Qual o significado da sigla DNA? E como são feitos os famosos exames de DNA – utilizados inclusive para desvendar crimes ocorridos há muito tempo? Percorra os tópicos abaixo e descubra algumas descobertas e curiosidades muito interessantes sobre o DNA humano.
DNA é a sigla em inglês para ácido desoxirribonucléico. Ele contém as instruções para a formação de todas as células de cada um dos seres vivos.
A estrutura do DNA foi desvendada em 1953 pelo biólogo norte-americano James Watson e o físico inglês (isso mesmo, um físico) Francis Crick. Com o formato de uma escada distorcida – ou melhor exemplificando, uma escada em espiral –, o DNA é composto de substâncias menores chamadas de adenina, guanina, citosina e timina.
DNA, genes e cromossomos são diferentes. Convém não confundi-los. A menor parte são os genes que, em sequência, formam o DNA. O DNA é armazenado nos cromossomos que, por sua vez, ficam dentro das células.
Se o DNA de uma única célula pudesse ser esticado em linha reta, ele alcançaria 2 metros de comprimento.
Africanos, asiáticos, ameríndios e europeus possuem DNA praticamente idêntico. As diferenças são extremamente pequenas. Por isso, os testes de DNA usam apenas trechos específicos (de 13 a 19 trechos), batizados de polimórficos. São esses trechos que variam de forma bastante consistente de uma pessoa para outra.
Apesar de constituir parte importante da célula, a mitocôndria possui o seu próprio DNA. Esse DNA comanda o processo de divisão mitocondrial de forma independente da divisão celular. Detalhe: para muitos cientistas, a mitocôndria é uma espécie de alienígena vivendo em nossas células.
A mitocôndria e seu DNA são sempre herdados da mãe, através do óvulo. Se uma mulher possuir mutações mitocondriais, ela acabará repassando-as para os descendentes. Só as filhas, no entanto, transmitirão esse DNA para as gerações seguintes.
Vestígios de sêmen encontrados nas roupas da vítima ou mesmo no chão são capazes de entregar o autor de um estupro. Mesmo um pequeno resquício de saliva numa bituca de cigarro pode conter DNA suficiente para apontar a presença de uma determinada pessoa na cena de um crime.
Exames de DNA são costumeiramente usados para confirmar a autoria de crimes. Recentemente, dois norte-americanos foram inocentados de um crime com a ajuda de um deles. Ambos tinham sido condenados a 30 anos de prisão pelo estupro de uma menina, em 1983. O verdadeiro autor do crime foi identificado graças à análise do DNA encontrado numa bituca de cigarro encontrada ao lado da vítima.
Exames de DNA são também importantes para descobrir a propensão a doenças genéticas. Ao todo, eles são capazes de identificar 2,2 mil doenças. Um dos casos mais comentados foi o da atriz norte-americana Angelina Jolie. Após descobrir uma predisposição genética que aumentava as suas chances de desenvolver câncer de mama, Angelina resolveu remover ambos os seios. Embora radical, a sua atitude influenciou milhares de mulheres ao redor do mundo.
O mais incrível: ao examinar o DNA de esqueletos de homens primitivos, os cientistas encontraram evidências de que pode ter havido cruzamento entre a nossa espécie e os homem de neandertal. Esses indivíduos possuíam DNA de ambas as espécies, sustentando a teoria de que quase 5% dos europeus, asiáticos e ameríndios possuam neandertais como antepassados.
Podem existir pessoas com dois DNAs? A resposta é afirmativa. Esse tipo de anomalia é chamada pela ciência de quimerismo. O quimerismo acontece quando dois óvulos fecundados se fundem (um absorve o outro), formando um único corpo. Se os óvulos forem de pessoas do mesmo sexo, o indivíduo pode ter uma vida normal; se forem de sexo diferentes, ele pode nascer hermafrodita. Algumas pessoas só descobrem o quimerismo após fazer testes de DNA para confirmar a paternidade de uma criança ou para transplante de órgãos.
Ao menos na teoria, a “desextinção” de um animal extinto pode um dia se tornar realidade. Em 2013, os cientistas analisaram amostras de sangue de um mamute fêmea morto há 40 mil anos. Ele foi encontrado congelado na Sibéria. As análises foram feitas com vistas a descobrir amostras intactas e completas de DNA. Caso fossem encontradas, elas permitiriam clonar e ressuscitar o animal num processo parecido em alguns aspectos com o da clonagem da ovelha Dolly.
Como vimos acima, as pessoas possuem trechos bem específicos de DNA, chamados de polimórficos. Quando fazem um exame para descobrir se uma criança é filha de uma determinada pessoa, os cientistas conferem se há o mesmo número de blocos em cada um desses trechos. E como metade do nosso código genético tem origem materna, eles também analisam o DNA da mãe.
De cada dez homens que pedem teste de DNA, três descobrem que não são os pais biológicos da criança.
Fontes: Wikipédia, Mundo Estranho, Superinteressante, UOL Educação, Biologia – J. Laurence, ed. Nova Geração.
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