sábado, 12 de dezembro de 2020

CURIOSIDADES E FATOS RELEVANTES SOBRE A VIDA DO ESCRITOR ERNEST HEMINGWAY


 

O escritor norte-americano Ernest Hemingway nasceu em 1899 e faleceu em 1961, poucos dias antes de completar 62 anos de idade. Deixou uma obra extensa que inclui romances bastante famosos. Mas nada chama mais a atenção do que sua própria vida, que envolveu participação em conflitos armados, caçadas e problemas com o álcool. Veja nas próprias linhas algumas curiosidades e fatos surpreendentes sobre esse escritor.

 

Aos 60 anos de idade, Hemingway apresentava problemas como diabetes, hipertensão, dificuldade de memória e depressão. Abalado, ele se suicidou em sua propriedade em Ketchum, estado de Idaho, com um tiro de espingarda.

 

A ideia de suicídio é presença constante na obra do escritor. Temos que lembrar que seu pai havia se matado em 1929 em virtude de problemas financeiros e alcoolismo. Um detalhe: décadas depois de sua morte, foi a vez de Margaux Hemingway, neta do escritor, se suicidar com uma overdose de barbitúricos.

 

Durante a Primeira Guerra Mundial, Hemingway trabalhou como motorista de ambulância na Europa. Ele tinha se alistado com vistas a lutar pelo exército dos Estados Unidos, mas foi preterido devido a um problema de visão.

 

Sabe-se que os nazistas perseguiram milhares de opositores na época da Segunda Guerra Mundial. Sabe-se também que eles queimaram milhares de livros de autores anarquistas, liberais, socialistas e comunistas. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que entre esses escritores “subversivos” estava Ernest Hemingway.

 

Durante um bom tempo, fez parte do grupo de intelectuais radicados em Paris que se tornaria conhecido como “geração perdida” (o nome foi dado por Gertrude Stein). Faziam parte do grupo personalidades como T. S. Eliot, John dos Passos, Ezra Pound, James Joyce, F. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein.

 

A temporada de Hemingway na capital francesa dos anos 1920 é retratada no livro póstumo Paris é uma Festa. Lançado por sua viúva três anos após a sua morte, ele conta como foram os encontros do escritor com Pablo Picasso, James Joyce, Gertrude Stein e outros gênios da cultura daquela época.

 

Tirando um ou outro, muitos desses intelectuais estão entre os diversos personagens de Meia-noite em Paris, filme de Woody Allen com Owen Wilson no papel do protagonista que visita a Paris dos anos dourados e se encontra com eles.

 

Entre os fatos mais inusitados de sua vida, um em especial chama a atenção dos biógrafos: o escritor sobreviveu a duas quedas de avião na África. O primeiro acidente ocorreu quando ele sobrevoava o antigo Congo belga (atual República Democrática do Congo) e machucou a cabeça. Já o segundo, aconteceu quando foi procurar ajuda e o avião explodiu. Hemingway teria quebrado duas vértebras, sofrido rupturas nos rins e no fígado e ainda fraturado o crânio. Conta-se que os problema de saúde decorrentes desses acidentes teria agravado o alcoolismo do escritor. Por outro lado...

 

Sabe-se que Hemingway tinha fama de loroteiro. Ele sempre cultivou a mania de acrescentar detalhes inusitados e narrar fatos extraordinários sobre suas aventuras na Europa, África e outras partes do mundo.

 

Entre as inúmeras lendas envolvendo o escritor está uma que diz que ele teria morado com um urso, em Montana, Estados Unidos. Conta essa anedota que eles não só moravam juntos, como dormiam juntos e ficavam bêbados juntos.

 

Outra história afirma que Hemingway teria recebido um convite da KGB, a polícia secreta soviética, para ser operador nos Estados Unidos durante o regime de Josef Stálin. O escritor aceitou o convite sem titubear, mas nunca enviou nada de útil para os soviéticos. Até hoje não se sabe se ele era mal espião ou simplesmente encarou tudo como uma brincadeira.

 

Entre as inúmeras histórias contadas no livro Paris é uma Festa, vale lembrar de uma envolvendo o escritor F. Scott Fitzgerald. Segundo ela, o autor de O Grande Gatsby teria comentado que sua esposa achava seu pênis pequeno. Fitzgerald chegou a mostrar o órgão para Hemingway só para se assegurar de que aquilo era apenas coisa da cabeça de Zelda, ao qual Hemingway respondeu: “Não tem nada de errado, está tudo bem com você”.

 

Consta que uma vez alguém perguntou a Hemingway se ele costumava reescrever seus textos e ele respondeu que chegou a reescrever 39 vezes o final de Adeus às Armas.

 

Entre os livros mais conhecidos de Ernest Hemingway, vale lembra de O Sol Também se Levanta, Adeus às Armas, O Velho e o Mar, Paris é uma Festa e Por Quem os Sinos Dobram.

 

Psicólogos da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, divulgaram uma pesquisa em que confirmam a existência de mais de um tipo de bêbado. A um desses grupos eles deram um nome bem peculiar: Hemingway. Nesse caso, seria o bêbado que toma uma garrafa de uísque numa boa, como se nada estivesse acontecendo.

 

O livro Por Quem os Sinos Dobram, cuja narrativa passa-se durante a Guerra Civil Espanhola, inspirou ninguém menos que o grupo de rock pesado Metallica a escrever uma música de mesmo nome.

 

Acredite se quiser, mas existe nos Estados Unidos um grupo de homens de barba branca denominado Sociedade de Sócias de Ernest Hemingway. Entre as atividades dos grupos está um concurso anual para eleger a imitação mais convincente do escritor. Ele ocorre sempre no mês de julho, em Key West, Flórida.

