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quinta-feira, 26 de março de 2020

30 INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES SOBRE OS FILMES DE BANG-BANG


FAROESTE

Você sabia que Gunsmoke foi o segundo seriado mais longo da história da televisão? Sabia que o escritor que mais escreveu livros de faroeste é um brasileiro? E que Terence Hill na verdade se chama Mario Girotti? Veja essas e outras curiosidades sobre os filmes e seriados de bang-bang nas linhas a seguir.

Faroeste veio do inglês far west (literalmente, “oeste distante”), termo que designa o oeste selvagem, conquistado durante a expansão norte-americana para a costa do Oceano Pacífico no século XIX.

O “oeste distante” é muitas vezes chamado de Velho Oeste (Old West) e Oeste Selvagem (Wild West).

O período e os episódios históricos que deram origem aos termos Faroeste e Oeste Selvagem foram retratados pela TV e pelo cinema num gênero chamado de western. No Brasil, esse gênero de séries e filmes é também chamado de bang-bang.

Os filmes de faroeste/western/bang bang não foram produzidos apenas nos Estados Unidos, mas em países como a Itália. Famosos no mundo todo, os westerns italianos receberam a alcunha de “western spaghetti”.

Os heróis de filmes de western são normalmente chamados de cowboys (caubóis, em português). Cowboys eram vaqueiros, homens que conduziam as boiadas no interior dos Estados Unidos. No cinema, são retratados como indivíduos de origem europeia, mas... Alguns pesquisadores, no entanto, acreditam que os verdadeiros cowboys eram negros, índios e mestiços.

Um dos primeiros filmes de western/faroeste da história foi The Great Train Robbery (O Grande Roubo do Trem), de 1903. The Great Train Robbery foi o primeiro filme a utilizar ambientação externa e a ser filmado em vários locais. As pessoas se assustaram com a cena em que, aparentemente, um dos personagens dispara uma arma na direção plateia.

O primeiro western “épico” foi The Covered Wagon (tradução: A Carruagem/Diligência), de 1923. Os primeiros grandes diretores foram D. W. Griffith, Cecil B. DeMille e John Ford.

Um dos maiores diretores do gênero foi John Ford (com o detalhe de que ele trabalhou em outros tipos de produções), que filmou Fort Apache, Rio Grande, Terra Bruta, Marcha de Heróis e o clássico No Tempo das Diligências.

Outro grande diretor foi Sam Peckimpah, responsável por filmes como Meu Ódio Será Sua Herança, que lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro.

O primeiro grande ator foi John Wayne, que estreou no cinema justamente num filme no estilo faroeste: The Big Trail (A Grande Jornada), de 1930. Wayne trabalhou em produções como O Pistoleiro, Rio Lobo, Marcha de Heróis, O Morro dos Maus Espíritos, Caminhos Ásperos, Jamais Foram Vencidos, Coração de Aço, Jake Grandão e No Tempo das Diligências, além de outros.

O mais famoso cowboy do cinema e da TV foi Roy Rogers, pseudônimo do ator e cantor norte-americano Leonard Franklin Slye. Com mais de 100 filmes de faroeste no curriculum, Slye percorria os Estados Unidos fazendo apresentações como seu personagem. O programa de TV Roy Rogers Show permaneceu nove anos em cartaz na TV estadunidense.

O cavalo mais famoso foi Trigger, de Roy Rogers. Ele era chamado de "o cavalo mais inteligente do mundo". A sua popularidade foi tamanha que ganhou até uma revista em quadrinhos com seu nome.

Outros astros de Hollywood que atuaram em filmes do gênero: Burt Lancaster, Clint Eastwood, Robert Redford, Jack Palance, Paul Newman, Dean Martin, Henry Fonda, Kevin Costner, Gary Cooper, Yul Brynner, Steve MacQueen, Kirk Douglas, Robert Duval, James Stewart, Gregory Peck, Ernest Borgnine e Charles Bronson.

O faroeste italiano, ou “western spaghetti”, fez grande sucesso nos anos 60 e 70 não só na Itália como fora dela. Ajudou a revelar astros do cinema como Giuliano Gemma, Terence Hill e Bud Spencer. Aliás...

Você sabe os nomes verdadeiros de Terence Hill e Bud Spencer? Nascido na cidade italiana de Veneza, Mario Giuseppe Girotti adotou o nome de Terence Hill. Já Carlos Vicente Pedersoli nasceu em Nápoles e ficou conhecido como Bud Spencer.

