Percorra as linhas abaixo e descubra algumas
curiosidades sobre a vida de Nicolau Copérnico, o primeiro a apresentar o
modelo da teoria heliocêntrica, que dizia que a Terra girava em torno do Sol. Você
sabia, por exemplo, que ele só divulgou suas teorias quando encontrava-se no
final da vida?
O astrônomo e matemático polonês Mikolaj Kopernik, ou
Nicolau Copérnico, nasceu em 1473 e morreu em 1543.
Além de astrônomo e matemático, Copérnico foi
administrador público, jurista, médico e cônego da Igreja Católica.
Não foi apenas Copérnico que exerceu função religiosa
em sua família. Seu irmão, André, por exemplo, também foi cônego. Bárbara, uma
de suas irmãs, tornou-se priora de um convento de freiras. Lucas Watzenrode,
seu tio, era bispo da mesma Igreja Católica.
Com a morte do pai, aos 10 anos, Copérnico foi morar
com Lucas Watzenrode, que o criou e o educou. O detalhe é que, após se formar
em quatro universidade, Copérnico trabalhou com o tio nas funções de secretário
e médico.
Acredite se quiser, mas Copérnico só aceitou publicar
seus manuscritos aos 68 anos de idade. A primeira edição de De Revolutionibus
Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas Celestes, em tradução livre)
só foi para o prelo em 1543, um ano antes da morte do autor.
Assim que veio a público, Sobre as Revoluções das
Esferas Celestes causou alvoroço. Chegou a ser condenado por Martinho Lutero, o
patrono da Reforma Protestante. E embora Copérnico tenha dedicado o livro ao
papa Paulo III, ele permaneceu banido durante três séculos pela Igreja Católica.
A teoria heliocêntrica defendida por Nicolau Copérnico
defendia que a Terra e os demais planetas giravam em modelos circulares em
torno do Sol. Ela batia de frente com a teoria geocêntrica desenvolvida
centenas de anos antes por Ptolomeu, que defendia ser o nosso planeta o centro
do sistema solar. Para Ptolomeu, eram os planetas que giravam em torno da
Terra.
As ideias de Copérnico foram recebidas com ceticismo
entre os astrônomos da época, que enxergaram diversas falhas nelas. Ele
defendia por exemplo, que os planetas possuíam órbitas circulares, o que parecia
pouco provável. Essas falhas foram posteriormente corrigidas por astrônomos
como Tycho Brahe, Johannes Kepler e Galileu Galilei.
Interessante é que o modelo heliocêntrico de Copérnico
não constituía exatamente uma novidade. Ele já havia sido proposto por
pensadores da antiguidade, como Aristarco de Samos, que observou ser o Sol
muito maior do que a Terra. Sendo o Sol maior, era pouco provável que girasse
em torno de nosso mundo. Mas foi Copérnico quem primeiro apresentou modelos
matemáticos e literatura sobre o assunto.
O heliocentrismo de Copérnico influenciou fortemente o
italiano Galileu Galilei, um de seus maiores defensores. Mas uma vez que essa
teoria batia de frente com os dogmas da Igreja Católica, Galileu sofreu dois
processos. Além de ser obrigado a negá-la em público, ele foi obrigado a passar
o resto da vida em prisão domiciliar.
Nicolau Copérnico nunca teve filho, mas foi o principal
responsável pela criação de seus sobrinhos, filhos da única irmã que não seguiu
vida religiosa.
O esqueleto de Copérnico foi descoberto em 2007 e usado
por cientistas para recriar o seu rosto. Descobriu-se assim que ele possuía uma
cicatriz acima de um dos olhos e o nariz quebrado e torto. Detalhe: Copérnico
morreu com 70 anos de idade.
Seus restos mortais foram encontrados num pequeno
túmulo sem nome da catedral de Frombork, na Polônia. Depois de identificados através de análise de DNA,
foram sepultados novamente, dessa vez com uma cerimônia majestosa e num túmulo
à altura da sua figura, no maior altar da catedral.
Uma cópia rara de Da Revolução das Esferas Celestes foi
roubada em 2017 de um antiquário em Londres e dada como desaparecida. Além
dela, os ladrões levaram outras 160 obras de autores clássicos como William
Shakespeare e Dante Alighieri. Sozinha, a obra de Copérnico valia em torno de
R$ 970 mil.
Um dos maiores admiradores de Nicolau Copérnico foi o
astrônomo norte-americano Edwin Hubble (aquele mesmo, que foi homenageado com
um telescópio). Hubble tinha um gato que costumava “passear” em sua mesa de
trabalho, espalhar seus papéis e pedir cafuné. Seu nome? Copérnico.
Fonte: Wikipédia, UOL Educação, Galileu.