 

Ernest Hemingway foi a grande inspiração de um astrônomo soviético para, em 1978, batizar um asteroide que orbita o sol: o 3656 Hemingway.

 

Fontes: Wikipédia, Galileu, Huffpost Brasil

 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

20 CURIOSIDADES SOBRE AS FESTIVIDADES DO ANO NOVO AO REDOR DO MUNDO


A maneira como as pessoas comemoram a chegada do Ano Novo varia de país para país. Os brasileiros, por exemplo, gostam de vestir branco durante a festividade. Descubra algumas curiosidades sobre as comemorações pela passagem do ano através dos tópicos abaixo, que nós selecionamos para você.

 

A primeira comemoração de Ano Novo ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2000 antes de Cristo. Ou seja, o réveillon é mais antigo do que o nosso calendário.

 

Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia específico no calendário para as festividades de Ano Novo. O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 antes de Cristo para 1º de janeiro – o que foi mantido no calendário juliano e, posteriormente, no gregoriano.

 

Ao invés do tradicional peru, alguns povos servem peixe na ceia de Ano Novo. Na Dinamarca, por exemplo, a ceia é à base de peixes e batatas. Aliás, você sabia que os dinamarqueses sobem em cadeiras, pulam e brindam o Ano Novo com champanhe assim que o relógio marca meia-noite?

 

Na Escócia, homens e mulheres comemoram a passagem de ano com beijos… na boca!

 

Quando o relógio marca meia-noite, os austríacos jogam chumbo derretido na água. As figuras que aparecem quando o chumbo esfria são guardadas como um amuleto.

 

Os hondurenhos jogam três laranjas – uma sem casca, uma com parte da casca removida e outra com toda a casca – debaixo da cama sem olhar. Depois, pegam a laranja que estiver ao alcance da mão. Se pegar a laranja com casca, acredita que terá sorte no ano que se inicia; se pegar a laranja com parte da casca, a crença é de que terá um ano regular; se pegar a descascada, o ano será ruim.

 

Os portugueses saem às janelas batendo panelas.

 

Na Espanha, as pessoas comem doze uvas, uma para cada badalada do relógio.

 

No Japão, as pessoas comemoram o Ano Novo em família comendo macarrão, alimento considerado símbolo de longevidade. Os japoneses também costumam visitar santuários e templos para pedir felicidade e sorte. Um hábito bastante comum antes das festividades de Ano Novo é jogar as coisas velhas fora.

 

Os ingleses de Londres costumam celebrar a chegada do novo ano em Trafalgar Square. Os habitantes de Sidney, na Austrália, comemoram perto da famosa Ponte de Sidney. Em Paris, França, os festejos são na Champs-Elysée. Moscou, na Rússia, faz a sua festa na antiga Praça Vermelha. Os norte-americanos de Nova York se reúnem em massa em Times Square. Os italianos de Roma se reúnem na Piazza Navona e na Fontana di Trevi. Em Berlim, Alemanha, a festa é no Portão de Bradenburgo. Finalmente, os cariocas celebram o novo ano na praia de Copacabana e os Paulistas, na avenida Paulista.

 

Você sabia que o último lugar do mundo a comemorar a chegada do novo ano é Samoa, no Oceano Pacífico? O primeiro é a Ilha Pitt, na costa Oriental da Nova Zelândia.

 

A festa mais barulhenta do mundo é, sem dúvida, o Ano Novo. O costume de soltar fogos, fazer panelaços e buzinar vem de algumas tradições orientais, que acreditam que ruídos altos afugentam os maus espíritos.

 

Existe um lugar onde o Ano Novo é comemorado todos os dias. Esse lugar chama-se Pleasure Island e é um dos parques do complexo Disney em Orlando, Flórida, Estados Unidos. A cada 24 horas, os turistas saem às ruas para festejar mais um réveillon.

 

Algumas superstições comuns no Ano Novo: usar meias brancas novas por três dias, usar roupas brancas na passagem de ano, comer lentilhas na ceia, mastigar romãs, deixar um copo com água na cabeceira da cama antes de ir dormir e pular ondas.

 

O hábito de pular sete ondas na passagem de ano veio do candomblé. Para os adeptos do candomblé, o sete é um número mágico e a maré simboliza o contato com a divindade mãe de todos os orixás.

 

À propósito, o costume de vestir branco também veio do candomblé. O branco é a cor da roupa de Oxalá, divindade equivalente a Jesus Cristo no catolicismo.

 

Para os que acreditam em superstições, o costume de mastigar três sementes de romã, jogar três para trás e guardar três na carteira ajuda a trair união e prosperidade.

 

Comer lentilhas atrai riquezas. Segundo a tradição, o hábito vem dos templos bíblicos quando Jacó serviu lentilhas a seu irmão Esaú. Na ocasião, Jacó propôs trocar um prato de lentilhas pelo direito de ser o primogênito de Isaque e Esaú aceitou sem pestanejar.

 

A tradição de usar um bebê como símbolo do ano que se inicia foi adotada pelos gregos em 600 antes de Cristo. Eles desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísio e representar o renascimento anual do deus do vinho.

 

“Adeus, Ano Velho”, a música mais cantada no réveillon brasileiro foi composta em 1951 por David Nasser e Franscico Alves.

 

Como usam calendários diferentes chineses, judeus e muçulmanos celebram o Ano Novo em datas diferentes.

 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

16 INFORMAÇÕES INTERESSANTES E CURIOSIDADES SOBRE O DESERTO DO ATACAMA


Confira nas próximas linhas as nossas informações e curiosidades, algumas inacreditáveis, sobre o deserto do Atacama, no Chile. Você sabia, por exemplo, que o Atacama é o deserto mais seco que existe? Sabia que ele é também o mais alto de todo o planeta?

