sábado, 29 de fevereiro de 2020

18 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE BUDA



Buda, não é propriamente um nome, mas um título. O homem conhecido como Buda era um príncipe chamado Sidarta Gautama. Percorra as linhas a seguir e descubra alguns fatos curiosos sobre a vida, os mitos e as ideias do Buda. Alguns são muito interessantes.

O Buda nasceu numa era chamada por alguns estudioso de "era axial", o período entre os séculos VIII e II antes de Cristo, quando o ser humano "passou a prestar atenção em si mesmo". Ele foi contemporâneo de Sócrates, na Grécia, Zoroastro, na Pérsia, Mahavira, na Índia, e Confúcio e Lao-Tsé, na China.

Ao contrário do que muitos pensam, Buda não é um nome próprio. Trata-se de um título que denota um estado do ser. Significa "O Iluminado" e/ou "O Desperto".

Buda nasceu no principado indiano de Kapilavastu, na Cordilheira do Himalaia, no quinto século antes de Cristo. Kapilavastu significa "Morada de Kapila". Kapila fundou o Sankhyan, um sistema filosófico que exerceu grande influência sobre o budismo e o ioga clássico.

Seu nome original é Sidarta Gautama. Era filho do rajá de Kapilavastu, o que torna evidente que nasceu príncipe. Seu pai era também líder do clã dos sakyas, vindo daí o outo nome pelo qual o Buda mais tarde se tornaria conhecido: Sakyamuni, ou "o sábio silencioso dos sakyas".

É difícil distinguir o que é verdade ou mito na vida de Buda, mas segundo a tradição, temendo que uma profecia segundo a qual ele se tornaria um homem santo se tornasse realidade, o seu pai resolveu cercá-lo de luxo e prazeres. Afastá-lo do sofrimento do mundo significaria afastá-lo do caminho espiritual.

Sidarta não vivia em apenas um palácio, mas em vários. Vivia com frequência cercado de belas moças e aposentos decorados com sugestivas artes eróticas. Casou-se aos 16 anos e teve uma filha chamada Rahula (o casamento foi arranjado pelo seu pai).

Apesar de tudo, Sidarta não era feliz. Ele raramente saia dos seus palácios e tinha uma vida limitada. Numa ocasião, saiu para passear longe dos olhos do seu pai e ficou chocado com o que encontrou. Foram cenas que mudariam para sempre a sua vida: um idoso movendo-se com dificuldade, um doente que sofria de dores horríveis e um cortejo fúnebre. Elas levaram Sidarta a tomar consciência de que tudo o que nasce se degenera e morre.

A visão de um mendigo que esmolava por comida também foi essencial para a sua mudança de vida. Embora miserável, ele expressava uma profunda serenidade. Suas feições eram radiantes e seu porte ereto, como muitos homens ainda hoje vistos como santos por algumas religiões do subcontinente indiano (diga-se hinduísmo, jainismo e budismo).

Os povos da Índia acreditam desde tempos imemoriais que somente quando se abandona os laços afetivos e a vida doméstica para se tornar andarilho é que se alcança a elevação espiritual. Só assim o homem consegue se livrar dos intermináveis ciclos de morte e renascimento, renascimento e morte. O desapego das coisas materiais e dos laços íntimos é um costume comum até mesmo nos tempos atuais. Foi justamente o que Sidarta Gautama resolveu fazer depois que teve aquelas quatro visões.

O futuro Buda abandonou o palácio sem se despedir de absolutamente ninguém. Passou a viver como andarilho. Esmolava por comida, dormia no chão e praticava com frequência a meditação. A meditação é considerada por muitas correntes religiosas orientais como um estado contemplativo, onde a mente é posta em silêncio e em contato direto com o ser.

Sidarta experimentou quase todos os tipos de privações e dores. Passava parte do seu tempo entre cadáveres e esqueletos para aprender mais sobre a morte. Chegou a mudar até a alimentação, aumentando cada vez mais o período entre as refeições. Diminuiu a quantidade de arroz gradativamente, até chegar a apenas um grão por dia.

Observar os estágios do corpo e fazer experiências psicológicas, levou o jovem Sidarta a abandonar a autoflagelação. Ele concluiu que o verdadeiro caminho não estava nos exageros do ascetismo, e tampouco nos exceções das paixões. Foi assim que surgiu o princípio do "caminho do meio", que leva à iluminação espiritual.

Alcançou o nirvana quando meditava debaixo da Árvore de Bodhi ("Árvore do Iluminado", provavelmente um Ficus religiosa). Foi a partir daí que passou a ser chamado de "O Desperto" e/ou "O Iluminado".

Buda tinha 35 anos quando finalmente alcançou a iluminação. Passou os outros 45 anos de sua vida pregando os seus ensinamentos e congregando um grande número de seguidores nos locais por onde passava. Formou comunidades de monges e vivia cercado de multidões, para as quais ensinava a prática da compaixão, arte da meditação e o foco naquilo que se faz.

Entre as ideias pregadas pelo budismo e suas inúmeras escolas, vale a pena lembrar de algumas: "o homem jamais encontrará no mundo exterior algo que já não exista dentro de si", "a vida espiritual está ligada ao conhecimento de si mesmo", "não devemos aceitar nada apenas por ouvir falar", "devemos evitar pensamentos que nos deixam ansiosos ou raivosos", "tantos os excessos quando o ascetismo são prejudiciais para o ser".

Buda morreu aos 80 anos de idade, vítimas de infecção intestinal. Seu corpo foi cremado pelos amigos e suas cinzas espalhadas pela Índia para serem veneradas como relíquias religiosas. Algumas correntes budistas atuais veneram Buda apenas como um homem iluminado, enquanto outras adoram como uma divindade.

O budismo quase desapareceu da Índia em virtude das invasões estrangeiras, inclusive a islâmica. Em compensação, espalhou-se por quase toda a Ásia: China, Coreia, Sião, Japão, Nepal... No Japão, deu origem a uma corrente conhecida como zen budismo.

Os ensinamentos de Buda tornaram-se mais conhecidos no Ocidente a partir do século XIX, graças à influência de pensadores como o alemão Arthur Schopenhauer. Mas só se tornou popular a partir do século XX, inclusive no Brasil (influenciada em grande parte pela imigração japonesa).

Fontes: Wikipédia, Super Interessante, Dicionário das Religiões, Enciclopédia Ilustrada Folha.

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