,
quase tudo é barato. Mas a regra (como em todo mercado árabe) é barganhar.
O souk mais visitado é o Golde Souk (o
nome já diz tudo), um mercado com lojas especializadas em ouro. Colares,
brincos, pulseiras, tiaras, tudo é feito de ouro. São 350 lojas que expõem
diariamente uma quantidade equivalente a 20 toneladas de joias. Não é à toa que 72% dos consumidores são do sexo
feminino.
Dubai é o paraíso dos hotéis cinco, seis,
sete estrelas… O hotel mais luxuoso é o Burj Al Arab, construído numa pequena
artificial ilha perto da costa. Possui 60 andares e, acredite, desce 45 metros
abaixo do nível da água. O Burj Al Arab possui paredes revestidas de ouro 24
quilates.
O Burj Al Khalifa é o maior arranha-céu
do mundo, superando em muito os ex-maiores prédios Taipei 101 (em Taiwan) e
Petronas Tower (na Malásia). Sua pedra fundamental foi lançada em 21 de
setembro de 2004 e o final das construções ocorreu em 4 de janeiro de 2010. O
Burj Al Khalifa possui 828 metros de altura e abriga hotéis, escritórios,
rádios, centros de compra e até uma mesquita.
Bebidas alcoólicas são proibidas em
Dubai, assim como em toda a Península Arábica. A diferença é que pelo menos lá
os turistas podem consumir uma cerveja ou uísque dentro dos hotéis.
Advertência: se for flagrado consumindo álcool na rua, você terá imensos e inesquecíveis
problemas.
Um dos maiores investidores imobiliários
de Dubai é a família saudita Bin Laden… Por acaso, você já ouviu esse sobrenome
em algum lugar?
A maior parte da população da Síria
(cerca de 90%) pertence à etnia árabe, mas também há curdos, turcos e armênios.
O islamismo é a religião predominante.
A Síria é governada por Bashar Al-Assad,
herdeiro do ex-presidente Hafez A-Assad. O detalhe é que Bashar era o segundo
na linha sucessória do pai. Ele só se tornou sucessor (e presidente, com a morte
do pai em 2 000) depois que seu irmão, Basil Al-Assad morreu num acidente de
carro. O clã Assad está no poder há 40 anos.
Síria e Israel estão em estado de guerra
desde 1948. Em 1967, Israel tomou as Colinas de Golã, o que acirrou ainda mais
os atritos entre os dois países.
As Colinas de Golã foram ocupadas por
Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. A Guerra dos Seis Dias foi um
conflito envolvendo Síria, Jordânia e Egito contra Israel.
A Síria é continuamente acusada por
Israel de armar grupos islâmicos do Sul do Líbano, da Cisjordânia e da Faixa de
Gaza.
Assim como o Líbano, Iraque, Jordânia,
Israel e outros países da região, a Síria fez parte do antigo Império Otomano
e, mais tarde, colônia francesa.
Damasco é uma das cidades mais antigas
habitadas continuamente do mundo? Quer dizer, ela é habitada há mais de 5 mil
anos.
Partes dos territórios da Síria e do
Iraque foram tomados em 2014 por um grupo extremista guerrilheiro chamado
Estado Islâmico, que proclamou um califado na região. O Estado Islâmico é
duramente combatido por forças de coalização formadas por 24 países.
Irã significa “Terras dos Arianos”. Os
arianos eram tribos de origem indo-europeia (povos da Europa e Ásia que falam
línguas com parentescos entre si) que habitaram a região do atual Irã no
terceiro milênio antes de Cristo e, de lá, se espalharam por Oriente Médio e
Ásia.
Apesar de serem muçulmanos e viverem em
um país asiático do Oriente Médio, os iranianos tem parentescos étnico e
linguístico com os europeus, não com os árabes.
A língua falada no Irã é o farsi, uma
língua do ramo indo-europeu. O farsi também é falado em boa parte do
Afeganistão, Uzbesquistão, Turcomenistão e outros países da região.
O antigo Império Persa nasceu da
unificação de dois povos: os medos e os persas. Sob o comando de Ciro, o Grande
e seus sucessores (Cambises, Dario…), o Império se expandiu do Rio Indo aos
atuais territórios da Palestina e Egito.
O Império Persa nas mãos do líder
macedônio Alexandre, o Grande. Foi Alexandre quem, segundo contam, durante uma
bebedeira, ordenou que o palácio imperial persa fosse incendiado. O incêndio se
alastrou e atingiu grande parte da cidade de Persépolis.
A maior parte do território persa é
conquistada pelos árabes entre os anos 643 e 650, provando mudanças profundas
na religiosidade do povo. Os persas conhecem o Islã que, aos poucos, foi
assimilado por sua cultura.
O zoroastrismo é a religião mais antiga
do Irã. Apesar de representarem uma minoria, (uma gota d´água no oceano
islâmico) os zoroastristas mantém a tradição da religião criada pelo profeta
persa Zaratustra.
As iranianas tem maior liberdade em
comparação com as mulheres de outros países islâmicos (Arábia Saudita, Iêmen e
Afeganistão, por exemplo). Elas podem sair de casa sozinhas, dirigir, estudar e
usar maquiagem.
O árabe falado no Líbano é de difícil
compreensão para os arabófonos de outros países do Oriente Médio. O motivo não
podia ser mais simples: a mistura de povos, assim como a influência europeia
ajudou a criar um dialeto com fortes influências da língua turca, do francês e
do inglês.