 

O Atacama é um deserto localizado em meio à Cordilheira dos Antes, no norte do Chile. Possui cerca de 1.000 quilômetros de extensão e é considerado o deserto mais alto do mundo.

 

O Atacama é um deserto de temperaturas extremas, onde pode fazer insuportáveis 40º Celsius durante o dia e um congelante 0º à noite.

 

O deserto do Atacama é considerado pelos especialistas em climatologia um dos lugares mais secos do mundo. Em alguns pontos específicos, não chove há mais de 400 anos.

 

Por possuir um céu absolutamente limpo – ocasionado principalmente pela falta de umidade – e estar longe dos poluídos centros urbanos, o Atacama é um dos melhores lugares do mundo para observar as estrelas. Alguns dos mais importantes observatórios astronômicos do mundo foram construídos lá, como o La Silla, Las Campanas, Tololo e Alma.

 

Chuquicamata, a maior mina do mundo, fica no Atacama. Ela possui nada menos que 4,3 quilômetros de comprimento, 3 quilômetros de extensão e 850 metros de profundidade. Sua intensa produção de cobre já foi responsável por 8% do PIB chileno.

 

O Atacama é basicamente um território de vulcões. Alguns dos maiores vulcões chilenos – Corona, Lascar, Miscanti, Licancabur etc – estão lá. Com 6.893 metros de altitude, o Ojo del Salado não só é o vulcão mais alto do mundo como é a segunda maior montanha do continente americano.

 

Existem poucas vilas e cidades no deserto. Uma delas é San Pedro de Atacama, uma vila localizada a 2.400 metros de altitude e habitada por apenas 2 mil pessoas. San Pedro é ponto de partida de turistas para a exploração das atrações do Atacama.

 

O principal ponto de referência de San Pedro de Atacama é a sua pequena igreja. Erguida no século XVIII, ela possui madeira de cacto, adobe e couro de lhama em sua estrutura. Também chama a atenção o museu totalmente dedicado aos meteoritos, com acervo constituído de pedras encontradas na região.

 

Uma das principais atrações próximas a San Pedro de Atacama é o Vale da Lua (Vale de La Luna), uma depressão com cerca de 500 metros de extensão com formações rochosas que lembram o solo lunar. A principal diferença está nas aflorações de sal, que tornam o solo totalmente esbranquiçado em alguns pontos.

 

Localizados a mais de 4 mil metros de altitude, os gêiseres de El Tátio são fontes geotérmicas por onde afloram violentos jatos de água fervente. Eles ficam aos pés do vulcão Tátio, numa região onde a atividade vulcânica no solo é muito grande.

 

A Laguna Cegar é um dos locais preferidos pelos turistas, que fazem questão de se banhar em suas águas. Por sua alta salinidade, ela é comparada ao Mar Morto. O banhista não afunda em hipóteses alguma. Recomenda-se apenas o uso de sandálias para não de machucar nos afloramento de sal.

 

A presença humana é mais antiga do que podemos imaginar. Os incas já usavam o Atacama como caminho entre Cusco, a capital do seu imenso império, e a região conhecida atualmente como Santiago.

 

Engana-se quem pensa que o deserto é um lugar desprovido de vida. Embora não sejam vistos a todo instante, é possível encontrar animais como lhamas, vicunhas, guanacos e flamingos.

 

Encontrados apenas em alguns lugares, os cactos crescem apenas 1 centímetro por ano. Por serem maiores que qualquer pessoa, calcula-se que tenham centenas de anos.

 

Devido ao intenso calor, a maioria das excursões no Atacama são realizadas no início da manhã ou final de tarde. Isso porque em alguns pontos a temperatura já chegou a bater nos 54º Celsius. Muitas começam antes do nascer do sol.

 

Convém lembrar que, apesar de ficar em sua maior parte em território chileno, a região desértica do Atacama se estende por outros três países: Argentina, Bolívia e Peru.

 

Fontes: Wikipédia, Sapiens, Viaje Comigo, Viaje Aqui, G1.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

16 CURIOSIDADES SOBRE A ORIGEM E A HISTÓRIA DO CARNAVAL


O carnaval pode ter se originado de uma festa na Roma Antiga para homenagear o deus Saturno. A festa era chamada de saturnália. Conheça outras curiosidades sobre a origem da festa, os costumes a ela relacionados e os desfiles de escola de samba.

 

O Império Romano pode ter caído, não a saturnália. A festa continuou acontecendo sempre na mesma época do ano. Embora tenha se oposto a esses festejos pagãos, a Igreja Católica, em 590 depois de Cristo decidiu reconhecê-los. Ela exigiu, porém, que o dia seguinte (Quarta-Feira de Cinzas) fosse dedicado à expiação dos pecados e ao arrependimento.

 

A data em que se comemora o Carnaval é definida com base na Páscoa – diga-se Calendário Lunar. A Quarta-Feira de Cinzas sempre cai 46 dias antes do domingo da festividade, que é a soma dos 40 dias que antecedem o Domingo de Ramos com os 6 dias da Semana Santa.

 

O lança-perfume surgiu em 1906 na cidade do Rio de Janeiro. Era fabricado na Suíça por uma empresa chamada Rodo. Foi muito popular no Brasil até ser proibido em 1961.

 

Havia nos antigos carnavais o hábito de jogar água, ovos e frutas podres nas pessoas. Tal hábito acabou sendo proibido na Europa. Mas as mulheres continuaram a poder atirar água da janela aos transeuntes... desde que fosse limpa.

