Você sabe onde a pena de morte é ainda
praticada? Sabe quais os tipos de execuções mais comuns hoje em dia? E quais os
tipos mais bizarros? Confira as respostas nas próximas linhas e descubra mais
algumas curiosidades sobre a pena de morte ao redor do mundo.
A pena de morte ainda é praticada em
cerca de 90 países. China, Arábia Saudita, Índia, Ruanda, Irã, Egito, Estados
Unidos, Bielorrússia, Vietnã, Taiwan, Afeganistão e Jordânia são alguns deles.
Os campeões em número de prisioneiros executados são China, Estados Unidos e
Irã.
As formas de execução mais comuns hoje em
dia são o fuzilamento, a morte em cadeira elétrica, a decapitação, o
enforcamento e o apedrejamento.
Apesar de serem largamente utilizadas no
passado, as execuções por precipitação, empalação, retalhamento, fogueira e
guilhotina foram abandonadas. A guilhotina, por exemplo, foi usada na França
até o ano de 1981.
A morte na fogueira foi utilizada
principalmente no Ocidente durante a Idade Média e início da Moderna. Era o
tipo de execução preferido da Santa Inquisição. Os executados mais conhecidos
são a francesa Joana D’Arc e o italiano Giordano Bruno.
Os historiadores acreditam que 50 mil
pessoas (a maioria mulheres, cabe aqui ressaltar) tenham sido condenadas à
fogueira por suspeita de bruxaria, pacto com o diabo e até por “lançar
mau-olhado” em regiões da Alemanha, Suíça, Polônia, Dinamarca e Inglaterra.
A morte por estripamento foi bastante
utilizada na época da Santa Inquisição. O condenado tinha o ventre rasgado e
seus órgãos retirados um por um.
Outro tipo de pena de morte bizarra é a
fervura. Como o próprio nome dá a entender, o condenado era mantido em óleo ou
água fervente até a morte. Execuções assim foram utilizadas durante a Idade
Média.
O esquartejamento era também comum na
Idade Média. O condenado tinha os braços amarrados numa árvore e as pernas em
cavalos, que eram atiçados a andar até arrancar as pernas e os órgãos da
vítima.
A crucificação era a pena preferida dos
romanos. Os condenados eram crucificados e abandonados na cruz até apodrecerem
ou serem devorados por aves carniceiras. Casos como o de Jesus, que foi
sepultado após a morte, eram raríssimos.
A morte por precipitação foi largamente
utilizada na América pré-colombiana, principalmente em rituais de sacrifício. As
vítimas eram jogadas de um penhasco. Mas há casos recentes de execução por
precipitação no Iraque e no Irã.
A execução por degola era comum em várias
culturas. Uma delas foi a mochica – um povo que viveu no atual território do
Peru. Os mochicas praticavam a degola ritual. O condenado, geralmente um
guerreiro, tinha a garganta cortada e o sangue recolhido em um recipiente e
bebido pelos sacerdotes.
O guilhotinamento foi bastante comum
durante a Revolução Francesa, no final do século XVIII. A morte do condenado
era quase instantânea. Os mais famosos executados foram o rei Luiz XVI, a
rainha Maria Antonieta e os revolucionários Danton e Robespierre. Consta que 40
mil pessoas foram guilhotinadas durante o período do Terror.
A execução por “esmagamento por elefante”
pode ser muito incomum e estranha, mas é praticada em países do Sudeste
Asiático como Indonésia. Trata-se de uma execução bem simples: o réu tem a
cabeça esmagada pela pata do elefante. Um brasileiro quase foi condenado a esse
tipo de morte na Indonésia.
Ainda existe pena de morte no Brasil,
embora tal punição se aplique em um único caso: crimes militares em época de
guerra.
O adultério pode ser punido com a pena de
morte em diversos países. No Afeganistão, Arábia Saudita, Irã, Nigéria, Paquistão
e Sudão o adúltero pode ser morto por apedrejamento.
O método de execução mais comum hoje em
dia é o fuzilamento, seguido do enforcamento e do apedrejamento.
O método da cadeira elétrica é utilizado
apenas em alguns estados norte-americanos. A vítima é executada com uma
descarga de cerca de 2.000 volts.
Outro tipo de execução empregado nos
Estados Unidos é a injeção letal. Após ser amarrado numa espécie de maca, o
condenado recebe uma injeção de substâncias paralisantes (como o cloreto de
potássio, brometo de pancurônio e tiopentato de sódio), morrendo por
interrupção dos batimentos cardíacos.
Não existe estatísticas oficiais – e nem
haverá –, mas, segundo a imprensa internacional, a China é o país que mais
executa prisioneiros no mundo. Mais de 10 mil pessoas podem ter sido executadas
somente no ano de 2003.
O único país europeu que ainda aplica a
pena capital é a Bielorrússia – uma das ex-república pertencentes à União
Soviética.
Pesquisas recentes demonstraram que quase
metade dos brasileiros são a favor da pena de morte. Os brasileiros totalmente
favoráveis somam 31% e os parcialmente à favor, 15%.
Na Arábia Saudita, diversos “crimes” são
passíveis de morte: homossexualismo, bruxaria, tráfico de drogas, estupro,
adultério, homicídio, blasfêmia contra o Alcorão e o profeta Maomé etc.
A Bíblia prevê a pena de morte para
diversos atos (ou crimes, no entender dos antigos hebreus): adultério,
zoofilia, incesto, homossexualismo, assassinato, sequestro, prostituição,
idolatria, profanação sabática, blasfêmia, feitiçaria, amaldiçoamento dos pais
e estupro.
Algumas personalidades condenadas à
morte: Joana D’Arc (heroína francesa condenada à fogueira), Giordano Bruno
(filósofo italiano morto na fogueira), Joaquim José da Silva Xavier (o
Tiradentes, condenado à forca), Joaquim da Silva Rabelo (religioso e político
brasileiro - conhecido como Frei Caneca - foi condenado à morte por
fuzilamento), Saddam Hussein (ex-ditador iraquiano, morto na forca), Luiz XVI
(rei francês morto na guilhotina), Maria Antonieta (rainha francesa morta por
guilhotinamento), Nicolau II (czar russo, morto por fuzilamento com a família),
Sócrates (filósofo grego, morto por envenenamento), Jesus de Nazaré (condena à
crucificação), Nicolau Ceaucescu (ex-presidente da Romênia, morto por
fuzilamento), Pedro (apóstolo cristão, morto na cruz), Benito Mussolini
(ex-ditador italiano, supostamente morto por fuzilamento).