O desenho no centro da bandeira libanesa
representa o cedro-do-Líbano, a árvore típica do país. A madeira do
cedro-do-Líbano foi largamente utilizada na antiguidade. A árvore é citada 75
vezes na Bíblia.
Metade da população libanesa vive na
região metropolitana de Beirute. Fundada por fenícios séculos antes de Cristo,
Beirute foi ocupada por gregos, romanos, bizantinos, árabes e otomanos.
Uma das mais antigas civilizações
surgidas no Líbano foi a fenícia. Os fenícios eram povos semitas (parentes de
árabes e judeus) que habitavam a faixa litorânea do país e de cultura comercial
marítima empreendedora. Colonizaram quase todo o litoral mediterrâneo. Suas
principais cidades foram Tiro, Sidon e Biblos. Fundaram também a cidade de
Cartago, no território da atual Tunísia.
A antiga Babilônia situava-se onde hoje é
o Iraque.
Algumas pessoas acreditam que o Jardim do
Éden bíblico também ficava no Iraque. Idem a mítica torre de Babel.
O Iraque possui a segunda maior reserva
de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita.
O nome oficial da Arábia Saudita é Reino
da Arábia Saudita (em árabe, Al Mamlakah al Arabiyah as Saudiya).
A Arábia Saudita moderna foi fundada por
Ibn Saud no início do século XX e até hoje governada por seus descendentes.
A Arábia Saudita é o maior exportador
mundial de petróleo. Aliás, o petróleo é responsável por 90% das exportações e
75% da renda do país.
A frase em árabe na bandeira da Arábia
Saudita significa “Não há outra divindade além de Alá, e Maomé é seu profeta”.
Poucos países do Oriente Médio mantém
relações pacíficas com Israel, e um deles é a Jordânia.
Situado no Oriente Médio, o Mar Morto é o
mar mais salgado do mundo.
Ao contrário do que muitos pensam, a
capital atual da Turquia não é Istambul e, sim, Ancara.
A Península da Anatólia foi habitada por
diversas civilizações (olha que não poucas): hititas, frígios, celtas, lídios,
cimérios, gregos, persas, macedônios, romanos, bizantinos, curdos e
turco-otomanos.
O povo turco-otomano começou a imigrar
para a Península da Anatólia, região da atual Turquia, no século XI, ainda nos
tempos do Império Bizantino.
O nome Turquia derivou de Türk que, nas antigas línguas turcomanas,
significava "ser humano" ou "forte".
O fundador da moderna República da
Turquia foi Mustafá Kamal Pasha, ou Kamal Atatürk. Uma informação interessante:
Atatürk é um título e significa "pai dos turcos".
A língua turca pertence ao grupo
linguístico altaico e é falada atualmente em 34 países, além da própria
Turquia. Existem grandes contingentes de falantes na Alemanha, país com muitos
imigrantes turcos. Outro país que abriga um grande número de falantes de língua
de origem turca é a China (são os uigures, um dos maiores contingentes
populacionais da Província de Xinjiang). Entre os países que usam a língua
turca estão Azerbaidjão, Tadjiquistão e Turcomenistão.
Istambul é a única cidade do mundo
situada em dois continentes. Parte fica na Europa e parta na Ásia.
Todos os habitantes do antigo império
otomano eram considerados turcos. Foi por esse motivo que os imigrantes sírios
e libaneses (árabes, portanto) que vieram para o Brasil foram chamados de
turcos.
A região atualmente chamada de Oriente
Médio foi dominada por diversos povos no passado: hititas, egípcios,
israelitas, babilônios, assírios, persas, macedônios, romanos, bizantinos,
mongóis e otomanos. Mais recentemente, foi tomada por franceses e britânicos.
A parte do Oriente chamada de Crescente
Fértil corresponde aos territórios dos atuais Israel, Líbano e Cisjordânia.
A rica e belíssima cidade de Petra
(literalmente, “pedra”) foi fundada por um povo chamado nabateu.
A região só foi conquistada pelo islã no
século VI depois de Cristo.
A maior parte dos muçulmanos da região
professam duas vertentes do islã: a sunita (seguida pela maioria) e a xiita. Os
sunitas reconhecem o califa Abu Bakr como sucessor de Maomé e os xiitas
reconhecem Ali, o primo e genro do profeta.
A região dos atuais territórios de
Israel, Líbano, Jordânia e Síria foram disputados por cruzados e califas
muçulmanos. Os cruzados chegaram a dominar Jerusalém por um curto espaço de
tempo.
A Palestina foi tomada dos cruzados pelo
general Saladino. Todos pensam que Saladino era árabe, mas na verdade ele era
curdo.
A região passou a ser dominada pelos
otomanos no século XV. Tal dominação durou até o início do século XX, quando a
região foi conquistada por potências europeias.
As fronteiras dos países do Oriente Médio
foram praticamente criadas pelos europeus. O Líbano, pode-se assim dizer, foi
criado pelos franceses; e o Iraque, a Jordânia e o Kwait foram criação dos
ingleses.
Após a Segunda Guerra Mundial, a
Palestina foi dividida pela ONU entre israelenses e árabes. O problema é que o
Estado de Israel nunca foi reconhecido pelos países árabes.
Desde a criação do Estado de Israel,
houveram seis guerras entre o Estado de maioria judaica e os países árabes.
Poucos países árabes reconhecem o Estado
de Israel, entre eles Jordânia e Egito.