 

O primeiro desfile de carnaval no Brasil ocorreu por volta de 1855.

 

As palavras mais comuns dos últimos sambas-enredos do carnaval brasileiro foram: liberdade, samba, povo, amor, mar e Terra.

 

Em 1930, uma escola de samba possuía, em média, 100 integrantes. Hoje, cada escola conta com até 5 mil integrantes.

 

Cada escola de samba gasta por volta de 8 milhões de reais para organizar o desfile.

 

Uma pessoa leva 38 minutos para evoluir na Marquês de Sapucaí. A escola de samba, por sua vez, demora 82 minutos para completar o desfile.

 

O preço médio de uma fantasia é de 400 a 500 reais.

 

Uma das fantasias mais caras é a da porta-bandeiras, que pode custar até 90 mil reais. Aliás, ela é também a mais pesada, chegando a ter até 19 quilos.

 

Um carro alegórico demora sete meses para ficar pronto.

 

A maior campeão do carnaval carioca é a Portela. A maior campeã de São Paulo é a Vai-Vai.

 

A Mangueira cobra 7 mil reais para tocar em eventos particulares. A Vai-Vai cobra um preço mais em conta: “apenas” 4 mil reais.

 

Além do carnaval de Salvador, de Olinda e Rio de Janeiro, as festas mais conhecidas do mundo são as de New Orleans (Estados Unidos), Veneza (Itália) e Colônia (Alemanha).

 

A primeira marchinha de carnaval foi escrita pela compositora Chiquinha Gonzaga e se chama Ó Abre Alas.

 

A terça-feira de carnaval não é um feriado oficial. Pode-se dizer que é facultativo, pois não existe nenhum lei que institua esse feriado (chamado também de terça-feira gorda).

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

25 DETALHES E CURIOSIDADES SOBRE A VIDA DO EMPRESÁRIO BILL GATES


Fundador da empresa de tecnologia Microsoft, Bill Gates é atualmente um dos homens mais ricos e influentes do mundo. É também um grande filantropo. Mas o que você sabe sobre a sua biografia? Percorra as próximas linhas e descubra detalhes e curiosidades sobre a vida de Gates.

 

O empresário e filantropo Bill Gates nasceu na cidade norte-americana de Seattle, estado de Washington, em 28 de outubro de 1995. Ele foi batizado como William Henry Gates III.

 

Seu pai era advogado e sua mãe, professora da Universidade de Washington e diretora de bancos. Eles tinham três filhos.

 

Estou na Lakeside School, uma das mais conceituadas escolas particulares da região onde vivia. Era também uma das poucas escolas a possuir um computador em suas instalações, chamando bastante a atenção do jovem Gates.

 

Ainda na adolescência, trabalhou como desenvolvedor de softwares para a Taito, uma empresa de máquinas de jogos de fliperama. Desenvolveu também um software de leitura de fitas magnéticas com informações de tráfego de veículos (detalhe: esse software foi desenvolvido com o parceiro Paul Allen).

 

Vendeu seu primeiro programa de computador aos 17 anos, um sistema de horários para o ensino médio, que lhe rendeu US$ 4.200.

 

Gates estudou na prestigiada Universidade Harvard, mas desistiu dos estudos para se dedicar exclusivamente à Microsoft. O interessante é que ele tentou o curso de direito, talvez no objetivo de seguir a mesma carreira do pai.

 

Quando estudava em Harvard, disse aos professores que seria milionário antes dos 30. Detalhe: aos 31 anos, já era bilionário.

 

Trinta e dois anos depois de abandonar a universidade, recebeu o diploma honorário de Harvard, cumprindo a promessa que fez para seu pai de que um dia conseguiria obter o seu diploma.

 

Gates quase conseguiu a nota perfeita no SAT (um teste de aptidão escolar usado para avaliar estudantes em processo de seleção pelas universidades norte-americanas). Ele obteve 1.590 pontos num total de 1.600 exigido para conseguir uma vaga numa universidade.

 

Bill Gates e Paul Allen fundaram a Microsoft com o nome inicial de Micro-Soft (com hífen mesmo).

 

Em 1994, pagou US$ 30 milhões para comprar o Codex Leichester, uma coletânea de textos e ilustrações de Leonardo Da Vinci.

 

Também em 1994, casou-se com a namorada de longa data Melinda French, com quem teve três filhos: Jennifer, Phoebe e Rory.

 

O casamento de Bill e Melinda foi cercado do mais absoluto sigilo. Para evitar paparazzis, ele alugou todos os quartos do hotel onde se hospedou, além de todos os helicópteros da região.

 

Ao ser perguntado porque tinha uma conta ativa no Twitter, e não no Facebook, ele respondeu que os pedidos de amizades tinham ficado fora de controle.

 

É difícil de acreditar, mas dizem que Gates ganha em torno de US$ 15 mil por minuto e US$ 20 milhões por dia.

 

É também difícil de acreditar, mas Bill Gates possui mais riqueza do que 40 países.

 

Bill Gates é atualmente um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 50 bilhões.

 

Temos que lembrar que Bill Gates é atualmente um dos maiores filantropos do mundo. Por meio de sua fundação, ele já doou mais de US$ 28 bilhões, o maior volume já doado para a caridade.

 

Além de doar dinheiro para a caridade e para pesquisas médicas, a fundação comandada por Bill e sua esposa Melinda Gates tenta com frequência convencer outros ricaços a doarem parte de seus fortunas para causas nobres.

 

Gates e o também bilionário Warren Buffett criaram o The Giving Pledge, um clube de bilionários comprometidos a doar parte de suas fortunas para a caridade. Um dos primeiros a aderir ao grupo foi Mark Zuckerberg, do Facebook.