Um dos primeiros seriados para o cinema (filmes sequenciais com uma mesma história, muito comum entre as décadas de 30 e 50) de faroeste foi The Lone Defender/A Sentinela Avançada, de 1930. Foi através dele que o grande público conheceu o cão pastor-alemão Rin Tin Tin.

Entre os seriados de bang-bang de sucesso estão: Rin Tin Tin, Bonanza, Chaparral e Gunsmoke.

Todos sabem que o seriado mais longo da história da TV norte-americana é Os Simpsons. Mas qual o segundo seriado mais popular? Resposta: Gunsmoke. Esse seriado do gênero western estreou em 1955 e foi encerrado em 1975. Foram no total 20 temporadas com 233 episódios de meia-hora, além de mais de 400 episódios de uma hora.

O segundo seriado de faroeste mais longo foi Bonanza, exibido nos Estados Unidos entre 1959 e 1973. No total, foram 440 episódios.

Bonanza contava a história de Ben Cartwright e sua família. O rancho onde viviam se chamava Ponderosa. O seriado chegou a ser tão popular que o estúdio responsável construiu uma réplica de Ponderosa só para visitação dos fãs.

O faroeste não fez sucesso apenas no cinema e TV, mas nos quadrinhos. Os gibis do gênero venderam como água entre os anos 60 e 70 no Brasil, boa parte publicada por editoras como Vecchi e Ebal. Foram gibis como Zagor, Ken Parker, Reis do Faroeste, Rocky Lane, Lucky Luke e Tex.

Tex foi criado em 1948 pela dupla italiana Aurelio Gallepini e Gian Bonelli. Os primeiros quadrinhos foram publicados no Brasil em 1971. É um dos gibis mais longevos do país. Foi publicado pelas editoras Vecchi e RGE. Atualmente é publicado pela editora Mythos.

Mais antigo do que Tex só mesmo Lucky Luke. Criado na Bélgica em 1948 pelo ilustrador Maurice de Bévère – ou Morris – Lucky Luke só perde em popularidade na Europa para Asterix e Tintin.

Lucky Luke era inicialmente retratado como um cowboy com um cigarro no canto da boca. Só que em 1983, o cigarro foi substituído por uma palha, iniciativa que foi elogiada pela Organização Mundial da Saúde.

Outra curiosidade sobre Lucky Luke: até hoje foram publicadas poucas histórias dele em inglês.

Zagor (pronuncia-se Zágor) foi criado pelo italiano Sergio Bonelli, em 1961. Seu nome é uma abreviação de Za-gor-te-nay, que significa "O espírito da machadinha".

Sergio Bonelli criou os personagens Zagor e Mister No e editou Tex (criação do pai Gian Bonelli), Dylan Dog, Martin Mystére e Natha Never.

Os livros de bolso com aventuras ambientados no oeste selvagem, fizeram um sucesso estrondoso no Brasil dos anos 70. Eram lançados cerca de 45 títulos por mês, com tiragens de 15 mil exemplares para cada um. Boa parte desses títulos foram escritos por um brasileiro de origem nipônica chamado Ryoki Inoue.

Ryoki Inoue publicou mais de 1.100 obras usando 39 pseudônimos. Um recorde digno do Guiness Book! Inoue chegava a escrever um capítulo inteiro de um livro durante uma ida ao banheiro.

Uma curiosidade: Ryoki Inoue chama-se José Carlos Riyoki de Alpoim Inoue nasceu na cidade de São Paulo e é formado em medicina.

Uma última curiosidade: os cowboys verdadeiros usavam armas primitivas (o uso de armas era controlado no Velho Oeste), raramente participavam de duelos e eram péssimos de pontaria.

Fontes: Super Interessante, Wikipédia, UOL, G1, Almanaque dos Seriados.

domingo, 1 de março de 2020

20 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA E O CINEMA DE ALFRED HITCHCOCK


 
O produtor, roteirista e diretor britânico Alfred Joseph Hitchcock nasceu em Leytonstone, próximo a Londres, Inglaterra, em 1899, e morreu em Los Angeles, Estados Unidos, em 1980. Conheça nas linhas a seguir alguns fatos curiosos e pitorescos sobre sua vida e sua cinebiografia.

Com a morte precoce do pai, o jovem Hitchcock começou a trabalhar aos 16 anos para ajudar no sustento da família.