 

Em entrevista recente, Bill Gates revelou que não irá deixar toda a sua fortuna para os filhos. A maior parte irá pra programas de caridade, ficando os filhos apenas com o essencial para sobreviverem confortavelmente. Nas palavras do próprio Bill, deixar tudo eles “não seria bom para os filhos, nem para o mundo”.

 

Bill Gates encontra-se na 7a colocação na lista das 15 pessoas mais poderosas do mundo, elaborada e divulgada pela revista Forbes em 2018.

 

Gates já apareceu em dois episódios da série de animação Os Simpsons. Num deles, tenta comprar um negócio na área de tecnologia fundado por Homer.

 

Fanático por automóveis esportivos, ele possui uma coleção de Porsches que inclui modelos clássicos como o 911 Carrera e o 959 Coupé. Em 2012, o 911 Turbo da coleção foi vendido em Viena, na Áustria, por US$ 80 mil.

 

Aos 19 anos, ele foi preso por dirigir em alta velocidade e sem licença. Dois anos depois, voltou a ser preso por outra violação de tráfego. Desta vez, dirigia sem carteira.

 

Fontes: Wikipédia, E-biografias, Forbes Brasil, History Channel.

 

 

40 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O PRECONCEITO E A INTOLERÂNCIA

 

 

Segundo o Wiktionary, preconceito – ou “pré-conceito” – é um “conceito formado com base em julgamento próprio que exige tom depreciativo da diferença”, é uma “análise tendenciosa”, uma “discriminação provocativa”. Na verdade, existem diversas definições para preconceito, a maioria baseada na ideia de que se trata de “um juízo preconcebido” com “conotação negativa”  “imposta pelo meio, época e educação”.

 

Existem diversos tipos de preconceito no Brasil: contra negros, mulheres, deficientes, homossexuais, obesos, nordestinos, adeptos de religiões afro-brasileiras, seguidores de religiões não-cristãs, de classe social etc.

 

Xenofobia é o medo de estrangeiros. Pessoas xenófobas normalmente tem preconceito contra estrangeiros e por pessoas de outras regiões.

 

Homofobia é o medo de homossexuais, travestis e transexuais.

 

Racismo é um termo usado para definir o preconceito contra grupos raciais (negros, judeus, índios etc) diferentes daquele a que pertence o sujeito.

 

Etaísmo é o preconceito baseado na idade, a discriminação por idade. O tipo mais comum de etaísmo é o preconceito contra idosos.

 

Machismo é a crença de que os seres humanos do sexo masculino são superiores aos do feminino. Alguns sociólogos e intelectuais classificam o machismo como preconceito contra a mulher.

 

Eugenia é um termo criado pelo britânico Francis Galton, cujo significado é “bem nascido”.   Os defensores da eugenia pregam o melhoramento genético da espécie humana. Em suma, a eugenia é uma forma de racismo.

 

Intolerância religiosa é um termo usado para definir tanto o preconceito contra religiões ou indivíduos filiados a determinadas religiões. É também utilizado para definir a discriminação contra ateus.

 

Islamofobia é aversão e preconceito contra o islã e os maometanos. A islamofobia cresceu de forma acentuada no Ocidente e em diversas regiões do planeta após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

 

Antisemitismo é palavra usada para designar o preconceito e a perseguição a judeus.

 

Pogrom é um ataque maciço e violento contra um grupo de pessoas. Além de destruir o grupo, o pogrom visa a destruição de seu ambiente. Alguns dos mais recentes pogroms da história foi contra os judeus europeus, especialmente durante o regime nazista alemão.

 

Gueto (palavra oriunda do italiano ghetto) é uma região ou bairro onde vivem os membros de um grupo étnico ou social. Um dos guetos mais conhecidos foi o de Varsóvia  (Polônia), para onde foram removidos milhares de judeus.

 

Campo de concentração é uma espécie de centro de confinamento militar para onde são enviados opositores do regime, soldados estrangeiros e grupos sociais perseguidos (ou seja, também é resultado do preconceito). Um dos campos de concentração mais famosos é o de Auschwitz, na Polônia, onde morreram milhões de judeus.

 

Nazismo: doutrina política propagada pelo ex-ditador alemão Adolf Hitler que sustentava a ideia de superioridade da “raça” ariana (europeus brancos) sobre as demais “raças”. Os nazistas foram os maiores responsáveis pela perseguição e extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

 

Neonazismo: doutrina baseada nas ideias racistas nazistas. Seus seguidores propagam o ódio a diversos grupos, de judeus a homossexuais, de negros a comunistas. Existem movimentos neonazistas em diversas partes do mundo, inclusive na América Latina.

 

Skinheads: grupos neonazistas que propagam tanto as ideias de superioridade racial da “raça” branca quanto a violência contra judeus, negros, homossexuais, comunistas, hippies e imigrantes. Os skinheads são formados na maioria por jovens. No Brasil, os grupos mais conhecidos são o White Power e o Carecas do ABC.

 

Ku Klux Klan: grupo racista formado nos Estados Unidos logo após a Guerra de Secessão. Além de pregar a supremacia W.A.S.P (do branco, anglo-saxão e protestante), a Ku Klux Klan persegue negros, judeus e imigrantes. Hoje, esse ódio também é dirigidos aos islâmicos, católicos e homossexuais.

 

Apartheid: regime de segregação racial sul-africano. A palavra apartheid vem do africâner e significa separação. O apartheid dividia a população entre brancos e não-brancos (negros, indianos etc). As grandes vítimas eram justamente a maior parte da população: os negros. Brancos e negros não podiam frequentar juntos os mesmos banheiros públicos, ônibus, trens, piscinas e até praias. O sexo “inter-racial” era proibido.

 

A situação dos negros norte-americanos não era muito diferente. Até o início da década de 1960, eles eram proibidos em muitos estados de frequentar as mesmas escolas, usar os mesmos assentos de ônibus e até utilizar os mesmos banheiros públicos dos brancos. A situação começou a mudar quando Rosa Parks, uma senhora do Alabama, se recusou a ceder  seu lugar no ônibus a um branco. Rosa foi presa e seu encarceramento gerou uma onda de protestos de negros nos Estados Unidos. Os protestos foram liderados por um pastor chamado Martin Luther King. E todos conhecem o resto da história.

 

Outra manifestação de preconceito é a limpeza étnica. Ela visa muito mais do que a discriminação, visa a eliminação do outro. A maior limpeza étnica de que se tem notícia ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. No total, 6 milhões de judeus foram mortos. Mas houveram outras grandes limpezas, como o genocídio armênio no início do século XX, quando cerca de 1 milhão de armênios foram assassinados pelos otomanos. Mais recentemente, houveram limpezas étnicas em Ruanda e na antiga Iugoslávia.

 

Um dos maiores genocídios da história foi praticado pelo regime Khmer Vermelho entre os anos de 1975 e 1979, no Camboja. Dos 8 milhões de habitantes do país, 1,7 milhões foram assassinados. As maiores vítimas foram os chineses, os muçulmanos e os vietnamitas. Acreditava-se que as motivações eram políticas, mas descobriu-se que também eram segregacionistas. O regime considerava determinados grupos criminosos, entre eles os chineses – que tiveram a sua língua e seus hábitos proibidos no país. Os muçulmanos foram obrigados a comer carne de porco (o que é proibido pelo Islã) e os vietnamitas foram fuzilados um por um até desaparecerem do país.

 

Forçados a se converter ao catolicismo na época da chegada ao poder dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela no final do século XV, cerca de 93 mil judeus se refugiaram em Portugal. Mas nem lá eles encontraram a paz. Centenas foram perseguidos e massacrados durante o pogrom português de 1506. Tal fato é conhecido até hoje como o Massacre de Lisboa de 1506.

 

O preconceito racial no futebol é tão antigo quanto o próprio esporte no Brasil. Tanto é que, no princípio, os times não aceitavam jogadores negros. Para jogar, eles alisavam o cabelo ou cobriam o rosto com pó-de-arroz para disfarçar a cor da pele. A estratégia nem sempre dava certa, pois, com o suor, o pó acabava escorrendo. Foi o que aconteceu com Carlos Alberto, jogador do Fluminense. Em uma partida pelo campeonato carioca do ano de 1914, o rosto borrado do jogador chamou a atenção da torcida adversária, que apelidou o time de Pó-de-arroz.

 

Atitudes racistas contra jogadores estrangeiros (africanos e latinos, principalmente) no futebol europeu são mais comuns do que se imagina. Jogadores brasileiros como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Adriano, Daniel e Juan, entre outros, foram vítimas de comportamento racista e xingamentos fora e dentro dos campos. Ronaldo chegou a ser xingado de “macaco gordo”. Mas uma das maiores vítimas foi o camaronês Eto’o. Durante uma partida contra o Barcelona, a torcida adversária jogava bananas no campo sempre que Eto’o pegava na bola.

 

Um dos atos antissemitas mais comuns na Europa atualmente é a profanação de cemitérios judaicos. Túmulos são destruídos e, muitas vezes, pichados com a suástica nazista. Em janeiro de 2010, dezenas de túmulos de judeus foram pichados na cidade francesa de Estrasburgo. O detalhe é que a agressão ocorreu no dia em que se comemorava os 65 anos do fim do campo de concentração de Auschwitz.

 

Os ataques a minorias religiosas são mais frequentes do que se imagina. No Paquistão, um ataque terrorista a uma mesquita da minoria muçulmana Ahmadi matou 80 pessoas e deixou dezenas de feridos em maio de 2010. Os terroristas lançaram granadas e atiraram contra a multidão do alto de um minarete. Os ahmadis foram declarados uma minoria não-islâmica pelo governo paquistanês nos anos 70 e proibidos de participar de atos muçulmanos, inclusive orações.

 

Apesar de 90% da população seguir o Islã, não se pode afirmar que o Paquistão é um país exclusivamente muçulmano. Existem minorias hindus, sikhs, budistas e cristãs, vítimas frequentes de intolerância. Entre abril e junho de 2009 ocorreram diversos casos de violência contra cristãos no país. Em junho de 2009, uma multidão de muçulmanos atacou e incendiou as casas de cristãos por causa de uma acusação de “profanação”  contra o profeta Maomé. E em 2010, também no Paquistão, uma mulher cristã foi condenada a morte por suposta blasfêmia contra o islã.

 

Apesar de constituírem uma minúscula e inexpressiva ilha no oceano islâmico paquistanês, a minoria étnica kalash é vítima constante de intolerância racial e religiosa. Politeístas em um país monoteísta e loiros em uma nação morena, os kalachis se declaram descendentes das tropas gregas e macedônicas que tomaram sob o comando de Alexandre Magno a região que compreende o atual Paquistão. Além de sofrerem ataques violentos de militantes islâmicos contrários às suas tradições, seus cemitérios são frequentemente profanados.

 

No Irã, pipocam as acusações de perseguição à minoria baha’í. Há anos os adeptos da “fé baha’Í” reclamam da dificuldade de conseguir empregos, aposentadorias e licenças de negócios no país. Os estudantes são expulsos das escolas e os cemitérios, constantemente profanados. Recentemente, diversos líderes baha’ís foram presos pelo governo iraniano. Em 2010, por mais de dois meses, os baha’is tiveram suas propriedades incendiadas na cidade de Rafsanjan.