Hitchcock era um excelente desenhista. Em virtude disso, chegou a ser transferido para a área de publicidade da empresa onde trabalhava. E também em virtude disso, conseguiu ser contratado por uma produtora de cinema.

Seu primeiro emprego na área cinematográfica surgiu em 1919, quando passou a desenhar intertítulos para os filmes da produtora Famous Players-Lasky, uma subsidiária da norte-americana Paramount.

Sua primeira experiência como diretor ocorreu em 1922, quando dirigiu uma produção chamada Mrs. Peabody, que abandonou por falta de orçamento.

Quatro anos após começar a trabalhar com cinema, Hitchcock já escrevia roteiros, fazia direção de arte e dirigia filmes. A primeira experiência importante ocorreu quando foi contratado como assistente de direção da comédia Always Tell Your Wife (Sempre Conte à Sua Esposa), e depois como diretor, em substituição a Hugh Croise, o diretor original.

Conheceu sua esposa, Alma Reville, em 1923. Casaram-se em 1926 e dois anos depois tiveram um filha, Patricia Hitchcock. Como editora cinematográfica e roteirista, Alma auxiliou o marido em diversos filmes.

Seu primeiro longa foi O Jardim dos Prazeres, de 1955. O primeiro filme de suspense, chamado O Estrangulador de Louras, foi realizado no ano seguinte.

O Estrangulador de Louras foi inspirado na história real de Jack, o estripador, um psicopata que assustou a Londres do final do século XIX.

Em 1955, foi homenageado com uma série de TV com histórias de suspense chamada Alfred Hitchcock Presents. Com episódios criminais independentes, ela fez um grande sucesso na época, tornando-se um clássico da TV.

Hitchcock produziu e apresentou todos os 268 episódios de Alfred Hitchcock Presents, sendo que dirigiu dezessete deles.

Hitchcock costumava fazer pequenas pontas em seus filmes. Esse hábito surgiu quando um figurante faltou e ele, percebendo que o sujeito era essencial para as filmagens, resolveu substituí-lo. Desde então, nunca mais parou de aparecer nos filmes.

Acredite se quiser, mas Hitchcock foi indicado cinco vezes ao Oscar, mas nunca levou o prêmio. Uma injustiça da Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood.

Hitchcock dirigiu 53 longa-metragens ao longo de seis décadas de carreira. Entre os mais conhecidos, vale lembrar de Psicose, Um Corpo Que Cai, Janela Indiscreta, Disque M para Matar, Festim Diabólico e Os Pássaros.

A cena do chuveiro, em que a personagem de Janet Leigh é assassinada a facadas – uma das mais conhecidas da história do cinema –, levou sete dias para ser concluída. Hitchcock queria que predominasse o silêncio nessa sequência, mas ele gostou tanto da trilha feita por Bernard Herrmann, que acabou deixando-a no filme.

O personagem Norman Bates, de Psicose, foi em grande parte inspirado num serial killer da vida real: Ed Gein. A diferença é que Gein era muito, muito, muito mais sombrio. Ele, por exemplo, roubava cadáveres de um cemitério e fazia troféus e lembranças com eles. Anos mais tarde, a história de Gein inspiraria outro filme famoso: O Silêncio dos Inocentes.

Nem todos lembram, mas foram gravadas mais três sequência de Psicose, sempre com histórias girando em torno do personagem Norman Bates. A primeira saiu 23 anos depois do filme original, ou seja, em 1983. Já a segunda, foi lançada em 1986, e a terceira, em 1990.

Psicose inspirou também a série de televisão Bates Motel, com histórias ambientadas no famoso hotel do filme original. A diferença é que elas ocorreram antes da história gravada por Hitchcock. A série Bates Motel estreou nos Estados Unidos em março de 2013.

O filme Um Corpo Que Cai, de 1958, foi mal recebido pela crítica e pelo público da época. Só começou a ser visto como um clássico do cinema muito tempo depois de seu lançamento.

Entre os atores que trabalharam com Hitchcok, vale lembrar de Ingrid Bergman (sua atriz favorita), Cary Grant, Laurence Olivier, Joan Fontaine, James Stewart, Janet Leigh, Kim Novak, Jessica Tandy, Doris Day, Montgomery Clift e Gregory Peck.

Fontes: Wikipédia, EBiografias, Hypescience, exposição Hitchcock – Bastidores do Suspense (Museu da Imagem e do Som/SP/2018).