 

Outro tipo de preconceito é o de castas. Apesar do governo indiano não incluir as castas no censo desde 1931 e proibir o sistema a partir de 1950, na prática a história é outra. O preconceito ainda é grande na Índia, principalmente contra os dalits (os intocáveis, ou impuros). Segundo os hindus, os dalits nasceram da poeira dos pés do deus Brahma e não são exatamente uma casta, mas uma “sub-casta”, abaixo das outras quatro. Eles sofrem diversos tipos de restrições e preconceitos. Os dalits não tem acesso aos templos das castas superiores e sequer podem se aproximar de um brâmane (membro da mais alta casta). Além disso, não podem retirar água de poço ou beber da mesma fonte das castas superiores. Em 1999, 23 trabalhadores dalits foram assassinados por seguranças particulares de uma fazenda pertencente a um homem de outra casta. Veja a que ponto chegou a intolerância aos dalits! Duas casas de dalits são queimadas por hora. Três mulheres dessa casta são estupradas por dia. E a cada 24 horas, dois dalits são assassinados.

 

As perseguições aos ciganos são tão antigas quanto esse povo. De origem indiana, língua romani e hábitos nômades, o ciganos foram vítimas de preconceito em diversos momentos da história. Na França do século XII, os homens ciganos eram presos sem motivos e as mulheres e crianças enviadas para hospícios. Entre 200 mil e 300 mil ciganos europeus foram mortos nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Mais recentemente, o governo francês aprovou uma lei visando a expulsão dos ciganos ilegais de seu país.

 

Um dos mais horrorosos casos recentes de intolerância contra minorias aconteceu na África em 2009. Além de sofrerem discriminação em suas aldeias, nas escolas e no mercado de trabalho os albinos africanos são assassinados por causa da cor da sua pele. Dezenas de albinos foram mortos e esquartejados na Tanzânia e em outras partes da África para que seus órgãos fossem retirados e vendidos a bruxos. Braços, pernas, pele, língua e até sangue são vendidos no mercado negro. Acredita-se que beber o sangue de um albino atrai boa sorte e fortuna.

 

Um jornal de Uganda chamado The Rolling Stone (que não tem nada a ver com o famoso grupo de rock) publicou em 2010 uma lista de possíveis homossexuais ugandenses com a manchete: “Enforque-os”. O ato gerou protestos no mundo todo, inclusive de entidades de defesas dos Direitos Humanos e governos de diversos países. Depois da publicação, pelo menos quatro pessoas sofreram agressões. No início de 2011, David Kato, um dos principais ativistas gays do país foi espancado até a morte em sua casa.

 

Também no início de 2011, uma organização internacional chamada Avaaz lançou uma campanha pela internet contra o “estupro corretivo” de lésbicas na África. Um dos casos mais recentes foi o da sul-africana Millicent Gaika. Gaika foi amarrada, espancada e estuprada diversas vezes pelos seus agressores.

 

O diplomata, escritor e filósofo francês Arthur Gobineau (1816-1882) se celebrizou como ensaísta ao escrever em 1855 o livro Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas, considerado a Bíblia do racismo moderno. Para Gobineau, a miscigenação “é a causa da decadência moral da sociedade”. Na visão dele, o Brasil era um país sem futuro por que possuía muitos cidadãos de “raças inferiores”.

 

Se Gobineau sustentou teorias racistas, o general de origem norte-americana Philip Sheridan (1831-1888) sustentou a prática do racismo. Sheridan é autor da frase “índio bom é índio morto”, que ilustra o genocídio de milhões de índios praticado pelos colonos europeus durante a conquista do meio-oeste norte-americano.

 

O criminologista italiano Cesare Lombroso foi autor de vários estudos que procuravam relacionar traços físicos a tendências criminosas. Lombroso não só teve quem o ouvisse, como encontrou seguidores. Os seguidores brasileiros estudaram os crânios de Antônio Conselheiro e Virgulino Ferreira (conhecido como Lampião) para explicar “as personalidades e as atitudes criminosas de ambos”.

 

Estudo feito na Alemanha em 2009 comprovou que  a rejeição da sociedades a grupos minoritários aumenta em época de crise. As minorias são sempre acusadas pelos males da sociedade, principalmente quando as coisas não vão bem. A boa notícia é que os sentimentos antissemitas, racistas e homofóbicos diminuíram consideravelmente na Europa nos últimos anos.

 

Um estudo feito entre estudantes no Brasil e divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo no início de 2010 revelou que – reproduzimos aqui um trecho da reportagem - “99,3% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% gostariam de manter algum nível de distanciamento social de portadores de necessidades especiais, homossexuais, pobres e negros. Do total, 96,5% têm preconceito em relação a pessoas com deficiência e 94,2% na questão racial”. A mesma pesquisa demonstrou que  “pelo menos 10% dos alunos relataram ter conhecimento de situações em que alunos, professores ou funcionários foram humilhados, agredidos ou acusados injustamente apenas por fazer parte de algum grupo social discriminado, ações conhecidas como bullying. A maior parte (19%) foi motivada pelo fato de o aluno ser negro. Em segundo lugar (18,2%) aparecem os pobres e depois a homossexualidade (17,4%). No caso dos professores, o bullying é mais associado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior fator para ser vítima de algum tipo de violência verbal ou física é a pobreza (7,9%)”.

 

Adotada em 1965 pelas Nações Unidas, a Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial foi ratificada pelo Brasil em 27 de março de 1968. A Convenção combate e proíbe a discriminação, mas também estimula estratégias de igualdade racial.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

18 INFORMAÇÕES HISTÓRICAS E CURIOSIDADES SOBRE A REVOLTA DA VACINA


O médico sanitarista brasileiro Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em São Luiz do Paraitinga, em 1872, e faleceu em Petrópolis, em 1917. Um dos seus maiores feitos foi conter uma epidemia de febre amarela somada a outras doenças no Rio de Janeiro. Mas não foi fácil conter o motim conhecido como Revolta da Vacina. Veja nas linhas a seguir algumas informações sobre o assunto.

 

Além de doutorar-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz fez estágio no Instituto Pasteur, na França. Dirigiu o Instituto Soroterápico – mais tarde Instituto de Manguinhos e Instituto Oswaldo Cruz – e foi diretor-geral da Saúde Pública do governo do presidente Rodrigues Alves.

 

Viajou para Berlim, na Alemanha, em 1907, para representar o Brasil no 14º Congresso Internacional de Higiene e Demografia, a fim de apresentar os trabalhos desenvolvidos pelo Instituto de Manguinhos. Não só recebeu elogios pelo trabalho, como trouxe o prêmio para o Brasil (concedido pela primeira vez a uma instituição estrangeira).

 

Viajou para o norte do país com o objetivo de mapear doenças na área onde seria construída a futura estrada de ferro Madeira-Mamoré. A construção só pôde ser iniciada com o seu aval.

 

Eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira número 5.

 

Casou-se aos 20 anos de idade com Emília da Fonseca, com quem teve seis filhos. Costumava chamar sua esposa de "minha querida miloquinha" e sua família de "tribo".

 

Oswaldo Cruz faleceu bastante jovem, com apenas 44 anos, vítima de insuficiência renal.

 

A zona portuária e as áreas mais pobres do Rio de Janeiro sofriam um surto de varíola e febre amarela no início do século XX, durante a chamada República Velha. Foi justamente com o objetivo de combater essas doenças que o presidente Rodrigues Alves contratou Oswaldo Cruz para assumir a Saúde Pública.

 

Uma das zonas mais insalubres da cidade era a zona portuária, onde existiam terrenos alagadiços, cortiços e favelas. Surtos de febre amarela eram comuns nos meses mais quentes do ano. Aliás, acredita-se que a doença tenha lá chegado através de um cargueiro norte-americano.

 

Além das doenças acima citadas, a antiga capital federal enfrentava surtos de peste bubônica e cólera. Só no ano de 1902, morreram 215 pessoas de peste bubônica, 580 de varíola e 984 de febre amarela. Durante os meses quentes do verão, as classes mais altas buscavam refúgio em locais como a serra fluminense para fugir das epidemias.

 

O Rio de Janeiro passou por um intenso processo de reurbanização no início do século passado. Comandado pelo então prefeito Pereira Passos, o projeto urbanístico era centrado na orla marítima e no centro, justamente as regiões mais populosas. Os mais afetados foram os pobres, que tiveram suas casas demolidas.

 

Foi nesse cenário que o governo Rodrigues Alves lançou as campanhas de saneamento e vacinação. Favelas tinham que ser demolidas, quarteirões destruídos, áreas inteiras higienizadas e toda a população vacinada. Oswaldo Cruz começou a campanha de erradicação de doenças combatendo a peste. Depois, seria a vez da varíola.

 

A varíola só podia ser combatida por meio de uma campanha severa de vacinação. Toda a população do Rio de Janeiro deveria tomar a vacina, ainda que tivesse que ser forçada a isso. Desconfiado, o povo reagiu contra a sua obrigatoriedade. Jornais e revistas da época passaram a criticar o governo federal. Oswaldo Cruz e Rodrigues Alves foram apontados como tiranos.

 

A publicação O Malho lançou uma capa com um médico sanitarista sendo enforcado. A Revista da Semana, outra publicação da época, mostrou um imperador romano tentando vacinar um cidadão comum à força. Uma terceira publicação comparou a revolta com a queda da Bastilha. Reportagens e editoriais com críticas à campanha de vacinação pipocaram nos jornais.

 

O Rio de Janeiro transformou-se numa praça de guerra durante a Revolta da Vacina. Combustores da iluminação pública foram apedrejados, bondes incendiados, lojas atacadas e paralelepípedos arrancados do chão... A população formou barricada em alguns pontos. Em outros, ocorreram tiroteios com vários feridos.

 

Seguidores do ex-presidente Floriano Peixoto, os cadetes da Escola Militar aproveitaram a situação para articular um golpe de estado contra Rodrigues Alves. Em virtude disso, o governo foi obrigado a convocar tropas aliadas. No final, todos os rebeldes foram presos e enviados para o Acre.

 

A Revolta da Vacina foi controlada com a presença das tropas federais. Centenas de pessoas foram presas, inclusive desocupados. Finalmente os agentes de saúde pública puderam entrar nas residências e vacinar a população. Os resultados positivos apareceram no ano seguinte, quando foram registrados apenas 39 casos de varíola.

 

O combate à febre amarela foi feito com brigadas "mata-mosquitos". Elas se espalharam pela cidade despejando petróleo nas áreas alagadas e desinfetando casa por casa. Com isso, os casos de febre amarela também começaram a cair.

 

Com o fim da campanha de higienização e da reforma urbana, o Rio de Janeiro transformara-se numa outra cidade, mais bonita, acolhedora e segura. Com o tempo, Oswaldo Cruz teve o seu trabalho reconhecido. Diversas biografias foram publicadas. Sua imagem foi parar em  selos e até moedas nas décadas seguintes (quem não lembra da nota de 50 cruzados?).

 

Fontes: Wikipédia, UOL Educação, Nosso Século, Nosso Tempo.